Tendência da disponibilidade de vacinas no Brasil: PMAQ-AB 2012, 2014 e 2018

Abstract

O objetivo foi analisar a tendência da disponibilidade de vacinas no Brasil, em suas regiões e Unidades da Federação (UFs), de 2012 a 2018. Estudo transversal realizado com dados das unidades básicas avaliadas nos ciclos I (2012), II (2014) e III (2018) do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Foi avaliada a disponibilidade das vacinas dupla dT, hepatite B, meningocócica C, poliomielite, pneumocócica 10, tríplice viral, tríplice bacteriana, tetravalente/pentavalente e rotavírus humano. Para identificação da tendência, foi realizada regressão de mínimos quadrados ponderada por variância para estimar mudanças anuais, em pontos percentuais. Também foi verificada a diferença relativa e absoluta da prevalência de vacinas. A amostra foi composta por 13.842 unidades básicas de saúde (UBS) no Ciclo I, 19.752 no Ciclo II e 25.152 no Ciclo III. Verificou-se tendência crescente da prevalência de disponibilidade de todas as vacinas investigadas no período avaliado, com aumento de 16p.p. entre 2012 e 2018, alcançando cerca de 70% em 2018. As regiões com maior tendência de aumento foram o Norte (2,9p.p.), Centro-oeste (2,1p.p.) e Nordeste (2,0p.p.). Destaque-se a tendência decrescente na disponibilidade (-3,3p.p.) e, também, nas diferenças absoluta e relativa negativas (-20p.p.; 0,68) verificadas no Rio de Janeiro. Identificou-se prevalência de disponibilidade de vacina baixa no Brasil, com disparidades entre as regiões, que ficam mais marcantes na avaliação das UFs.

Change in Rotavirus Vaccine Coverage in Brazil from before (2015–2019) through the COVID-19 Pandemic Period (2020–2021)

“…Although the Unified Health System (SUS, acronym in Portuguese) guarantees universal and equal access to immunization throughout the country, geographic heterogeneity and inequality among the regions of Brazil mean that vaccination coverage among regions and states is also unequal. The northern and northeastern regions were those with the lowest rotavirus vaccination coverage, even with an increasing trend in the prevalence of vaccine availability in these regions [ 38 ]. Both regions, due to high social vulnerability, were also the most affected by the COVID-19 pandemic, registering the highest lethality rates associated with the disease [ 39 , 40 ].…”

“…Primary care also has a central role in emergency preparedness and response, such as the COVID-19 pandemic, given its high degree of capillarization in the national territory and the fact that it reached expressive portions of the population exposed to excessive risks due to their living conditions [ 44 , 45 , 46 ]. The importance of PHC, however, has not had due recognition when one observes the problems in the structures of basic health units (BHUs), the lack of materials and inputs, and the lack of vaccine supply (in 2018, about a quarter of BHUs did not have all vaccines) [ 38 ].…”

A evolução das coberturas vacinais brasileiras e os impactos provocados pela pandemia de Covid-19 nas metas de imunização

“…(Sociedade Brasileira de Pediatria [SBP]). No entanto, estudo transversal brasileiro estimou que as vacinas com menor prevalência de disponibilidade identificadas foram Poliomielite, Tríplice Bacteriana e Rotavírus (Neves, et al, 2022) No ano de 2020, as taxas de doença grave relacionadas diretamente à infecção por SARS-CoV-2 na população pediátrica variou em torno de 1% a 2% no mundo, bem como ocorreram poucas mortes devido à doença, se comparado às faixas-etárias mais elevadas (Chiappini et al, 2021). Todavia, as crianças sofrerão futuramente com as consequências indiretas da pandemia, sendo uma delas a redução das taxas de cobertura vacinal para as imunizações de rotina.…”