Definida pelo acúmulo de tecido adiposo em quantidade que pode representar danos à saúde, a obesidade apresenta taxas de crescimento alarmantes ao redor do mundo, contribuindo com o desenvolvimento de inúmeras importantes comorbidades como cardiopatias, diabetes, hipertensão entre outras. Por outro lado, a COVID-19, desencadeada pela infecção pelo vírus SARS-CoV-2, considerada uma pandemia, tem infectado milhões de indivíduos ao redor do mundo resultando em um número crescente de mortes. Considerando que ambas as doenças apresentam risco para o desenvolvimento de alterações sistêmicas, esse artigo busca abordar e discutir os mecanismos fisiopatológicos inerentes aos principais fatores de risco que levam ao pior prognóstico observado em pacientes obesos com COVID-19. Para isso foi realizada uma busca na literatura empregando as palavras chaves "Obesidade", "COVID-19", "Fatores de Risco" em português, e seus equivalentes em inglês "Obesity", "COVID-19", "Risk Factors". Para dados estatísticos foram consultados conceituados sites institucionais nacionais e internacionais. Sumarizando, confirmou-se que a obesidade e suas comorbidades estão relacionadas aos principais fatores de risco para a COVID-19. A inflamação sistêmica característica de ambas as doenças, assim como a disfunção tecidual advinda da invasão celular pelo SARS-CoV-2 propiciada pelo seu receptor na membrana celular, são críticos para o pior prognóstico da COVID-19 em pacientes obesos.