2020
DOI: 10.1590/0102-311x00189018
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Narrativas pró-direito ao aborto no Brasil, 1976 a 2016

Abstract: O artigo explora as narrativas pró-direito ao aborto no Brasil com base no narrative policy framework (NPF). Foram analisados documentos pró-direito ao aborto elaborados por ativistas feministas entre 1976 e 1988 e documentos de organizações feministas, projetos de leis e documentos de políticas públicas sobre aborto referentes ao período de 1989 a 2016. Foi feita uma análise de conteúdo dos dois conjuntos de documentos usando-se o software OpenLogos. Os resultados da pesquisa revelam que as feministas fizeram… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
2

Year Published

2021
2021
2023
2023

Publication Types

Select...
3
1

Relationship

0
4

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(2 citation statements)
references
References 10 publications
(11 reference statements)
0
0
0
2
Order By: Relevance
“…Entretanto, a cooperação com a Igreja, própria dos últimos anos do governo kirschnerista (2011)(2012)(2013)(2014)(2015), implicou que não se promovessem medidas que causassem mal-estar, tais como a legalização do aborto. Se bem que a Igreja expressou sua posição em relação as três reformas com diferentes graus de intensidade, apenas foi exitosa em manter a criminalização do aborto.…”
Section: Influência Das Religiõesunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Entretanto, a cooperação com a Igreja, própria dos últimos anos do governo kirschnerista (2011)(2012)(2013)(2014)(2015), implicou que não se promovessem medidas que causassem mal-estar, tais como a legalização do aborto. Se bem que a Igreja expressou sua posição em relação as três reformas com diferentes graus de intensidade, apenas foi exitosa em manter a criminalização do aborto.…”
Section: Influência Das Religiõesunclassified
“…Desde então, as políticas públicas sobre saúde sexual e reprodutiva tem apresentado uma trajetória flutuante, com diferentes ênfases e marcos interpretativos, que estão vinculados ao controle demográfico, à religião católica, à saúde pública e mais recentemente aos direitos humanos(CUBILLOS ALMENDRA, 2018).Foi também no país que se criou a política de planejamento familiar e o primeiro programa de educação sexual em 1967, encampados pelos Ministérios da Saúde e da Educação. Para Zárate y González(2015), essas intervenções, ainda que fossem promovidas por organizamos internacionais desde interpretações higienistas e neomalthusianas sobre desenvolvimento, inauguraram uma nova fase no campo político da sexualidade e foram bem recebidas (apud CubillosAlmendra, 2018).Durante a gestão de Salvador Allende, o governo manteve uma postura de ampliação do escopo de atendimento dos casos de aborto terapêutico, ainda que não tenha tomado ações do ponto de vista legal para reformar a legislação(MAIRA, CASAS, VIVALDI, 2019).Dessa forma, a interrupção da gravidez por razões terapêuticas foi permitida por quase 60 anos, até o banimento total durante a Ditadura Militar. Em 1989, após perder o plebiscito favorável às eleições democráticas, a junta militar, que assumiu o poder no final da ditadura de Pinochet, publicou a lei 18.826.…”
unclassified