2017
DOI: 10.1590/1984-6487.sess.2017.25.11.a
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“Nada sobre nós, sem nós”? O corpo na construção do autista como sujeito social e político

Abstract: Resumo A aprovação da Lei no 12.764, que reconhece os autistas como pessoas com deficiência para todos os efeitos legais, marca também a aliança dos familiares de autistas com um movimento social e político mais amplo, o movimento das pessoas com deficiência. Entretanto, o caso do autismo e o de pessoas com deficiência intelectual grave impõem enormes desafios a esse modelo de ativismo. Este artigo discute a construção do autista como sujeito social e político a partir da observação das diferentes formas de in… Show more

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“…No caso de mães de crianças com deficiência, no entanto, essa não é uma experiência nova propiciada pelo contexto da pandemia. A aquisição de uma expertise particular relacionada à deficiência é empreendida, muitas vezes, pelas mães ao buscarem formações específicas que podem culminar, inclusive, para algumas delas, em mudanças para campos profissionais relacionados às demandas de determinados diagnósticos ou a lutas políticas particulares empreendidas pelos direitos de seus filhos, em profissões como terapia ocupacional, psicologia, direito (Carvalho, 2020;Fietz, 2018;Rios, 2017). Além disso, o exercício cotidiano do cuidado traduz-se também, em alguma medida, nas palavras da interlocutora, em algo que vai além das funções usuais da maternidade.…”
Section: O Reordenamento Temporal Do Cotidiano No Microcontextounclassified
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“…No caso de mães de crianças com deficiência, no entanto, essa não é uma experiência nova propiciada pelo contexto da pandemia. A aquisição de uma expertise particular relacionada à deficiência é empreendida, muitas vezes, pelas mães ao buscarem formações específicas que podem culminar, inclusive, para algumas delas, em mudanças para campos profissionais relacionados às demandas de determinados diagnósticos ou a lutas políticas particulares empreendidas pelos direitos de seus filhos, em profissões como terapia ocupacional, psicologia, direito (Carvalho, 2020;Fietz, 2018;Rios, 2017). Além disso, o exercício cotidiano do cuidado traduz-se também, em alguma medida, nas palavras da interlocutora, em algo que vai além das funções usuais da maternidade.…”
Section: O Reordenamento Temporal Do Cotidiano No Microcontextounclassified
“…Essa análise também é feita por outras produções, ao abordar como o diagnóstico clínico impacta a vida das pessoas, ao mesmo tempo que é transformado por essas experiências. Ver, por exemplo,Hacking (2006),Grinker (2010),Nunes (2014),Campoy (2015),Rios (2017),Aydos (2017), Valtellina (2019.10 Maternidade/paternidade atípica, expressão acionada por interlocutores(as) das pesquisas, e carregada de controvérsias dentro do movimento autista, refere-se à particularidade da experiência de parentalidade em relação a pessoas neuroatípicas, como as diagnosticadas com autismo. O termo "atípico" ou "neuroatípico" advém do debate sobre neurodiversidade, que, em linhas gerais, defende que a diversidade neurológica não deveria ser abordada como doença ou transtorno, mas como uma diferença mais estritamente(Ortega, 2008(Ortega, , 2009.…”
unclassified
“…Embora os movimentos ativistas formados pelas próprias pessoas com autismo tenham crescido nos últimos anos no país, é o ativismo das famílias que detém maior projeção e visibilidade (Rios, 2017), representando o movimento político para pessoas com autismo. A articulação desse movimento suscitou a criação da Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.…”
Section: Disputas Pela Constituição Do Público-alvo Da Educação Especunclassified
“…Nesse contexto, grupos de pessoas com TEA e seus familiares, entre outras diferenças ditas como deficiência, têm se mobilizado de diversos modos, produzindo outras semânticas no campo das lutas sociais, pesquisas acadêmicas e políticas de direitos humanos RIOS, 2017). Esses grupos e pessoas são movidos por desejos que os organizam politicamente para disputar pelos espaços sociais, como como faz Rosa e Sunaura Taylor.…”
Section: Conclusãounclassified