Trataremos neste artigo de refletir sobre o papel social das mulheres pescadoras em duas comunidades pesqueiras intensamente modificadas nos últimos anos. A metodologia utilizada é fundamentalmente qualitativa. Esperamos mostrar a forma como os principais problemas ambientais da atividade pesqueira se interconectam com a questão de gênero entre as pescadoras nas localidades pesquisadas.
O artigo analisa o derrame de petróleo vivenciado no Brasil entre agosto de 2019 e janeiro de 2020, as políticas públicas frente a desastres deste tipo, seus impactos na população litorânea pesqueira, e as ações do governo frente ao incidente ambiental que devido às suas grandes proporções tem sido considerado um dos mais amplos em termos de efeitos socioeconômicos e ambientais na região Nordeste e no Brasil. Objetivamos analisar a exposição à fragilidade do território brasileiro relacionado a uma política de constituição de zonas de sacrifício, fundamentada por uma narrativa econômica ultraliberal de enxugamento do Estado, que se operou através de desmonte de arranjos institucionais e políticas públicas para incidentes de óleo.. Conclui-se que o desmonte dos arranjos institucionais resultaram em uma ação tardia, evidenciando dificuldades de articulação entre as instituições cabíveis, causando o avanço crescente das manchas e grandes efeitos no litoral para entes humanos e não humanos.
A reflexão proposta neste artigo fundamenta-se na experiência de extensão universitária das professoras-autoras durante o desenvolvimento do projeto executado em comunidades pesqueiras do litoral capixaba em 2012. Por intermédio de uma metodologia dialogada e da coleta de depoimentos (com registro audiovisual), buscou-se refletir sobre as condições de vida e trabalho dessas populações, principalmente quanto aos impactos socioambientais que vêm sofrendo por conta da expansão dos grandes empreendimentos econômicos em suas localidades, impedindo a sua reprodução enquanto grupo social e negligenciando os seus direitos.
Resumo: O estudo faz uma reflexão sobre os contornos em que se estrutura a ideia de percepção e ação em relação aos contextos ambientais, socioculturais e humanistas que, transversalmente, caracterizam a vida no planeta. Ressalta-se que todos os campos de estudo referidos no título da pesquisa têm propriedade e autonomia para tratar dos aludidos aspectos. Nesse sentido, busca-se investigar como tais configurações se revelam no texto literário e como a Ecologia Humana interage com a literatura, especialmente por meio da abordagem ecocrítica. A atenção se volta, principalmente, para os conflitos ambientais contemporâneos. Traça-se uma linha convergente entre a obra literária e a produção de conhecimento socioambiental, considerando a ideia de que a literatura se constitui em uma possibilidade de diálogo com o mundo, na medida em que a produção de significados é fruto da cumplicidade atinente às relações entre autor(a), leitor(a), texto e sociedade.Como corpus para discussão, serão analisados dois textos literários do gênero conto. Para atingir o objetivo, a pesquisa se ancora em vários estudos entre os quais citam-se os de Candido ( 2006),
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