“…À luz da tradição literária sobre os pardos nas relações raciais brasileiras (Degler, 1971;Skidmore, 1993), e de estudos recentes que mobilizam tal discussão (Daflon et al, 2017;Daflon, 2014;Moraes Silva e Leão, 2012), nossa hipótese é de que as atitudes dos pardos, por representarem categorias intermediárias de cor e com maior grau de mobilidade entre os dois extremos cromáticos (Miranda, 2014;Senkevics, 2017;Silveira et al, 2018), serão mais fluidas do que as de outros grupos raciais. Dependendo da fronteira em questão, seja social ou simbólica, investigaremos se pardos alinharão suas atitudes com brancos, pretos ou ambos; dissolvendo, assim, a fronteira racial e criando uma identidade de grupo que extrapolaria aquela da raça autodeclarada, evidenciando, desse modo, a sua fluidez.…”