2018
DOI: 10.1590/1982-3703000212241
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Violência de Estado, Juventudes e Subjetividades: Experiências em uma Delegacia Especializada

Abstract: Resumo Partindo do pressuposto de que subjetividades são produzidas a partir das dimensões histórica, política e social e baseados nas discussões de Judith Butler acerca da violência normativa, pretendemos neste artigo, diante de recortes da violência de Estado, refletir sobre os processos de subjetivação de jovens considerados em conflito com a lei. Sustentada nas práticas experienciadas na (des)construção e (des)continuidade de um ano de estágio obrigatório em uma Delegacia Especializada, a discussão articul… Show more

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“…Nesta categoria, os artigos apresentam o trabalho em grupo como estratégia para viabilizar a circulação da palavra, promover reflexão, ressignificação do ato infracional e construção de novos projetos de vida. Desta forma, o grupo foi considerado como um importante dispositivo para a atuação do psicólogo no sistema socioeducativo, com potencial de problematizar questões sociais e institucionais (Rodrigues & Oliveira, 2018;Rosário, 2010;Rossato & Souza, 2014;Santos, Beiras, & Enderle, 2018).…”
Section: Intervenção Em Grupounclassified
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“…Nesta categoria, os artigos apresentam o trabalho em grupo como estratégia para viabilizar a circulação da palavra, promover reflexão, ressignificação do ato infracional e construção de novos projetos de vida. Desta forma, o grupo foi considerado como um importante dispositivo para a atuação do psicólogo no sistema socioeducativo, com potencial de problematizar questões sociais e institucionais (Rodrigues & Oliveira, 2018;Rosário, 2010;Rossato & Souza, 2014;Santos, Beiras, & Enderle, 2018).…”
Section: Intervenção Em Grupounclassified
“…Ao flexibilizar a rigidez institucional, o grupo possibilita que os adolescentes reflitam sobre o que os levou ao cometimento do ato infracional e assim construam possibilidades de superação. Santos et al (2018) abordam a questão da violência de Estado a partir de propostas de intervenção grupal com adolescentes em conflito com a lei, baseadas na Terapia Comunitária Integrativa. A atuação profissional em uma Delegacia Especializada é problematizada no sentido de que a Psicologia deve considerar sua implicação tanto como representante do Estado quanto como sujeito e cidadão, ressaltando-se a implicação política da intervenção, para produzir uma polícia que também ofereça possibilidades de acolhimento e escuta, e não apenas de repressão.…”
Section: Intervenção Em Grupounclassified
“…Os autores consideram que o trabalho demanda uma visão interdisciplinar, buscando uma não naturalização da violência e a superação de uma visão dicotômica vítima-agressor (Nobrega, Gerlach, Oliveira, Bortoluci, & Beiras, 2017;Nobrega et al, 2018). Pensando na atuação de profissionais nesse contexto, é importante pautar que se faz necessário a construção de uma polícia na delegacia que oferte acolhimento e escuta, para além de ser um espaço de repressão, implicando-se no processo de subjetivação dos jovens (Santos, Beiras, & Enderle, 2018). Como continuam os autores, a polícia deve manter uma relação de alteridade com outro, reconhecendo vivências e locais de fala, o que permitiria a criação de espaços de escuta para os adolescentes e a possibilidade de um novo olhar sobre os sujeitos e suas vidas, até mesmo dentro da própria instituição pública, em que tudo assume uma politização; e, assim, seria preciso um certo movimento de reinvenção e de deslocamento por parte dos profissionais, levando a uma desconstrução e uma descontinuação no dia a dia (Santos et al, 2018).…”
Section: Introductionunclassified