2019
DOI: 10.1590/1413-81232018247.15392019
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Má nutrição, iniquidade e a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada

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“…A despeito dos padrões alimentares, é necessário considerar que as escolhas alimentares são determinadas por questões relacionadas aos alimentos, como sabor, aparência, valor nutricional, variedade e preço; e por questões biológicas e psicossocioculturais, que além das tratadas neste estudo, incluem o acesso à informação (como rotulagem adequada, por exemplo), disponibilidade, e influência da mídia favorecendo os UP [16] . Dessa maneira, não somente os indivíduos são responsáveis por suas escolhas, mas tem grande peso o ambiente que vivem, e como estão organizados os sistemas alimentares [10] . A literatura aponta que em áreas de baixo nível socioeconômico há maior número de pequenos mercados locais e lojas de conveniência que oferecem variedade limitada de alimentos e vendem produtos de baixa qualidade a preços elevados [50] ; que nessas áreas a concentração de estabelecimentos que comercializam prioritariamente produtos UP chega a ser 22 vezes superior à venda de alimentos IN/MP [51] ; e que a presença de lojas especializadas em frutas e vegetais ou feiras livres influenciam positivamente o acesso a alimentos saudáveis [52] .…”
Section: Discussionunclassified
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“…A despeito dos padrões alimentares, é necessário considerar que as escolhas alimentares são determinadas por questões relacionadas aos alimentos, como sabor, aparência, valor nutricional, variedade e preço; e por questões biológicas e psicossocioculturais, que além das tratadas neste estudo, incluem o acesso à informação (como rotulagem adequada, por exemplo), disponibilidade, e influência da mídia favorecendo os UP [16] . Dessa maneira, não somente os indivíduos são responsáveis por suas escolhas, mas tem grande peso o ambiente que vivem, e como estão organizados os sistemas alimentares [10] . A literatura aponta que em áreas de baixo nível socioeconômico há maior número de pequenos mercados locais e lojas de conveniência que oferecem variedade limitada de alimentos e vendem produtos de baixa qualidade a preços elevados [50] ; que nessas áreas a concentração de estabelecimentos que comercializam prioritariamente produtos UP chega a ser 22 vezes superior à venda de alimentos IN/MP [51] ; e que a presença de lojas especializadas em frutas e vegetais ou feiras livres influenciam positivamente o acesso a alimentos saudáveis [52] .…”
Section: Discussionunclassified
“…A desnutrição, a obesidade, bem como as mudanças climáticas têm impactos negativos à saúde da população global [8] , e são fortemente determinadas pelos sistemas alimentares que contemplam desde a produção à comercialização de alimentos, até os ambientes e as práticas alimentares [9] . Nesse sentido, os contextos político, econômico, físico e sociocultural do ambiente em que os indivíduos vivem podem influenciar suas escolhas alimentares [10] . Isso ajudaria a explicar a paradoxal coexistência da insegurança alimentar e obesidade, associada a falta de dinheiro para comprar comida, e estratégias de enfrentamento da fome, como compra de alimentos de baixo custo e alta densidade energética [11][12][13] .…”
Section: Introductionunclassified
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“…Eles mediam, portanto, os sistemas e as práticas alimentares, de forma que sua organização pode condicionar deterioração da saúde e aumento das desigualdades sociais. Essa organização inclui as normas políticas, legais e culturais de um território; recursos financeiros disponíveis; e os espaços físicos onde os indivíduos obtém os alimentos, ou seja, a disponibilidade de estabelecimentos de comercialização como hortas, varejões, supermercados, restaurantes, lanchonetes, que tem relação com o preço e a qualidade dos alimentos 23,60 .…”
Section: Sistemas E Ambientes Alimentaresunclassified
“…http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/relatoriopublico/index, acessado em 26/jan/2020).Quanto aos dados de prevalência apresentados, é possível destacar que os registrados por meio do SISVAN Web sugerem proporções maiores de má nutrição às encontradas em 2006, no período de 2008 a 2019, sinalizando a melhoria do estado nutricional das crianças como um desafio para as políticas públicas que ainda perpetua. Dessa forma, analisar a conjuntura brasileira relacionada à garantia da segurança alimentar e nutricional, conforme preconizado na Década de Ação em Nutrição, reverte-se de vital importância, sobretudo no atual contexto político do país, caracterizado por um período de enfraquecimento ou desmonte das políticas de proteção social, de saúde e de fortalecimento dos sistemas alimentares sustentáveis e promotores de alimentação saudável; bem como pelo questionamento dos mecanismos de enfrentamento da obesidade, com deterioração das condições de vida e do aumento da pobreza, a partir de 2016, precedido por um período em que as políticas em foco foram priorizadas na agenda governamental 32,33. Nesse sentido, as políticas relacionadas à expansão dos cuidados básicos de saúde e ao aumento do poder aquisitivo/renda familiar nos lares de baixo poder aquisitivo ganham destaque ao ponderar que esses fatores, junto à melhoria da escolaridade materna e à expansão da rede pública de saneamento básico, foram as principais razões que explicaram o declínio da desnutrição no país entre 1996 e 2007 34.…”
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