Definida pelo acúmulo de tecido adiposo em quantidade que pode representar danos à saúde, a obesidade apresenta taxas de crescimento alarmantes ao redor do mundo, contribuindo com o desenvolvimento de inúmeras importantes comorbidades como cardiopatias, diabetes, hipertensão entre outras. Por outro lado, a COVID-19, desencadeada pela infecção pelo vírus SARS-CoV-2, considerada uma pandemia, tem infectado milhões de indivíduos ao redor do mundo resultando em um número crescente de mortes. Considerando que ambas as doenças apresentam risco para o desenvolvimento de alterações sistêmicas, esse artigo busca abordar e discutir os mecanismos fisiopatológicos inerentes aos principais fatores de risco que levam ao pior prognóstico observado em pacientes obesos com COVID-19. Para isso foi realizada uma busca na literatura empregando as palavras chaves "Obesidade", "COVID-19", "Fatores de Risco" em português, e seus equivalentes em inglês "Obesity", "COVID-19", "Risk Factors". Para dados estatísticos foram consultados conceituados sites institucionais nacionais e internacionais. Sumarizando, confirmou-se que a obesidade e suas comorbidades estão relacionadas aos principais fatores de risco para a COVID-19. A inflamação sistêmica característica de ambas as doenças, assim como a disfunção tecidual advinda da invasão celular pelo SARS-CoV-2 propiciada pelo seu receptor na membrana celular, são críticos para o pior prognóstico da COVID-19 em pacientes obesos.
Introdução: Obesidade e a Doença de Alzheimer (DA) são doenças crônicas que afetam milhões de pessoas pelo mundo. Postula-se atualmente que a obesidade pode contribuir para o estabelecimento da DA. Objetivo: Realizar uma revisão narrativa de literatura para analisar o efeito de dietas obesogênicas com alto teor de gordura ou alto teor de sacarose em modelo animal e comparar o estabelecimento de alterações comportamentais e em biomarcadores preditivos de DA entre esses modelos. Método: Foram realizadas buscas nas bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE nos últimos dez anos. Foram empregados os descritores “obesidade”, “doença de Alzheimer'' e ''dietas”. Resultados: Muitos estudos empregam dietas obesogênicas com alto teor de gordura para avaliar o desenvolvimento de obesidade e parâmetros de DA. Um número bem menor de estudos emprega dietas obesogênicas com alto teor de sacarose, porém ambos os modelos apresentam similaridades em alterações comportamentais (déficit de memória e cognição), em biomarcadores centrais (peptídeo beta-amiloide e proteína TAU), resistência à insulina e neuroinflamação. Conclusão: Estudos com humanos têm apontado a neuroinflamação, a resistência e o acúmulo de peptídeo beta-amiloide e proteína Tau hiperfosforilada como prováveis causas de neurodegeneração e consequente comprometimento da memória e cognição na DA.
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