Objetivando-se avaliar o efeito da aplicação de corretivos químicos sobre as propriedades físicas e químicas, bem como na recuperação de solos afetados por sais do Perímetro Irrigado de Custódia, no Estado de Pernambuco, Brasil, realizou-se um experimento em colunas de solo, instaladas no Laboratório de Salinidade do Solo da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Os tratamentos foram dispostos em um delineamento em blocos casualizados, com arranjamento fatorial de quatro solos, dois métodos de aplicação de gesso e gesso + calcário (aplicados na superfície e incorporados nos primeiros 5 cm da coluna de solo), duas combinações dos corretivos (100% de gesso + 0% de calcário e 80% de gesso + 20% de calcário), calculados com base na necessidade de gesso dos solos, e quatro faixas de granulometria de gesso (2,0 - 1,0, 1,0 -0,5, 0,5 - 0,3 e < 0,3 mm) com três repetições. No extrato da pasta saturada dos solos foram avaliados a condutividade elétrica (CE) e os cátions solúveis. A aplicação de gesso e da mistura de gesso + calcário revelou-se uma técnica eficaz de correção da sodicidade dos solos em estudo, indicada por um efeito positivo sobre as características físicas e químicas dos solos, podendo ser recomendadas com fontes de cálcio para recuperação de solos salino-sódicos. Entre as granulometrias de gesso, as mais finas, (0,5 - 0,3 mm e < 0,3 mm), apresentaram melhor desempenho na lixiviação dos sais e na conseqüente redução na relação de adsorsão de sódio (RAS) do extrato de saturação.
Objetivando-se avaliar a condutividade hidráulica em solos irrigados com águas de diferentes condutividades elétricas (CE) e relações de adsorção de sódio (RAS) realizaram-se ensaios em permeâmetros de coluna vertical e carga constante. Os tratamentos corresponderam a nove solos, três CE (175, 500 e 1.500 miS cm-1) e seis RAS (de 0 a 30 para solos arenosos, de 0 a 25 para solos de textura média e de 0 a 15 para solos de textura argilosa). De início, realizou-se o ajuste da relação Na:Ca no complexo de troca catiônico dos solos, utilizando-se soluções na concentração de 50 mmol c L-1, nos níveis de RAS descritos; depois, determinou-se a condutividade hidráulica em meio saturado (K0) e se calculou a condutividade hidráulica relativa (K0R), atribuindo-se o valor de 100% à máxima K0 média de cada solo. Os valores de K0R foram relacionados com a CE e a RAS dos tratamentos impostos, ajustando-se superfícies de resposta. As correlações entre K0 e a percentagem de sódio trocável (PST) indicaram relação inversa entre as duas variáveis, na maioria dos solos estudados. O incremento da RAS levou à diminuição da K0R. Não foi possível se fixar um único valor de PST no estabelecimento de um limite para solos sódicos, devendo esta característica ser associada à CE da água de irrigação e a outras propriedades do solo, como textura e mineralogia.
Com o objetivo de se avaliar o risco de sodificação em solos irrigados com águas de diferentes condutividades elétricas (CE) e relações de adsorção de sódio (RAS), realizou-se um ensaio como permeâmetros de coluna vertical e carga constante. Os tratamentos corresponderam a nove amostras de solo e soluções percolantes com três CE (175, 500 e 1.500 mS cm-1) e seis RAS (de 0 a 30 para solos arenosos, de 0 a 25 para solos de textura média e de 0 a 15 para solos de textura argilosa). Inicialmente, realizou-se o ajuste da relação Na:Ca no complexo de troca catiônico dos solos, utilizando-se soluções na concentração de 50 mmol c L-1, nos níveis de RAS descritos; em seguida, iniciou-se a passagem das soluções de diferentes CE porém mesma RAS até escoamento permanente quando, então, os permeâmetros foram desmontados e as amostras analisadas. Determinaram-se o sódio trocável e a capacidade de troca de cátions das amostras e se calculou a relação de sódio trocável (RST) e a percentagem de sódio trocável (PST). Foram ajustadas equações relacionando-se a RST e a PST do solo com a CE e a RAS das soluções percolantes, em que o incremento da CE e da RAS elevou a RST e a PST dos solos. Os resultados demonstram que a correta avaliação dos riscos de sodificação deve levar em consideração as propriedades do solo e a qualidade da água.
R E S U M OLaboratórios de diferentes regiões do Brasil não utilizam procedimentos uniformes para a execução da análise granulométrica. Soluções de hidróxido de sódio (NaOH) ou de hexametafosfato de sódio e carbonato de sódio [(NaPO 3 ) n + Na 2 CO 3 ] são as mais utilizadas na dispersão química das partículas do solo. O elevado pH da solução de NaOH favorece a dispersão em solos com minerais de carga variável na fração argila, como os óxidos de ferro e alumínio presentes em solos de regiões tropicais. Com base nesta afirmativa, objetivou-se testar a eficiência de soluções NaOH (D1), [(NaPO 3 ) n + NaOH] (D2) e [(NaPO 3 ) n + Na 2 CO 3 ] (D3) como dispersantes químicos na análise granulométrica de amostras de dois horizontes de 26 solos de referência do Estado de Pernambuco. A comparação entre os dispersantes foi realizada utilizando-se o teste estatístico L&O. Na comparação de D2 = f(D1) e D3 = f(D1) observou-se que não houve semelhança entre os dispersantes. O intercepto na equação de regressão linear para a fração argila, significativo a 0,01 e negativo, indica a obtenção de teores mais elevados de argila com D1. O NaOH foi o dispersante mais adequado na determinação da textura das amostras analisadas, representativas de 82% da área total do Estado. Comparison of chemical dispersants for particle-size analysis of soils of Pernambuco state A B S T R A C TLaboratories in different regions of Brazil do not standardize the procedures for particle size analysis. Solutions of sodium hydroxide (NaOH), sodium hexametaphosphate and sodium carbonate [(NaPO 3 ) n + Na 2 CO 3 ] are the most commonly used in the chemical dispersion of the particle of soil. The high pH of the NaOH solution favors the dispersion in soils with clay minerals of variable-charge in the clay fraction, as oxides of iron and aluminum present in tropical soils. Based on this statement it was aimed to test the efficiency of NaOH (D1), [(NaPO 3 ) n + Na 2 CO 3 ] (D2) and [(NaPO 3 ) n + NaOH] (D3) solutions as chemical dispersants in the particle-size analysis of two horizons of 26 reference soils of the State of Pernambuco. The comparison between the dispersants was performed using the statistics test L&O. The comparison of D2 = f (D1) and D3 = f (D1) showed no agreement between the dispersants. The intercept in the linear regression equation for the clay fraction, significant at 0.01 and negative, showed highest clay values when using D1. The NaOH solution was the most suitable dispersant to determine the texture of the analysed samples, representative of 82% of the total area of the state. ISSN 1807ISSN -1929ISSN v.18, n.8, p.783-789, 2014 Introdução A proporção das frações granulométricas do solo é determinada em laboratório e envolve pré-tratamentos, dispersão da amostra de solo (química e física) e separação e quantificação das frações texturais. Laboratórios de diferentes regiões do País e, em alguns casos, da mesma região, não utilizam procedimentos uniformes para a execução da análise granulométrica. Muitos esforços têm sido voltados ao...
Através deste estudo objetivou-se comparar os fatores de retardamento (R) e os coeficientes de dispersão-difusão (D) do fosfato, potássio e amônio, determinados em cinco solos de Minas Gerais (um Neossolo Quartzarênico órtico - RQo; três Latossolos Vermelhos distróficos - LVd1, LVd2 e LVd3; e um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico - LVAd). O experimento foi realizado utilizando-se colunas de percolação, que receberam aplicações de uma das soluções resultantes das oito possíveis combinações de duas concentrações de fosfato, potássio e amônio (15 e 60 mg L-1 de P, 75 e 300 mg L-1 de K e 15 e 60 mg L-1 de N). Valores menores de R para o potássio e o amônio, foram observados, quando comparados com os do fosfato. O R para fosfato foi menor no solo mais arenoso (RQo) e maior no mais oxídico (LVd2), enquanto nos Latossolos os maiores valores do R para potássio e amônio estiveram relacionados com o incremento do teor de argila, sem tendência definida quanto á concentração do íon em estudo ou do íon acompanhante. Não se evidenciou relação nítida entre as concentrações de fosfato, potássio e amônio e os D desses íons nos solos estudados.
Com o objetivo de se quantificar o teor de fósforo no efluente de colunas com agregados de um Latossolo Vermelho distrófico em resposta ao tempo de difusão, realizou-se um experimento utilizando-se água destilada, extrator Mehlich-1 (HCl 0,05 mol -1 + H2SO4 0,0125 mol L-1) e solução de acetato de amônio 0,1 mol L-1, a pH 7, como eluentes. Os tratamentos corresponderam a um arranjo fatorial 4 x 5, sendo quatro classes de agregados (2,0-1,0; 1,0-0,5; 0,5-0,25 e 0,25-0,105 mm) e cinco tempos de difusão (0, 1, 2, 4 e 6 dias). As colunas receberam um volume de eluente igual a dez vezes o seu volume de poros, recolhendo-se cinco frações de efluente, cada uma de dois volumes de poros. Nas unidades experimentais correspondentes ao tempo de difusão zero, o volume do líquido foi aplicado de uma só vez, enquanto nas restantes foram realizadas eluições com dois volumes de poros, nos intervalos indicados para cada tempo de difusão. A água destilada eluiu maior quantidade de fósforo dos agregados de menor tamanho e teve incrementada a quantidade do fósforo eluído com o tempo de difusão. O extrator Mehlich-1 eluiu de três a sessenta vezes mais fósforo que a água destilada, mostrando comportamento inverso ao da lixiviação com água, em relação à classe de agregados e ao tempo de contato. As quantidades de fósforo eluídas com solução de acetato de amônio foram tão pequenas que não atingiram a concentração mínima necessária para permitir sua detecção.
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