Entre desigualdades, limites e relações de gênero: a democracia no Brasil

Abstract

cadernos pagu tem seu conteúdo sob uma Licença Creative Commons Entre desigualdades, limites e relações de gênero: a democracia no Brasil* Eloísa Rosalen** Como garantir a maior participação política (nas diferentes esferas) das minorias? De que maneira é possível superar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres (como limitação temporal, causada pelo acúmulo de responsabilidades do trabalho doméstico, cuidado e maternidade) para um maior envolvimento político? Que direitos ainda são negados às mulheres e às pessoas LGBTQI+ pela democracia 1 brasileira? Como os feminismos têm contribuído para uma sociedade mais igualitária no que tange aos direitos e à participação política? Quais foram os avanços, os limites e as desigualdades ao longo das últimas décadas no Brasil? Essas e muitas outras questões foram respondidas por Flávia Biroli no livro Gênero e Desigualdades: os limites da democracia no Brasil, publicado no ano de 2018, no qual enfatiza, como

Do patriarcado às cotas eleitorais: ações afirmativas por igualdade de gênero

“…O processo metodológico da pesquisa foi de natureza qualitativa, bibliográfica, documental e empírica. Aproximou-se, no referencial teórico, de Biroli (2018), Costa (1998), Sardenberg (1998), Saffioti (2004) e Scott (1995), entre outras autoras que discutem e analisam a mulher na sociedade, as relações de desigualdade de gênero, a representatividade feminina na política.…”

“…O impeachment da presidente Dilma Rousseff fez emergir o debate sobre o patriarcado e as dificuldades das mulheres em ascender ao poder. Biroli (2018)…”

Judicialização da competição política e gênero: ação afirmativa nos Fundos Partidário e Eleitoral no Brasil

“…A literatura especializada já apontou há algum tempo a assimetria da participação das mulheres na política brasileira (ARAÚJO, 2005;VENTURI;GODINHO, 2013;BIROLI, 2018) A introdução das cotas de gênero para os parlamentos como legislação em diversos países pode ser compreendida, também, sob o prisma da natureza incipiente das democracias que as adotaram. É certo que os países nórdicos, de democracias consolidadas -e dentro deles os partidos de esquerdaforam os primeiros a experimentar cotas em forma de política partidária, ainda na década de 1980, seguidos por outras nações europeias.…”

Guia bibliográfico sobre mulheres e feminismos: novas perspectivas para o campo da comunicação

“…A maternidade, tal como formatada pelo patriarcado, chega para as mulheres carregada de estereótipos e supostas "dificuldades" que muitas vezes as impedem de ocupar os mesmos lugares que os homens, ou de concorrer às mesmas posições hierárquicas, por exemplo. Aos homens, mesmo os pais, cabe a responsabilidade de prover o lar, sem maiores preocupações em deixar de realizar suas atividades para cuidar de seus filhos (Biroli, 2018).…”