Validação da Escala de Crenças sobre Abuso Sexual (ECAS) no Contexto Brasileiro

Abstract

Resumo O presente artigo objetiva adaptar e validar para o contexto brasileiro a Escala de Crenças sobre Abuso Sexual (ECAS) de origem portuguesa, composta por 17 itens e três fatores. Para tanto foram realizados dois estudos, no primeiro foi feita uma análise fatorial exploratória com amostra de 208 estudantes universitários, obtendo-se uma estrutura unifatorial, divergindo da escala original, com alfa de Cronbach de 0,88. Diante da discordância, foi realizado um segundo estudo, visando confirmar a estrutura fatorial da escala, com amostra de 209 estudantes universitários. Portanto, o resultado confirmou como melhor modelo a estrutura unifatorial da escala, com redução de 17 para 11 itens, obtendo-se alfa de Cronbach de 0,84. Sendo assim, a adaptação e validação da ECAS contribui para preencher uma carência existente no Brasil em relação a instrumentos voltados a mensurar as crenças sobre o abuso sexual infantojuvenil, podendo colaborar com estudos e intervenções na área.

O impacto do abuso sexual infantil na saúde mental das vítimas: Uma revisão sistemática / The impact of child sexual abuse on victims' mental health: A systematic review

“…As repercussões são diversas e podem ser expressas em sentimentos de raiva, culpa, vergonha, medo e desamparo, sendo oriundo dessa vivência o desenvolvimento de sintomas como depressão, queixas somáticas, transtornos de ansiedade, alimentares e dissociativos, défict de atenção, baixa autoestima, baixo rendimento escolar e transtorno de estresse póstraumático, conduta hipersexualizada, abuso de substâncias, fuga do lar, furtos, isolamento Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.5, n.1, p.1195-1199 jan./feb. 2022 social, agressividade, mudanças nos padrões de sono, comportamentos autodestrutivos, dentre outros (PEREIRA et al, 2019).…”

Um olhar da psicologia sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes: uma revisão integrativa

“…Os motivos da exclusão foram: 1.002 (19,87%) por não adentrar no objetivo da pesquisa, 3.992 (79,6%) por serem repetidos e não possuir texto completo disponível e 35 (0,53%) por não terem sido publicados nos últimos 5 anos (Figura 1). Houve também artigos (67%) que mencionava a psicologia e outras áreas, sendo eles: Pelisoli e Dell'Aglio (2016), Nascimento, et al, (2016), Sanson e Read (2017), Corrêa e Hohendorff (2020), Rajan, et al (2020), López e Lefévre (2019), Carvalho e Stengel (2018), Mwanukuzi e Nyanganga (2021), Arpini, et al, (2017), Silva, et al (2020, Andrade e Souza (2018), Hohendorff, et al, (2017), Morete, et al, (2018), Jacob, et al, (2020), Pereira, et al, (2019) e Fontes, et al, (2017.…”

“…Já com relação a Escala de Crenças Sobre o Abuso Sexual (ECAS), uma ferramenta utilizada por profissionais da saúde, segundo Pereira, et al, (2019), apresenta eficiência na identificação de situações ilícitas, sucedendo contribuições no âmbito da pesquisa, prevenção e intervenções no combate a violência sexual infantojuvenil. Seus estudos de validação também têm influência significativa para o processo de investigação e coleta de dados, tornando consistente sua fidedignidade.…”

Preditores da intenção de permanecer em distanciamento social

“…The flexibilization of the minimum value of commonality is a practice often employed in exploratory studies (Castillo, Macrini, Cheniaux, & Landeira-Fernandez, 2010;Pereira et al, 2019). In this study, we eliminated items with commonality values less than 0.40.…”