Resumo Neste artigo, analisamos o aparecimento de personagens indígenas nas telenovelas brasileiras e os discursos que colocam em circulação sobre as identidades indígenas. Com o objetivo de investigar quais dessas produções trouxeram personagens indígenas, realizamos um levantamento nas 665 telenovelas exibidas no período de 1963 a 2016, nas principais emissoras de televisão do Brasil, e em apenas 28 dessas ficções televisivas encontramos personagens indígenas. Tomamos como principal referência teórica a formulação de condições de possibilidades históricas dos discursos e chegamos a dois grandes acontecimentos imbricados com a produção de telenovelas e a presença indígena: a demarcação, em 1978, do Parque do Xingu e a comemoração dos 500 anos de colonização do Brasil. Observamos que os principais personagens indígenas dessas tramas são heterogêneos e estão associados a diferentes posições políticas.
O objetivo deste artigo é analisar os modos de acionamento das colonialidades (QUIJANO, 2005, 2009, 2014; MALDONADO-TORRES, 2007; LUGONES, 2014) no limiar entre a existência e as mortes sociais de Senhorita Andreza, mulher negra da periferia de Belém (PA) que se tornou “celebridade” repentina e, meses depois, acabou assassinada. Como as colonialidades atuam no processo de visibilização de sujeitos subalternizados? A partir dessa questão-problema, o caminho metodológico segue a análise de quatro acontecimentos-chave e seus desdobramentos no período de exposição pública da imagem de Andreza, entre janeiro de 2016 e abril de 2017, tendo excertos midiáticos como empiria. As colonialidades que atravessam a visibilização de Senhorita Andreza se apresentam nas formas de 1) celebrificação pela via do risível e julgamento público, 2) criminalização, escárnio e racismo institucional, 3) presença fora do lugar na disputa político-partidária, 4) assassinato e negação do luto. Há, portanto, uma visibilização desumanizante, uma visibilidade incompleta, que não garante reconhecimento. PALAVRAS-CHAVE: Colonialidade; Visibilização; Morte social; Senhorita Andreza. ABSTRACT The purpose of this article is to analyze the ways in which colonialities (QUIJANO, 2005, 2009, 2014; MALDONADO-TORRES, 2007; LUGONES, 2014) are triggered on the threshold between the existence and the social deaths of Senhorita Andreza, black woman from the outskirts of Belém (PA) who became a sudden celebrity and, months later, ended up murdered. How do colonialities act in the process of making subaltern subjects visible? Based on this problem-issue, the methodological path follows the analysis of four key events and their developments in the period of public exposure of Andreza's image, between January 2016 and April 2017, having media excerpts as empirics. The colonialities that go through the visibility of Senhorita Andreza are presented in the forms of 1) celebrification through laughter and public judgment, 2) criminalization, scorn and institutional racism, 3) out of place presence in the political-party dispute, 4) murder and grief denial. There is, therefore, a dehumanizing visibility, incomplete visibility, that does not guarantee recognition. KEYWORDS: Coloniality; Visibilization; Social death; Senhorita Andreza. RESUMEN El propósito de este artículo es analizar las formas en que se desencadenaron las colonialidades (QUIJANO, 2005, 2009, 2014; MALDONADO-TORRES, 2007; LUGONES, 2014) en el umbral entre la existencia y la muerte social de Señorita Andreza, una mujer negra de las afueras de Belém (PA) que se convirtió en una celebridad repentina y, meses después, terminó asesinada. ¿Cómo actúan las colonialidades en el proceso de hacer visibles los sujetos subalternos? Sobre la base de este pregunta-problema, la ruta metodológica sigue el análisis de cuatro eventos clave y sus desarrollos en el período de exposición pública de la imagen de Andreza, entre enero de 2016 y abril de 2017, con extractos de los medios de comunicación como empíricos. Las colonialidades que pasan por la visibilización de la Señorita Andreza se presentan en forma de 1) celebrización a través de la risa y el juicio público, 2) criminalización, desprecio y racismo institucional, 3) presencia fuera de lugar en la disputa de los partidos políticos, 4) asesinato y negación del luto. Existe, por lo tanto, una visibilización deshumanizante, visibilidad incompleta, que no garantiza el reconocimiento. PALABRAS CLAVE: Colonialidad; Visibilización; Muerte social; Señorita Andreza.
RESUMO: Neste artigo analisamos como as reflexões propostas por Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido (1987) podem ser identificadas no filme de ficção brasileiro Bacurau, lançado em 2019, e dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Compreendemos que os personagens de Bacurau colocam em prática uma concepção libertadora de educação, tal qual propõe Freire, e estabelecem entre eles uma relação dialógica. Os sujeitos de Bacurau são livres, autônomos, e, por meio da reflexão crítica e da ação, matam os opressores, quando eles tentam impor suas práticas coloniais no povoado. PALAVRAS-CHAVE: Bacurau; Educação libertadora; Paulo Freire; Pedagogia do Oprimido; Teoria da ação dialógica.
MILANEZ, Nilton. (2019). Audiovisualidades: elaborar com Foucault. Londrina: Eduel; Guarapuava: Ed. Unicentro. Quais são as regras de formação para os discursos das audiovisualidades? Que objetos se levantam em direção à constituição de um filme? Estas são algumas questões que o livro “Audiovisualidades: Elaborar com Foucault” traz ao leitor. A obra, lançada em 2019, e de autoria de Nilton Milanez, parte dos postulados teórico-metodológicos presentes em “A Arqueologia do Saber” (2008), de Michel Foucault, para pensar as audiovisualidades e, por meio delas, compreender aquilo que somos, como nos organizamos e o que nos torna sujeitos no presente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.