Estimar a prevalência de anemia associada a parasitoses intestinais, assim como identificar os parasitos mais frequentes, a faixa etária mais acometida e os fatores relacionados ao desenvolvimento. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática descritiva, com base no modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), incluindo artigos publicados entre 2014 e 2018, nos idiomas inglês e português, a partir da busca nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed (National Library of Medicine) e Biblioteca Virtual em Saúde Brasil, utilizando a combinação dos descritores "prevalência de anemia associada a parasitoses, Brasil". Após análises independentes de três revisoras, foram excluídos artigos de revisão, artigos experimentais com animais, casos clínicos, artigos pagos, artigos duplicados nos bancos, estudos relacionando anemia com outras doenças, descrevendo a presença apenas de anemias ou de parasitoses. RESULTADOS: Foram encontrados 1.697 artigos nas bases de dados, dos quais 10 foram selecionados e demonstraram associação média de anemia e parasitoses intestinais de 11,4% na Região Sul, 13,1% na Região Nordeste e 3,5% na Região Centro-Oeste; na Região Norte, não foi realizada associação estatística. Dentre os parasitos mais frequentes, destacaram-se: Entamoeba coli, Giardia lamblia e Endolimax nana. A maioria dos estudos foi realizada em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo mostraram que a prevalência de anemia associada a parasitoses, no Brasil, é significativa quando há maior frequência de parasitos patogênicos na população estudada, reforçando a necessidade de realização de estudos amplos de prevalência.