“…A partir de 2015, no limiar do segundo mandato de Dilma Rousseff, com a chegada do economista de filiação liberal-ortodoxa, Joaquim Levy, e a demissão de Guido Mantega do Ministério da Fazenda, economista vinculado à corrente heterodoxa e desenvolvimentista, a política macroeconômica do Brasil, que já vinha de um ciclo de elevação da taxa de juros (ajuste monetário para reduzir a inflação) foi ancorada na realização de forte ajuste fiscal, que foi chamado de "estelionato eleitoral" pela opinião pública. Assim, para sinalizar credibilidade ao mercado financeiro e no intuito de se aproximar do empresariado, o governo Dilma efetuou profundos cortes de gastos em saúde, educação, programas de habitação popular e no investimento público em infraestrutura (PINHO, 2019), acentuando as contradições entre o capital financeiro globalizado, cada vez mais politicamente estruturado, a democracia representativa de massas e a expansão dos direitos sociais de cidadania (FLEURY e PINHO, 2019, 2018.…”