Para que o ensino se constitua em prática vinculada aos interesses maiores da sociedade, é necessária uma redefinição dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação que rompa com os principais problemas já diagnosticados, como a fragmentação curricular, as estratégias de ensino que estimulam a passividade discente e a pouca integração ensinoserviços-comunidade. O professor e o aluno representam papel fundamental nesse sentido, visto serem responsáveis diretos por essas mudanças. O presente trabalho procurou conhecer e comparar a visão de professores e alunos do Curso de Odontologia da UNIFOR sobre o papel do professor no aprendizado do aluno. Para tanto, foram entrevistados alunos do 9º semestre e professores de todas as áreas de conhecimento. As respostas foram categorizadas de modo a poder expressar a visão mais comum entre os dois grupos. Para a maioria dos alunos, os melhores professores são aqueles enquadrados nas categorias “relacional” (50,0%) e “cognitivo” (37,1%). Já para a maioria dos professores, os melhores alunos são aqueles que se enquadram na categoria “motivação” (65,4%), relacionando o aprendizado do aluno a quanto este está estimulado para aprender. O aspecto cognitivo, apesar de ser entendido como importante por ambos, não foi considerado o mais importante para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Ao considerar a motivação como o item mais importante para identificar um bom aluno, o professor transfere a responsabilidade do aprendizado exclusivamente para o aluno. Tendo em vista o grande valor que o aluno imprime à relação interpessoal, é fundamental que tal questão esteja presente na formação do professor.