2017
DOI: 10.1590/001152582017121
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Sentindo na Pele: Percepções de Discriminação Cotidiana de Pretos e Pardos no Brasil

Abstract: A inclusão dos "pardos", ao lado dos "pretos", como beneficiários das políticas públicas de ação afirmativa no ensino superior e em concursos públicos não é algo consensual mesmo entre aqueles que defendem tais medidas. A discriminação racial contra os pardos é ignorada ou negada por boa parte dos brasileiros e, portanto, para muitos parece ilógico dedicar às pessoas autoclassificadas como tal mecanismos específicos de promoção socioeconômica. Pesquisas de opinião e entrevistas demonstram que os pardos muitas … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
2
1

Citation Types

1
4
1
13

Year Published

2018
2018
2023
2023

Publication Types

Select...
7

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 15 publications
(19 citation statements)
references
References 14 publications
(12 reference statements)
1
4
1
13
Order By: Relevance
“…The ELSA-Brasil study revealed that the proportion of Black individuals reporting racial discrimination decreased with advancing age (36% and 17% among individuals aged 35–44 and ≥65 years, respectively). These findings are consistent with previous Brazilian studies18 and may reflect a cohort effect of cultural world views on racial discrimination in the Brazilian society over time. The recent darkening phenomenon in the Brazilian society is a most compelling evidence of this effect: 3 million Brazilians changed their racial identity from non-Black to Black between 2000 and 2010, that is, one in every three Black individuals counted in the 2010 census was a newly reclassified Black, particularly among youth and young adults 30…”
Section: Discussionsupporting
confidence: 93%
See 2 more Smart Citations
“…The ELSA-Brasil study revealed that the proportion of Black individuals reporting racial discrimination decreased with advancing age (36% and 17% among individuals aged 35–44 and ≥65 years, respectively). These findings are consistent with previous Brazilian studies18 and may reflect a cohort effect of cultural world views on racial discrimination in the Brazilian society over time. The recent darkening phenomenon in the Brazilian society is a most compelling evidence of this effect: 3 million Brazilians changed their racial identity from non-Black to Black between 2000 and 2010, that is, one in every three Black individuals counted in the 2010 census was a newly reclassified Black, particularly among youth and young adults 30…”
Section: Discussionsupporting
confidence: 93%
“…Individuals with higher levels of education may be more aware of race-related discrimination 17. It is however worth pointing out that the prevalence of racial discrimination that we found in ELSA-Brasil is lower than the one found in a population survey representative of the Brazilian population aged 16 years or over (6% of them with university degree) carried out in 2008 (White: 7.5%, Brown: 14.7%, Black: 41.1%) 18. The prevalence of racial discrimination may therefore have been underestimated in this study compared with the general population.…”
Section: Discussioncontrasting
confidence: 71%
See 1 more Smart Citation
“…Nesse cenário, trabalhos como o de Daflon et al (2017), Daflon (2014), e Moraes Silva e Leão (2012) buscam -a partir da constatação de que os pardos são, frequentemente, um público ignorado pelo interesse acadêmico, por suas características identitárias -questionar o retrato dos pardos como "atípicos", ou movidos essencialmente por interesses em sua classificação. Além de lançar luz sobre a interlocução entre a identidade parda e os polos do continuum racial, essa nova geração busca colocar em xeque definições essencialmente voluntaristas da formação e consolidação de identidades sociais (Daflon, 2014).…”
Section: A Fluidez Atitudinal Dos Pardos: Da Válvula De Escape à Permunclassified
“…À luz da tradição literária sobre os pardos nas relações raciais brasileiras (Degler, 1971;Skidmore, 1993), e de estudos recentes que mobilizam tal discussão (Daflon et al, 2017;Daflon, 2014;Moraes Silva e Leão, 2012), nossa hipótese é de que as atitudes dos pardos, por representarem categorias intermediárias de cor e com maior grau de mobilidade entre os dois extremos cromáticos (Miranda, 2014;Senkevics, 2017;Silveira et al, 2018), serão mais fluidas do que as de outros grupos raciais. Dependendo da fronteira em questão, seja social ou simbólica, investigaremos se pardos alinharão suas atitudes com brancos, pretos ou ambos; dissolvendo, assim, a fronteira racial e criando uma identidade de grupo que extrapolaria aquela da raça autodeclarada, evidenciando, desse modo, a sua fluidez.…”
Section: Introductionunclassified