2020
DOI: 10.1590/0102-311x00145919
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Prematuridade e gravidez na adolescência no Brasil, 2011-2012

Abstract: Este trabalho tem como objetivo avaliar a associação entre gravidez na adolescência e prematuridade. Os dados são provenientes da pesquisa Nascer no Brasil, inquérito nacional composto por 23.894 puérperas e seus recém-nascidos. As informações foram obtidas por meio de entrevista com a puérpera durante a internação hospitalar. Um método de pareamento foi estabelecido, baseado nos escores de propensão, para lidar com diferenças entre os grupos em razão de um desenho não experimental, caso do estudo Nascer no Br… Show more

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“…As adolescentes apresentam fatores de riscos, como a imaturidade uterina e/ou o suprimento sanguíneo inadequado do colo do útero, os quais podem ser de repercussão negativa ao desfecho gestacional, favorecendo o nascimento prematuro. Somam-se a isso os contextos característicos de vulnerabilidade, associados à exposição de agravos à saúde, como a violência e o uso de drogas 5 . Apesar das susceptibilidades intrínsecas à faixa etária, essas ainda são tomadas de forma marginalizada na atenção e saúde, lembradas a partir de comportamentos de risco, mesmo nesta condição, sendo as ações em saúde ainda falhas, não valorando o diálogo e a pessoa do adolescente na construção do cuidado, o que o afasta dos serviços de saúde 6 .…”
Section: Introductionunclassified
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“…As adolescentes apresentam fatores de riscos, como a imaturidade uterina e/ou o suprimento sanguíneo inadequado do colo do útero, os quais podem ser de repercussão negativa ao desfecho gestacional, favorecendo o nascimento prematuro. Somam-se a isso os contextos característicos de vulnerabilidade, associados à exposição de agravos à saúde, como a violência e o uso de drogas 5 . Apesar das susceptibilidades intrínsecas à faixa etária, essas ainda são tomadas de forma marginalizada na atenção e saúde, lembradas a partir de comportamentos de risco, mesmo nesta condição, sendo as ações em saúde ainda falhas, não valorando o diálogo e a pessoa do adolescente na construção do cuidado, o que o afasta dos serviços de saúde 6 .…”
Section: Introductionunclassified
“…A atenção à saúde no contexto da gestação na adolescência está descrita como incipiente, com cuidados pré-natais de acesso truncado, inadequados e tardios 5 , por vezes, sem alcance do número mínimo de consultas preconizadas 7 .…”
Section: Introductionunclassified
“…Por fim, para além dos aspectos familiares e socioeconômicos envolvidos na gestação na adolescência, existem sérios riscos para a vida da puérpera e do recém-nascido. De fato, segundo (Almeida et al, 2020), existe uma importante correlação positiva entre partos prematuros espontâneos e gravidez na adolescência, havendo 24% mais chances de ocorrer esse fenômeno em adolescentes precoces, quando compara-se com adolescentes tardias e adultas jovens. Estes dados vão de acordo com evidências apontadas por (Sadovsky et al, 2018), onde análises de quatro grandes coortes brasileiras também demonstraram que a idade precoce de gestação é um importante fator associado à prematuridade.…”
Section: Introductionunclassified
“…Referente às variáveis relacionadas ao número de consultas, número de filhos e cor, apenas 20% dos artigos as incluíram na análise. No estudo deAlmeida et al (2020), foi identificado que, dentre as características sociodemográficas se associaram à faixa etária, sendo que em relação às puérperas adultas (20-34 anos), as adolescentes, em geral, se concentraram mais nas regiões Norte e Nordeste e na classe econômica baixa, sendo 38,9% de 12…”
unclassified
“…Fonte: Autores.De acordo com o SINASC, a prematuridade de nascidos vivos (idade gestacional menor de 36 semanas) em adolescentes de dez a 19 anos no Brasil em 2015 era de 68.184 nascidos vivos, tendo diminuído durante os últimos cinco anos, apresentando 51.784 casos em 2019. Quando comparado as faixas de idade dessas adolescentes, existe maior concentração de prematuridade na faixa etária de 15 a 19 anos e no período gestacional de 32 a 36 semanas.Em relação à prematuridade, no estudo deAlmeida et al (2020), realizado com dados provenientes da pesquisa "Nascer no Brasil", inquérito nacional composto por 23.894 puérperas e seus recém-nascidos realizado no período de fevereiro de 2011 a outubro de 2012, a partir da comparação entre puérperas adolescentes precoces (12-16 anos) e adultas (20-34 anos), constatouse que as puérperas adolescentes apresentaram maior chance de prematuridade geral (OR = 1a 16 anos e 33% de 17 a 19 anos. Os mesmos autores constataram que 56,1% das adolescentes entre 12 a 16 anos não realizaram as consultas do pré-natal adequadamente, enquanto que 35,2% das adultas não o fizeram.No estudode Lopes et al (2020), realizado a partir dos registros de nascimentos de bebês de mães adolescentes residentes em Maringá-PR, entre 2000 e 2015, constantes no SINASC, foi possível constatar que, no triênio de 2013-2015, em relação às características maternas, houve um aumento de oito vezes mais chances das adolescentes grávidas não terem…”
unclassified