resumo O artigo examina algumas influências teóricas de Freud para recuperar os valores epistemológicos que subjazem à composição de sua concepção de ciência da natureza. Se, por um lado, Freud teve acesso ao pensamento de autores específicos (Brücke e Helmholtz, dentre outros) que participaram efetivamente dos caminhos percorridos pela psicologia em sua reivindicação de uma identidade científica, por meio de entrelaçamentos com a física e a fisiologia, por outro lado, ele também teve contato com certos filósofos (Brentano e Stuart Mill) que lhe permitiram uma aproximação a alguns defensores da cientificidade da psicologia que não abandonam o naturalismo, nem recorrem ao solo fisiológico. Nossa avaliação histórica constituiu-se como uma defesa de que Freud sofreu diversas influências no tocante ao status da psicologia no campo das ciências da natureza. A pluralidade dessas influências evoca uma necessidade de abertura para a avaliação do modo pelo qual podemos colocar em perspectiva a epistemologia e a concepção do naturalismo de Freud.Palavras-chave • Freud. Ciências naturais. Epistemologia. Psicanálise. scientiae zudia, São Paulo, v. 13, n. 4, p. 781-809, 2015
A partir de versões distintas do naturalismo filosófico, sabe-se que a psicanálise freudiana e a psicologia cognitiva reivindicam um caráter científico-naturalista para as suas propostas teóricas. Este artigo apresenta a hipótese de que um ponto em comum identificado nessas reivindicações pode ser o emprego da noção de processo como um compromisso ontológico. Ambas as teorias propõem uma concepção de mente que não perde de vista a referência à natureza por meio de um entendimento sobre o fenômeno mental/psíquico enquanto um processo. Com base em uma discussão sobre o Trieb de Freud e o conceito de informação da psicologia cognitiva, o artigo defende que o caráter científico dessas teorias se fundamenta por meio de uma noção ontológica de transformação que revela implicações diretas para os seus campos epistemológicos.
Este artigo discute a técnica do modo como foi pensada por Martin Heidegger, filósofo que contribuiu para o desvelamento do sentido filosófico do termo “técnica” ao investigá-lo no âmbito do pensamento ou da linguagem buscando demonstrar a sua essência por meio de um caminho rigoroso de pensamento. Repensou-a ao considerar as implicações provindas da relação entre a técnica e as ciências modernas, o que o fez se contrapor ao sentido corrente desta relação e o possibilitou a pensar no amanhã, no futuro da técnica. Neste artigo focamos o texto escrito por Heidegger em 1953, A questão da técnica, apresentando-o por meio de reflexões e indagações.
A partir de versões distintas do naturalismo filosófico, sabe-se que a psicanálise freudiana e a psicologia cognitiva reivindicam um caráter científico-naturalista para as suas propostas teóricas. Este artigo apresenta a hipótese de que um ponto em comum identificado nessas reivindicações pode ser o emprego da noção de processo como um compromisso ontológico. Ambas as teorias propõem uma concepção de mente que não perde de vista a referência à natureza por meio de um entendimento sobre o fenômeno mental/psíquico enquanto um processo. Com base em uma discussão sobre o Trieb de Freud e o conceito de informação da psicologia cognitiva, o artigo defende que o caráter científico dessas teorias se fundamenta por meio de uma noção ontológica de transformação que revela implicações diretas para os seus campos epistemológicos.
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