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RESUMOEsta pesquisa analisou o uso do Facebook e as noções de conhecimento ético em rede por estudantes da graduação de Medicina. Trata-se de estudo transversal descritivo, realizado de agosto a dezembro de 2015, com questionário estruturado impresso autoaplicado a alunos de Medicina procedentes de instituição pública de Curitiba (PR). A amostra foi composta por 310 acadêmicos, com maior frequência feminina (58,1%; p = 0,005) e média de 23,3 anos de idade. O Facebook foi usado de modo espontâneo e informal para fins educacionais três vezes na semana por 68 (21,9%) alunos e diariamente por 188 alunos (60%; p < 0,0001). As ferramentas empregadas foram documentos (84,2%; p < 0,0001), mural (55%), bate-papo (50%) e eventos (49%). Essas aplicações foram usadas para verificar avisos com representantes, atualizar cronograma, resolver exercícios, tirar dúvidas com professores e colegas, fazer trabalho on-line. Os estudantes perceberam como vantagens o compartilhamento de informações, interação entre pessoas, facilidade e rapidez, e formação de grupos. As desvantagens alegadas foram falta de privacidade (34,5%), distração e perda de foco (19,7%), questões éticas (11%), dificuldade de inclusão digital (4,2%), disponibilidade de tempo dos professores (3,5%), vício e dependência da internet (1,6%) e conteúdos duvidosos (1,3%). Fotos ou filmes de pacientes foram postados em mídias sociais por 13,1% dos estudantes. Apenas 2% do total de acadêmicos conheciam as normas éticas para sites de medicina e saúde na internet. O uso do Facebook, criado e administrado pelos estudantes com base em suas necessidades, interesses e desejos, extrapolou a simples incorporação de uma rede social. Permitiu criar um espaço de comunicação, interação, partilha e colaboração que promoveu aprendizagem. Entretanto, políticas educacionais para o ambiente virtual podem melhorar a integração entre professores e alunos, e promover o uso pedagógico mais reflexivo, criterioso e profundo. Para uso sistematizado da internet e suas redes nesse curso, poderiam ser propostos investimentos financeiros, treinamento docente e discente, e estabelecimento de regras para uso mais seguro e responsável. Nesta amostra de estudantes, o Facebook foi utilizado para a organização acadêmica e do aprendizado de forma complementar ao ensino presencial. Contudo, são necessárias estratégias educativas de maior abrangência, com normas éticas e profissionais acerca de mídias digitais. ABSTRACTThis study analyzed the use of Facebook and notions of ethical networking knowledge by undergraduate medical students. A descriptive cross-sectional study was carried out from August to December 2015 with a structured self-administered questionnaire using medical students from a public institution in Curitiba (PR). The sample was composed of 310 academics, with a higher female participation (58.1%, p = 0.005) and a mean age of 23.3 years. Facebook was used spontaneously and informally for educational purposes three times a week for 68 (21.9%) students and daily for 188 students (60%, p < 0.00...
RESUMOEsta pesquisa analisou o uso do Facebook e as noções de conhecimento ético em rede por estudantes da graduação de Medicina. Trata-se de estudo transversal descritivo, realizado de agosto a dezembro de 2015, com questionário estruturado impresso autoaplicado a alunos de Medicina procedentes de instituição pública de Curitiba (PR). A amostra foi composta por 310 acadêmicos, com maior frequência feminina (58,1%; p = 0,005) e média de 23,3 anos de idade. O Facebook foi usado de modo espontâneo e informal para fins educacionais três vezes na semana por 68 (21,9%) alunos e diariamente por 188 alunos (60%; p < 0,0001). As ferramentas empregadas foram documentos (84,2%; p < 0,0001), mural (55%), bate-papo (50%) e eventos (49%). Essas aplicações foram usadas para verificar avisos com representantes, atualizar cronograma, resolver exercícios, tirar dúvidas com professores e colegas, fazer trabalho on-line. Os estudantes perceberam como vantagens o compartilhamento de informações, interação entre pessoas, facilidade e rapidez, e formação de grupos. As desvantagens alegadas foram falta de privacidade (34,5%), distração e perda de foco (19,7%), questões éticas (11%), dificuldade de inclusão digital (4,2%), disponibilidade de tempo dos professores (3,5%), vício e dependência da internet (1,6%) e conteúdos duvidosos (1,3%). Fotos ou filmes de pacientes foram postados em mídias sociais por 13,1% dos estudantes. Apenas 2% do total de acadêmicos conheciam as normas éticas para sites de medicina e saúde na internet. O uso do Facebook, criado e administrado pelos estudantes com base em suas necessidades, interesses e desejos, extrapolou a simples incorporação de uma rede social. Permitiu criar um espaço de comunicação, interação, partilha e colaboração que promoveu aprendizagem. Entretanto, políticas educacionais para o ambiente virtual podem melhorar a integração entre professores e alunos, e promover o uso pedagógico mais reflexivo, criterioso e profundo. Para uso sistematizado da internet e suas redes nesse curso, poderiam ser propostos investimentos financeiros, treinamento docente e discente, e estabelecimento de regras para uso mais seguro e responsável. Nesta amostra de estudantes, o Facebook foi utilizado para a organização acadêmica e do aprendizado de forma complementar ao ensino presencial. Contudo, são necessárias estratégias educativas de maior abrangência, com normas éticas e profissionais acerca de mídias digitais. ABSTRACTThis study analyzed the use of Facebook and notions of ethical networking knowledge by undergraduate medical students. A descriptive cross-sectional study was carried out from August to December 2015 with a structured self-administered questionnaire using medical students from a public institution in Curitiba (PR). The sample was composed of 310 academics, with a higher female participation (58.1%, p = 0.005) and a mean age of 23.3 years. Facebook was used spontaneously and informally for educational purposes three times a week for 68 (21.9%) students and daily for 188 students (60%, p < 0.00...
Compulsory notification provides a valuable means to monitor population health and indicate priorities for health policies and allocation of financial resources. Thus, it is also evident the need to stimulate adequate training, either at graduation or during professional practice. This study aimed to present the process of constructing an open educational resource on Compulsory Notification, created as a result of the lack of knowledge of the vast majority of students and health professionals and deficiency in teaching by higher education institutions on the subject. Materials and methods: this is an exploratory and descriptive study, which approach was qualitative, carried out in November 2018, from a discipline attended in a stricto sensu post - graduation course. Results: the construction of the resource occurred through six distinct steps presented throughout this article and which final product was the e-book about Compulsory Notification. Conclusion: The process of building the open educational resource presented in this article, along with the other information about Compulsory Notification, supports the learning of health professionals and students, who often need to overcome difficulties in their own knowledge and contribute to promotion and prevention strategies of the health of the Brazilian population.ResumoA Notificação Compulsória oferece um meio valioso para monitorar a saúde populacional e indicar prioridades para as políticas de saúde e alocação de recursos financeiros. Deste modo, evidencia-se também a necessidade de estimulação de uma formação adequada seja ainda na graduação ou durante o exercício profissional. Este estudo objetivou apresentar o processo de construção de um Recurso Educacional Aberto sobre Notificação Compulsória, criado em decorrência da falta de conhecimento da maioria dos estudantes e profissionais da saúde e da deficiência no ensino pelas Instituições de Ensino Superior sobre o tema. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, cuja abordagem foi qualitativa, realizado no mês de novembro de 2018, a partir de uma disciplina cursada em uma pós-graduação stricto sensu. Resultados: A construção do recurso ocorreu através de seis etapas distintas apresentadas ao longo deste artigo e cujo produto final foi o e-book acerca da Notificação Compulsória. Conclusão: O processo de construção do recurso educacional aberto apresentado neste artigo, juntamente com as demais informações sobre Notificação Compulsória oferecem suporte para aprendizagem de profissionais e estudantes da saúde, que muitas vezes precisam superar as dificuldades no próprio conhecimento e contribuir com as estratégias de promoção e prevenção da saúde da população brasileira.Palavras-chave: Ensino, Saúde, Recurso educacional aberto, Notificação compulsóriaKeywords: Teaching, Health, Open educational resource, Compulsory notificationReferencesAMANCIO FILHO, Antenor. 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RESUMO Introdução A Rede Universitária de Telemedicina (Rute) é uma iniciativa que visa, no Brasil, promover a integração em telemedicina e telessaúde de hospitais universitários, hospitais certificados de ensino, faculdades de Medicina e profissionais da área da saúde por meio de infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação e dos grupos de interesse especial (SIGs). Nesses grupos, que são criados e coordenados por instituições integrantes da Rute, profissionais de saúde e pesquisadores planejam uma agenda de videoconferências e/ou webconferências para debater temas específicos. Este artigo apresenta resultados da classificação dos SIGs da Rute em grupos homogêneos com base em sua produção em comunicação, cooperação e coordenação (3C). Métodos Foi realizado um inquérito com coordenadores dos SIGs entre abril e maio de 2016. A classificação dos SIGs em grupos homogêneos considerou as atividades desenvolvidas na rede entre 2007 e o momento da aplicação do inquérito. O estudo é retrospectivo, baseado em dados históricos das unidades, instituições e SIGs. Os coordenadores de 71 SIGs Rute foram convidados a responder. Desses, 45 SIGs ativos responderam ao inquérito de avaliação por completo e foram considerados nas análises. Resultados Quase um terço dos coordenadores respondentes (35%) declarou que seus SIGs atuam no eixo ensino, 21% atuam nos eixos de assistência e pesquisa, desenvolvimento e inovação, enquanto 12% atuam em gestão e 11% em avaliação. Foi feita a classificação dos SIGs em três grupos homogêneos – colaboração emergente, colaboração em desenvolvimento e colaboração plena – e identificado que, fora das sessões, 71% dos 45 SIGs (11 do grupo colaboração emergente e 20 do grupo em desenvolvimento) usam correio eletrônico como principal ferramenta de comunicação. Quatro SIGs do grupo colaboração plena indicaram: uso de serviço de mensagens instantâneas (1 SIG), site próprio (1 SIG) e redes sociais (2 SIGs). Conclusão Os resultados deste estudo podem não aferir com precisão a real produção e colaboração que os SIGs desenvolvem. Sugere-se, portanto, apreciar esta análise como um ponto de partida ou um referencial para a comunidade Rute. Porém, os resultados indicam que o desenvolvimento da colaboração na Rute e nos SIGs verificado nas análises é significativo, apontando uma evolução positiva para a Rute quanto ao interesse, participação e divulgação de ações em telemedicina e telessaúde no País.
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