Brasil. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Brasil: Manual de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa. É possível prevenir. É necessário superar. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; 2013

Abstract

A violência contra a pessoa idosa tem sido tema das agendas de vários órgãos governamentais entre eles a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Alguns encaminhamentos importantes foram dados na busca por alternativas de prevenção dos atos violentos praticados contra a pessoa idosa, assim como formas de intervir no sentido da superação desse impasse que tem acompanhado a sociedade brasileira nestes últimos anos. O texto compõe-se de Introdução, onde são nomeados os eixos centrais que balizam as reflexões da autora: aspectos sociodemográficos, socioantropoló-gicos, socioepidemiológicos e estratégias de superação das expressões de violência. Aponta passos percorridos pelos organismos nacionais e internacionais na tentativa de estabelecer uma agenda mínima de documentos, planos, projetos e leis que garantam ao idoso qualidade de vida compatível com sua situação de cidadão não só de deveres, mas de direitos. Entre esses organismos e documentos encontram-se a Organização das Nações Unidas, que durante a I Assembléia Mundial sobre Envelhecimento definiu parâmetros fundamentais para caracterização de quem é considerado idoso do ponto de vista da idade cronológica, mas principalmente a garantia da sua segurança econômica e social, assim como a sua inserção no processo de desenvolvimento dos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, e o Estatuto do Idoso cujo texto prioriza o atendimento às necessidades básicas deste e a manutenção de sua autonomia.A

Violências e acidentes nos idosos assistidos no atendimento pré-hospitalar no Espírito Santo, Brasil

“…Em seguida, ficaram os acidentes de transporte com 16% (10 casos) das ocorrências, e as agressões representando 3% (2 casos) dos atendimentos. Esses resultados são diferentes dos apresentados no Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa, que ao analisar o Sistema de Informações Hospitalares do SUS, em 2004, verificou que das 108.169 internações por violências e acidentes em idosos, 55,38% correspondiam a quedas; 19,1% a acidentes de trânsito, sobretudo a atropelamentos; 3,0% a agressões; e 0,8%, a lesões autoprovocadas (BRASIL, 2005).…”

“…Esses resultados reforçam, mais uma vez, o que já está posto no Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa que registram a necessidade de preparar melhor os dispositivos e sinais nas ruas e nas travessias nas cidades; promover campanhas educativas para a população em geral; colocar conteúdos sobre os direitos dos idosos nas escolas de formação de motoristas e mobilizar os empresários do setor e punir os agressores (BRASIL, 2005).…”

“…Segundo o Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa, ao analisar o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS) no ano de 2004, o custo médio pago pelo SUS pelas internações hospitalares de idosos por causas relacionadas a acidentes e violências foi de R$ 1.069,80 por pessoa, enquanto na população geral o custo correspondeu a R$ 714,71. A mortalidade dos idosos também foi maior: 5,42%/100.000, comparada a 2,69%/100.000 da população em geral (BRASIL, 2005).…”

Report of multiple abuse against older adults in three Brazilian cities

“…By 2050, this population is predicted to have reached approximately 2.1 billion [1–2]. Between 1980 and 2025, the number of older adults is expected to grow by 217% in Latin America and by 412% in Brazil, where this population will become the sixth largest in the world in absolute numbers [3].…”

Representações sociais da velhice LGBT entre Agentes Comunitários de Saúde

“…Isso ocorre pela tendência da sociedade que prima pela produção de bens de consumo dentro da lógica capitalista como forma de indicar a sua inserção na organização social (Mendes, Gusmão, Faro, & Leite, 2005). Em países em desenvolvimento, como o Brasil, as parcelas da população que não possuem condições de manejar a sua capacidade de trabalho passam a ser excluídas do processo produtivo que, no geral, indica utilidade social (Areosa, 2015 LGBT (Brasil, 2009) (Groisman, 2002). Em contrapartida a essa concepção, alguns autores indicam a velhice como uma fase que possui tanto aspectos negativos -no que diz respeito às perdas relacionadas às capacidades físicas, sensoriais e neurológicas -quanto positivos -no que concerne às experiências adquiridas ao longo do longo caminho de vivências da pessoa idosa (Neri, 2008;Novaes, 1995).…”