Variabilidade espacial da composição do leite cru refrigerado no estado de Alagoas e na mesorregião do Agreste Pernambucano

Abstract

RESUMO O objetivo da realização deste trabalho foi analisar a variabilidade espacial da composição do leite cru refrigerado e elaborar mapas com interpolação de dados sobre os teores de gordura, proteína, lactose, sólidos totais e extrato seco desengordurado, no estado de Alagoas e na mesorregião do Agreste Pernambucano, em 2014 e 2015. Foram analisados 3.863 laudos oficiais de amostras de leite cru refrigerado, coletados de 432 tanques de expansão direta da região estudada. O grau de dependência espacial e a regressão geograficamente ponderada das variáveis foram analisados pelo software ArcGIS 10.3. A análise espacial mostrou predominância de áreas com teor de gordura de 3,1 a 3,6g/100g e áreas com teor de gordura de 3,6 a 4,2g/100g. Para o teor de lactose, foi observada área predominante com 4,32 a 4,45g/100g e algumas áreas com 4,46 a 4,54g/100g. Foi observada baixa influência da altitude, precipitação pluviométrica e interação precipitação x altitude sobre o teor de gordura, proteína, lactose, sólidos totais e extrato seco desengordurado na área estudada. Por fim, conclui-se que há variabilidade espacial para gordura, lactose, proteína, sólidos totais e extrato seco desengordurado do leite cru refrigerado produzido no estado de Alagoas e na mesorregião do Agreste Pernambucano.

Estudo longitudinal sobre o efeito das estações do ano na produção, composição centesimal, qualidade microbiológica e preço do litro do leite em uma fazenda leiteira no Rio Grande Do Sul – Brasil

“…Os teores de gordura foram maiores no outono (Tabela 3), tal resultado, pode ser justificado pela menor produção de leite (Tabela 5), concentrando a quantidade de gordura (Alessio, 2017). Além disso, no outono as espécies perenes estivais (Cynodon dactylon, Cynodon spp) reduzem significativamente sua produção de forragem, em função de fatores limitantes de crescimento como, fotoperíodo, temperatura e radiação solar (Sbrissia et al, 2017), contribuindo para que as espécies forrageiras em final de ciclo apresentam menores Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e1419119490, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9490 teores de carboidratos não fibrosos e maiores teores de fibra em detergente neutro (Alessio, 2017;Férrer et al, 2018;Jashari et al, 2016), proporcionando maior proporção de ácido acético no rúmen, o qual é um dos percursores para a síntese de gordura na glândula mamária (Van Soeste, 1994). Segundo Milani et al (2016), o maior percentual de gordura no leite no outono é decorrente da baixa qualidade nutricional das pastagens tropicais (Pennisetum americanum L. e Sorghum bicolor.)…”

Variação Da Composição, Qualidade, Produção E Preço Do Litro Do Leite Nas Estações Do Ano Em Uma Propriedade Leiteira No Norte Do Estado Do Rio Grande Do Sul- Brasil

“…Resultados semelhantes foram relatados por Milani et al (2016). Além disso, no outono as espécies forrageiras tropicais estão no final do ciclo produtivo, apresentando menores teores de carboidratos não fibrosos e maiores teores de fibra em detergente neutro, evidenciando assim, o aumento no teor de gordura no leite (FÉRRER et al, 2018).…”

Qualidade do leite bovino produzido no Brasil – parâmetros físico-químicos e microbiológicos: uma revisão integrativa

“…O percentual de gordura no leite é influenciado positivamente pela quantidade de fibra em sua dieta, ou seja, quando há maior teor de gordura significa que há maior disponibilidade de fibra de qualidade na alimentação do rebanho 33 . O leite possui uma concentração média de gordura de 3,6%, porém, em casos em que a concentração é menor que 2,0%, deve-se considerar a adulteração desse leite.…”