Prevalência e fatores associados à polifarmácia excessiva em pessoas idosas institucionalizadas do Sul do Brasil

Abstract

Resumo Objetivo Verificar a prevalência e os fatores associados à polifarmácia excessiva em pessoas idosas institucionalizadas. Método Estudo transversal com 478 pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência para idosos. A variável dependente foi polifarmácia excessiva, definida como o uso concomitante de dez ou mais medicamentos. As variáveis independentes incluíram informações sociodemográficas e de saúde. Utilizou-se a regressão de Poisson com variância robusta para analisar o efeito das variáveis independentes em relação ao desfecho. Resultados A prevalência de polifarmácia excessiva foi de 29,3%, associada à cardiopatia (RP=1,40; IC95% 1,03-1,91), diabetes mellitus (RP=1,52; IC95% 1,15-2,01), depressão (RP=1,42; IC95% 1,08-1,87), internação hospitalar no último ano (RP=1,36; IC95% 1,02-1,80) e ao uso de medicamento potencialmente inapropriado para idosos (RP=2,13; IC95% 1,60-2,83). Conclusão A polifarmácia excessiva foi frequente entre pessoas idosas institucionalizadas. Os resultados sugerem que as doenças prevalentes entre pessoas idosas, a hospitalização e o uso de medicamentos potencialmente inapropriados são fatores para o uso de polifarmácia excessiva nessa população. Esses achados podem instruir ações com vistas à otimização da farmacoterapia prescrita às pessoas idosas.

Perfil farmacoterapêutico, clínico e sociodemográfico de adultos e idosos atendidos ambulatorialmente em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro

“…14 The polypharmacy occurs frequently among elderly due to non-communicable chronic diseases, including degenerative diseases related to ageing, further increasing the vulnerability of this population to the medicines use. 6,15,16 The predominant prescription pattern for antipsychotics, anxiolytics and antidepressants observed in the general and geriatric outpatient clinics has also been identified in other studies carried out in the country. 7,17,18 The most prescribed antipsychotic at both clinics was risperidone, only antipsychotic standardized at the institution and widely used due to its lower potential for adverse reactions compared to typical antipsychotics.…”

“…The greater occurrence of more than one diagnostic hypothesis per patient in the geriatric outpatient clinic can be explained by the wider range of clinical and psychiatric comorbidities that affect the older adults population. 6,15 In addition to mood disorders, the geriatric outpatient clinic's most prevalent diagnoses were organic mental disorders (F00-F09), which include dementia in Alzheimer's disease (F00), degenerative diseases of the nervous system (G30-G32), represented by Alzheimer's disease (G30), and extrapyramidal diseases and movement disorders (G20-G26), the main one being Parkinson's disease (G20). Dementia is caused by various pathologies and lesions that affect the brain, the increased incidence of which accompanies ageing.…”

Análise das consequências que a Polifarmácia causa em pacientes com doenças crônicas: uma revisão bibliográfica

“…Podem acontecer com medicamentos prescritos pelo médico, mas acontecem com muito maior frequência com medicamentos tomados sem prescrição. Em geral, as reações adversas a medicamentos (RAM) são associadas a desfechos negativos da terapia (Mascarelo et al, 2021).…”

Prevalência e fatores associados ao uso de sinvastatina por idosos institucionalizados

“…Além disso, estudos têm constatado um alto índice de uso de medicamentos por idosos, a maioria dos institucionalizados faz uso regular de alguma medicação e muitos estão submetidos à polifarmácia, ou seja, fazem o uso de cinco a nove medicamentos. [2][3][4][5][6][7][8][9][10] Em estudo realizado com idosos residentes em ILPI identificou-se polifarmácia em quase metade dos idosos institucionalizados e polifarmácia excessiva, ou seja, o uso de dez ou mais fármacos, em quase 30% desses idosos, 2 o que justifica a necessidade da ação concomitante da equipe multiprofissional a fim de contribuir para uma terapêutica racional e uma assistência responsável.…”