Atitudes dos enfermeiros frente à morte no contexto hospitalar: diferenciação por unidades de cuidados

Abstract

RESUMO Objetivo identificar a ocorrência da morte nas unidades de cuidados, bem como analisar os registros e as atitudes dos enfermeiros frente à morte no contexto hospitalar. Método estudo quantitativo, descritivo, transversal, com participação de 900 enfermeiros de um hospital do Norte de Portugal. Com recurso à triangulação de fontes de dados, a coleta realizou-se de fevereiro a março de 2018 através de questionário e observação de registros efetuados pelos enfermeiros. Para análise dos dados, usou-se estatística descritiva e analítica. Resultados são as unidades de medicina que apresentam maior número de mortes, sendo no turno da noite que se registra um valor mais elevado de ocorrências. Com relação às atitudes dos enfermeiros frente à morte, à exceção do evitamento, todas as outras evidenciam tendência semelhante entre o grupo profissional, independentemente da sua área de atuação. Os registros de enfermagem apresentam maior incidência ao nível da função ao invés de focados no domínio da pessoa. Conclusão e implicações para a prática além da aquisição de conhecimentos através da participação em formações sobre a morte e o processo de morrer, o acompanhamento e apoio dos profissionais, poderão desempenhar um papel fundamental na preparação dos enfermeiros para cuidar das pessoas em fim de vida.

Enfrentamento do profissional de Enfermagem em relação ao processo de morte e morrer dos pacientes: revisão integrativa

“…Como ilustrado no quadro 3, os mecanismos de enfrentamento mais predominantes são o distanciamento do paciente (n=6) e o entendimento da morte como processo natural (n=5). Cardoso, et al, (2020) e Souza, et al, (2013), corroboram com a ideia do distanciamento do paciente como uma forma de evitar os sentimentos de impotência, tristeza, medo e sofrimento para que a assistência seja manejada de forma mais adequada. Contudo, Lima, et al, 2014, relata que os profissionais de enfermagem entendem que a morte é uma realidade de nossa existência, fazendo parte do ciclo da vida.…”

A importância da assistência de enfermagem frente aos cuidados do corpo pós morte: uma revisão bibliográfica

“…Ter em mente a definição de saúde pode levar os enfermeiros a agirem melhor pela vida que caminha para a morte, de modo a garantir o direito do paciente à qualidade de vida diante da morte, que é o destino inevitável. Para fazer valer os direitos desta vida neste caminho, a finitude limita assim o alto nível de cuidado que eles têm sobre seus próprios corpos, o controle que eles têm sobre seus corpos, muitas vezes limitando sua vivência no ambiente doméstico e em seu cotidiano (Cardoso et al, 2020).…”

“…Lidar com a morte no dia a dia de um profissional de enfermagem exige não apenas seu envolvimento em suas responsabilidades, mas também as questões emocionais. Vale ressaltar que a finalidade da enfermagem é garantir a integridade do falecido, tanto no contexto biopsicossocial, como familiar (Cardoso et al, 2020;Rosembarque & Silva, 2017).…”

“…A morte tem uma classificação diante seus estágios: a clínica que ocorre com a paralisação da função cardíaca e respiratória; a biológica caracterizada pela destruição celular; se a morte for considerada em função de uma visão apenas biologista. E a encefálica que é caracterizada pela perda irreversível e completa das funções do encéfalo, em que há cessação das atividades corticais e do tronco encefálico (Cardoso, et al, 2020).…”

Management of pressure ulcers in palliative care patients: nurses' view

“…Desse modo, tem sido exigido dos profissionais enfermeiros, cada vez mais, um olhar atento e dirigido às demandas específicas de pacientes que lidam com o final da vida, na medida em que este processo precisa ser vivido com plena dignidade, satisfação e conforto (10) . Ante o exposto, levantou-se o seguinte questionamento: como os enfermeiros têm realizado o manejo das lesões por pressão em pacientes sob cuidados paliativos?…”