Crianças em seguimento ambulatorial: perspectivas do atendimento evidenciadas por entrevista com fantoche

Abstract

Resumo OBJETIVO Analisar a perspectiva da criança sobre a própria condição de saúde, suas experiências relacionadas ao atendimento ambulatorial hospitalar e ao uso de fantoches como estratégia lúdica para a coleta de dados. MÉTODO Estudo qualitativo, incluiu 16 crianças diagnosticadas com doenças crônicas, recrutadas em um ambulatório pediátrico do interior paulista. Os dados foram coletados em outubro de 2016 mediante entrevista semiestruturada e utilizou-se o fantoche como recurso facilitador na comunicação. As entrevistas foram analisadas por meio da análise temática indutiva. RESULTADOS Foram construídos quatro temas: “criança em seguimento ambulatorial: o que elas sabem?”; “emoções que perpassam o seguimento ambulatorial”; “o ambulatório dos meus sonhos”; e “a utilização dos fantoches e o universo lúdico da entrevista”. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi possível identificar o motivo e os principais sentimentos vivenciados durante o atendimento ambulatorial, assim como as preferências das crianças acerca dos aspectos físicos e estruturais do ambulatório.

The hospital designed by hospitalized children and adolescents

“…Environments that promote recreational activities are strong allies of motor, emotional, mental and social development, in addition to contributing to a less traumatic hospitalization, as they favor coping with the situation, the (re) significance of pathology and acceptance of treatment (18) . A qualitative approach study with children aged from 7 to 12 years old under outpatient therapeutic follow-up at a pediatric university hospital in Sao Paulo showed that the therapeutic environment, when designed from the perspective of these patients, allows them to know their preferences, as well as their health and disease conditions and treatment, which makes it less traumatic (19) .…”

Estratégias Lúdicas No Cuidado Com a Criança Hospitalizada: Perspectivas Simbólicas De Discentes De Enfermagem

“…O uso de fantoches também se mostra como uma brincadeira eficaz, ao compreender a percepção das crianças no que tange ao entendimento acerca da sua condição de saúde, bem como as experiências vivenciadas por elas no ambulatório. Com isso, permite uma sistematização da assistência de enfermagem e considera as especificidades do universo infantil (18) . No que diz respeito ao brinquedo terapêutico, a sua manipulação durante as sessões lúdicas desperta a criatividade e o imaginário infantil, aumenta a compreensão e familiariza-a com os procedimentos.…”

Teatro De Fantoches Como Ferramenta Educativa Para Promoção E Recuperação Da Saúde De Crianças

“…. Ademais, em concordância com entrevistas realizadas por Leite et al, (2019), as crianças relataram sentimento de vergonha, principalmente quando precisavam se comunicar com seus médicos, fato esse que pode interferir significativamente no esclarecimento sobre o tratamento e condições de saúde, bem como dificultar maior engajamento do paciente no seu próprio processo de cura. Assim, estabelecer contato com a utilização de fantoches e dramatização adequada pode contribuir para que a equipe de saúde consiga obter respostas mais profundas e sinceras que normalmente não seriam relatadas pelas crianças (Sposito et al, 2016), especialmente em situações difíceis (Almeida, 2000).…”