Educação superior em tempos de retrocessos e os impactos na formação profissional do Serviço Social

Abstract

Resumo: O presente artigo aborda o ensino remoto emergencial (ERE) no contexto das contrarreformas do Estado e da crise estrutural do capitalismo, a partir das imposições do modelo de educação terciária desenhada pelos organismos internacionais do capital. Explicita elementos da contrarreforma administrativa e do processo de reestruturação do mundo do trabalho, analisando-os de forma articulada à conjuntura e sinalizando alguns dos impactos para a formação profissional do Serviço Social.

Fascistização e educação superior: O futuro da universidade pública em xeque

“…Em linhas gerais, como afirma Farage (2021), o governo Bolsonaro "[...] impõe a retirada de direitos, fomenta uma polarização social entre projetos antagônicos de sociedade e legitima ideologicamente o discurso de prioridade do capital" (FARAGE, 2021, p. 52). Ocorre que, [...] aliando-se as contrarreformas à perspectiva anticiência, fundamentalista, miliciana e militarizada, impulsiona-se uma verdadeira onda regressiva que impõe um retrocesso civilizatório pautado na perseguição, em fake news e no autoritarismo, que recuperam elementos da particularidade social brasileira, como o colonialismo, a escravização, a europeização cultural, o machismo, o sexismo e as opressões, de diferentes tipos.…”

“…8 Devido aos limites deste texto não é possível aprofundar as análises sobre o ERE em tempos pandêmicos no Brasil. Por isso, para aprofundamentos, indicamos amplo material produzido pelo ANDES/ SN em seu site e também o texto "Educação superior em tempos de retrocesso e os impactos na formação profissional do Serviço Social", da autora Farage (2021). Argum., Vitória, v. 14, n. 1, p. 7-25, jan./abr.…”