2016
DOI: 10.1590/1981-7746-sol00013
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Conselhos locais de saúde: caminhos e (des)caminhos da participação social

Abstract: Resumo Este estudo analisou a criação e a implantação dos conselhos locais de saúde no município de Anchieta, no estado do Espírito Santo. Buscou-se identificar os fatores que apoiaram ou limitaram a sua efetiva participação no contexto do Sistema Único de Saúde local. Por meio de abordagem qualitativa, realizaram-se 13 entrevistas com os conselheiros. Utilizou-se a análise de conteúdo, evidenciando três categorias trabalhadas neste texto: Ser ou não ser conselheiro de saúde? Eis a questão!; O não pertenciment… Show more

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“…The operation and development of the CLS are directly associated with the establishment of links between the municipal and local levels. In the absence of these connections, the CLS become limited when they exercise their role of mediators between community and municipal management 36 , an aspect that is supported by most councilors: "[...] working with local councils is a concrete way and I think that would give a good effectiveness to the council..." (E02).…”
Section: Another Important Issue Was Infant Mormentioning
confidence: 99%
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“…The operation and development of the CLS are directly associated with the establishment of links between the municipal and local levels. In the absence of these connections, the CLS become limited when they exercise their role of mediators between community and municipal management 36 , an aspect that is supported by most councilors: "[...] working with local councils is a concrete way and I think that would give a good effectiveness to the council..." (E02).…”
Section: Another Important Issue Was Infant Mormentioning
confidence: 99%
“…In short, there is currently "a strong mismatch between the richness of participatory experiences in the Country and the precariousness of our knowledge of their effects" 16 (36) . What then arises is the crucial and indispensable need to assess the quality and participatory effectiveness of citizens 17 .…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…Outros estudos sobre CLS (Busana;Heidemann;Wendhausen, 2015;Domitrovic;Araújo;Quintanilha, 2013;Lisboa et al, 2016) também apontaram o desconhecimento desses espaços de democracia participativa por parte da população, o que indica a dificuldade de se fomentar a participação social nos conselhos. Domitrovic, Araújo e Quintanilha (2013, p. 85) constataram que a baixa participação também se deve a "certa forma fechada de funcionamento das reuniões, sendo pouco receptivas a novos participantes, bem como a própria limitação física", cenário que se assemelha ao encontrado nos locais investigados.…”
Section: A Invisibilidade Dos Clsunclassified
“…de conselhos locais de saúde, bem como a influência destes conselhos na política de saúde municipal. Os resultados deste estudo demonstraram que os conselheiros de saúde enfrentam desafios relacionados à falta de formação para atuação e de vontade política para levar adiante as necessidades da comunidade(Lisboa et al, 2016).Diante dos resultados apresentados porLisboa et al (2016), principalmente no que se refere à formação dos conselheiros de saúde, questiona-se se esta realidade também não é latente em outros municípios brasileiros, fazendo-se necessária a melhoria na educação de base no que se refere à alfabetização, raciocínio lógico, entre outros, bem como à capacitação específica destes profissionais para a atuação nos CMSs, como, por exemplo, utilizando-se de estratégias lúdicas de ensino-aprendizagem, como as apresentadas por Silva,Tanaka, Pires (2015), que desenvolveram jogos específicos sobre o funcionamento do SUS, intitulados: BANFISA e (IN)DICA-SUS. Entre os PMSs e RAGMs analisados, apenas se evidenciou a citação dos meios para captação das necessidades em saúde.…”
unclassified
“…).Essa realidade dialetizada nos PMSsem que não se evidenciou a forma de captação das necessidades em saúde, como, por exemplo, por meio das conferências municipais de saúde, que não apresentaram de forma consistente como a participação social aconteceu e nem em que medida se fizeram necessárias ações para potencializar e melhorar a participação da comunidade no SUSé corroborada por estudos que reforçam a pertinência de uma análise crítica sobre a qualidade da participação social na gestão do SUS, visto que apontam, para além da ausência de formação dos conselheiros locais de saúde para a sua atuação gerencial efetiva, aspectos relacionados à desmotivação, morosidade processual na operacionalização dos conselhos locais, entre outros que limitam as práticas de controle social(Lisboa et al, 2016;Silva et al, 2016).Desta forma, apesar dos avanços na implantação da participação da sociedade na gestão do SUS, ainda se vislumbra a necessidade de maior envolvimento da comunidade, por meio de ações de empoderamento, desenvolvimento pessoal e profissional, bem como de criação de espaços políticos para a discussão das necessidades em saúde do território, o que por sua vez tem a potencialidade de proposição e implantação de políticas públicas municipais que atendam à dimensão particular da realidade, considerando-se, inclusive, as necessidades de grupos sociais de maior vulnerabilidade.Esta possibilidade de envolvimento comunitário colabora com o atendimento de forma efetiva às necessidades em saúde da população, uma vez que o setor saúde agrega em sua natureza grande complexidade operacional, o que exige mecanismos que considerem esta densidade, bem como os 108 problemas a serem geridos por meio de políticas públicas(Behring, Boschetti, 2011;Lotta, Favareto, 2016).Nessa perspectiva, as práticas gerenciais ganham em acurácia, pois se aproximam da concretude da realidade e, consequentemente, da densidade dos problemas de saúde, os quais, em sua maioria, demandam ações intersetoriais, cabendo à esfera municipal de gestão de saúde o dever de maximizar o bemestar, por meio de ações que colaborem com a qualidade de vida da população(Arreaza, 2012).Frente ao exposto, a atuação da Enfermagem inserida na equipe interdisciplinar e orientada como prática social destaca-se, pois tem plena condição de contribuir para a identificação das necessidades em saúde, considerando-se os determinantes de fortalecimento e desgaste de grupos sociais vulneráveis, a fim de propor ações setoriais e intersetoriais, com vistas a colaborar na superação da realidade(Arreaza, 2012;David, Bonetti, Silva, 2012).Portanto, a compreensão superficial e desarticulada das necessidades em saúde ilustra a alienação social ao supor que, compreendidas de forma descontextualizada socialmente, possam ter potencialidade para ilustrar aspectos particulares da realidade(Arreaza, 2012). Por exemplo, a compreensão das necessidades em saúde da população nos PMSs analisados, que se utilizam, única e isoladamente, de indicadores de morbimortalidade centrados na doença, e não nas formas de produção e reprodução social.Assim, a captação dos padrões de saúde-doença na perspectiva da determinação social, ou seja, conforme preconizado pela Saúde Coletiva como área do conhecimento, contribui de forma significativa para a percepção de bemestar e qualidade de vida, dialogando de forma direta com a compreensão do indivíduo como um ser livre, solidário, autorrealizado e socialmente participante(Arreaza, 2012).…”
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