A integralidade enquanto princípio e diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde) encontra-se em processo de construção, havendo inúmeras dificuldades na sua efetiva incorporação nos serviços de saúde, inclusive na Reabilitação Física, fazendo-se necessário buscar estratégias para desenvolvimento desta na prática cotidiana. Objetivos: Caracterizar as dificuldades no desenvolvimento da integralidade e descrever estratégias para sua implementação na prática dos serviços de Reabilitação Física. Metodologia: Uma pesquisa qualitativa fundamentada na Hermenêutica-dialética onde os dados foram analisados pelo Método de Interpretação dos Sentidos e obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas com a participação 24 profissionais de um Centro de Reabilitação de Rede Lucy Montoro, do interior do estado de São Paulo. Resultados: As dificuldades ao desenvolvimento da integralidade elencadas estão relacionadas a gestão do serviço, ao processo de cuidado, e ao usuário. A polissemia e polifonia da integralidade pode ser constatada através das diversas práticas elencadas para superação das dificuldades no desenvolvimento da integralidade. Conclusões: A Hermenêutica-dialética proporcionou a compreensão do contexto de forma crítica possibilitando descrever estratégias para superação das dificuldades que caso sejam implementadas resultarão na atuação em rede com uma maior comunicação entre profissionais e serviços com responsabilização de todos.