2003
DOI: 10.1590/2237-101x004007001
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

O Pasquim e Madame Satã, a "rainha" negra da boemia brasileira

Abstract: Este artigo analisa como e por que, no início da década de 1970, os editores deO Pasquim ressuscitaram Madame Satã da obscuridade e o promoveram como uma representação exótica e nostálgica da boemia carioca dos anos 30. As declarações francas de Madame Satã sobre sua homossexualidade e sua personalidade de malandro capturaram a imaginação dos boêmios modernos da Zona Sul que podiam aceitar suas bravatas viris ao mesmo tempo que os editores faziam piada e rejeitavam os movimentos emergentes gay e feminista que … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
2
0
4

Year Published

2008
2008
2024
2024

Publication Types

Select...
6
1

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 8 publications
(6 citation statements)
references
References 0 publications
0
2
0
4
Order By: Relevance
“…The construction of her identity, both gender and artistic, is associated with the atmosphere of the dances and contests of the Rio Carnival. The very name Madame Satã, by which she became known, came from a costume she wore at Carnival in 1938, as Green (2003) reports. At a time when gender dissidence was criminalised -in view of the Criminal Code of 1890, in force until 1940, which forbade "disguising one's sex by wearing clothes inappropriate to one's own", with the penalty being "fifteen to sixty days' imprisonment" (Barbosa, 2014, p. 78) -there was an opportunity, as Green points out, to exercise greater freedom in gender expression.…”
Section: Transcestralitymentioning
confidence: 99%
See 1 more Smart Citation
“…The construction of her identity, both gender and artistic, is associated with the atmosphere of the dances and contests of the Rio Carnival. The very name Madame Satã, by which she became known, came from a costume she wore at Carnival in 1938, as Green (2003) reports. At a time when gender dissidence was criminalised -in view of the Criminal Code of 1890, in force until 1940, which forbade "disguising one's sex by wearing clothes inappropriate to one's own", with the penalty being "fifteen to sixty days' imprisonment" (Barbosa, 2014, p. 78) -there was an opportunity, as Green points out, to exercise greater freedom in gender expression.…”
Section: Transcestralitymentioning
confidence: 99%
“…Brought to trial, she was sentenced to 16 years in prison, later reduced to two. It was to be only her first imprisonment in a long series that would result in her spending a total of 27 years in the prison system (Green, 2003).…”
Section: Transcestralitymentioning
confidence: 99%
“…O regime continuaria fechado e sob o comando dos militares, que controlavam a linha sucessória (Queiroz, 2019). Em suas páginas, predominava o tom satírico e sexualizado para tratar de temas do cotidiano e da política nacionais, desde um ponto de vista intelectualizado, de classe média e alta e boêmio, que especialistas associam a uma cultura masculinizada da Zona Sul do Rio de Janeiro (Green, 2003;Kucinski, 2001). Isso significa dizer que O Pasquim era composto por aspectos da cultura política brasileira bastante antagônicos entre si, o que resulta em uma espécie de paradoxo que vai além das memórias construídas em torno do caráter "transgressor" do jornal (Queiroz, 2019).…”
Section: Iremosunclassified
“…A este respeito, verGreen, 2003; Kulick, 1998;Mott, 1987;Parker, 2009; Perlonger, 1987, dentre outros.…”
unclassified