Militância profissional de enfermeiras no campo da formação em Enfermagem: versões e interpretações do Jornalismo

Abstract

RESUMO Objetivo analisar as versões e interpretações do Jornalismo sobre a militância profissional de enfermeiras no campo da formação em Enfermagem. Método estudo histórico, documental, de abordagem qualitativa, embasado na teoria da História Social e com tipificação argumentativa compreensivista. Os dados foram coletados entre setembro e outubro de 2017, em Salvador, Bahia, por meio do levantamento das notícias publicadas no jornal A Tarde, no período de 01/01/1970 a 31/12/1989. Foram identificadas 1.666 reportagens que versavam sobre as enfermeiras e, destas, foram utilizadas 16 reportagens, as quais abordavam a militância profissional no campo da formação em Enfermagem. A análise e a interpretação do material seguiram a proposta da Análise de Conteúdo, na modalidade Temática. Resultados os achados apontam para a militância profissional das enfermeiras em prol da formação universitária; para a formação técnica, compreendendo o pessoal técnico e auxiliar e para a qualificação profissional, abordando a formação complementar para além do ensino curricular da graduação. Conclusão e implicações para a prática as publicações evidenciaram o engajamento das enfermeiras contra o ensino universitário descontextualizado e com metodologias ultrapassadas, a luta pela qualificação dos trabalhadores de nível médio e a atuação militante das instituições representativas, que se utilizaram da mídia para comunicar a necessidade de mobilização da categoria em prol do desenvolvimento profissional.

Academic Graduate Program in Nursing at Ufsc: Technological, Political, Social and Economic Impacts

“…Despite recognizing the scientificity of Nursing knowledge at the academic and politicaleconomic-social level, we are aware of how much the commodification of health influences the nurses' professional values, not as enhancers of a transformation, but as resulting values and reproducers of the very changes resulting from this commodification. In its turn, this prevailing logic makes working 13/19 conditions precarious, minimizes investments and changes the perspective on training, paradoxically, imposing redoubled challenges for the nurses' political involvement [22][23] .…”

“…From the perspective of contemporary science, it is necessary to strengthen the assumption that the researcher's training is political, which requires attitude, responsible involvement, leadership to solve problems and decision-making, often to contradict common sense 24 . And the constitution of political subjects corresponds to two of the four pillars of training: knowing how to live together and knowing how to be 23 . Thus, it is not enough only to do research and be inserted in the social context of health, but also to get involved with the professional class and defend ideas in a critical-reflective posture.…”

“…Participation in these institutions stimulates discussions about the profession and the feeling of belonging to the group, enhancing actions aimed at the collective. Thus, it is assumed that participation in collective organizations enables engagement and political action [22][23] . In addition, the configuration of the United Nations'17 Sustainable Development Goals, which seek to promote a safe, healthy and equitable world by 2030, through citizenship and professional leadership, also raises political postures in Nursing 26 .…”