RESUMO. Este estudo buscou compreender como crianças e pré-adolescentes vivenciam a separação e novas uniões parentais. Foram avaliados 11 participantes entre 5 e 13 anos de idade, através de três sessões individuais e do Teste do Desenho da Família. O conteúdo das sessões foi analisado de acordo com a idade e nível de desenvolvimento, permitindo a formulação das categorias: aos 5 e 6 anos desejo/fantasia de reunir a família, separação sentida como uma tormenta; conflitos de lealdade e vivência dos conflitos próprios da idade; aos 8 e 9 anos ansiedade de separação, sentimentos de perda e dor intensas, fantasias de abandono e conflitos no processo identificatório; aos 10 e 13 anos aceitação da nova união dos pais, atitude de cuidado e proteção dos pais, sentimentos de culpa e temores de retaliação e raiva e tristeza. Discutiu-se a importância dos vínculos, a necessidade de promovê-los e estratégias de apoio nas transições familiares. Palavras-chave: crianças, pré-adolescentes, divórcio.
Introdução O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da produção nacional sobre a saúde mental na adolescência, identificando as temáticas mais freqüentes na área e destacando algumas características dos principais tópicos nesta faixa etária. O interesse em identificar essa produção justifica-se pela importância que a adolescência adquiriu nas últimas décadas, em função do reconhecimento das conseqüências negativas dos problemas de saúde mental e a constatação da menor atenção dedicada a esta faixa etária em relação às demais.Trinta e cinco milhões de adolescentes com idade entre 10 e 19 anos foram identificados no Censo Demográfico brasileiro em 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE). Esse número, acrescido da população entre 0 e 9 anos (33 milhões), dimensiona a magnitude e a importância da necessidade de atenção à saúde mental desta faixa etária, principalmente considerando-se as estimativas de prevalência de transtornos mentais de até 20% nestes grupos 1 .Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 2,3 , algumas situações são prioridades na adolescência, tais como depressão, suicídio e psicoses. Além dessas, também devem ser considerados os transtornos de ansiedade, transtornos de conduta, abuso de substâncias, transtornos alimentares e as condições médicas associadas, REVISÃO REVIEW
Child psychotherapy theory and practice are not absolutely coincident. Real psychotherapy sessions do not necessarily resemble the ideal prototypes.
O artigo apresenta uma revisão da literatura que aborda o tema do atendimento de crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar no âmbito do Judiciário. São discutidas as diversas metodologias de escuta da criança, realizadas por profissionais da área da saúde e pelos operadores do Direito. As exigências e os ritos do Sistema Judiciário, assim como as necessidades e demandas das crianças que sofreram abuso sexual também são discutidas, com base na literatura nacional e internacional disponível. Foram abordadas a complexidade e a peculiaridade desse atendimento, a importância e a necessidade de um trabalho interdisciplinar.
It has been recognized that there is a need to make psychotherapy more effective for children with disruptive symptoms. Many studies on child psychodynamic psychotherapy have indicated its effectiveness, but do not explain how this treatment works. It is not only necessary to understand how it works, but also for which therapist-patient dyads. The Child Psychotherapy Q-Set was designed to describe the therapeutic process with children, and makes it possible to identify interaction structures (i.e., repetitive patterns of interaction) and how they change in the course of a treatment. Based on these assumptions, the aim of this study was to analyze the psychotherapeutic process of a school-aged boy who presented with disruptive behavior disorder, identifying the interaction structures in his treatment. A total of 123 sessions of his treatments were analyzed and 4 interaction structures were identified: 2 became more characteristic over the course of treatment, and 2 became less characteristic. They also varied in magnitude. The therapeutic process showed characteristics consistent with the models described as ideal for psychodynamic psychotherapy, the reflective functioning process, and cognitive-behavioral therapy, in this order of significance. The study highlighted the importance of supportive interventions alongside expressive ones in the treatment of children with disruptive behavior disorders. The results also suggested the integrationist nature of most psychotherapies, and the importance of acknowledging and understanding the effective elements, rather than treatment types that can be present within any therapeutic modality.
RESUMO -Este artigo propõe uma releitura de alguns conceitos da teoria do apego, especialmente os de apego, comportamento de apego e modelo representacional interno. Visa discutir tais conceitos à luz das concepções de Bowlby e de autores contemporâneos. A dicotomia entre comportamento e representação do apego é questionada, bem como a estabilidade e unicidade do modelo representacional interno, com base na análise das contribuições dos principais teóricos desse campo, especialmente na vertente psicanalítica. Discute-se a importância da dimensão representacional e seu papel regulador das emoções e organizador do self, as implicações desses papéis para a Psicologia Clínica e do Desenvolvimento e para futuros estudos.Palavras-chave: apego e psicanálise; comportamento de apego; representação do apego. Revisiting some Attachment Theory Concepts:Behavior versus Representation?ABSTRACT -This paper proposes a revision of some attachment theory concepts, especially those about attachment, attachment behavior, and internal representational model. It discusses such concepts according to the ideas of Bowlby and some contemporary authors. The dichotomy between behavior and attachment representation is questioned, as well as the stability and specificity of the internal representational model, based on the main theoreticians of this field, especially the psychoanalytical ones. It is evaluated the relevance of the representational dimension and its role as emotions' regulator and self organizer, and the implications of such roles for Clinical and Development Psychology and for future studies.Keywords: attachment and psychoanalysis; attachment behavior; attachment representation. Jan-Mar 2010, Vol. 26 n. 1, pp. 25-33 O objetivo deste artigo é discutir alguns conceitos da teoria do apego, partindo das concepções de Bowlby e retomando-os à luz das concepções de autores contemporâ-neos, especialmente na vertente psicanalítica da teoria. Há uma vasta literatura dedicada ao tema do apego, podendo-se identificar contribuições ancoradas numa perspectiva mais cognitiva, e outras numa perspectiva mais psicanalítica. Encontra-se uma diversidade de termos como "modelo funcional do eu", "modelo funcional interno", "modelo de trabalho interno", "modelo operante interno", "modelo representacional interno", "representações mentais", "scripts", "estilo de apego", "padrão de apego", "comportamento de apego", "sistemas comportamentais" e, mais recentemente, "estados mentais", "apego compartilhado" e "modelo funcional compartilhado", muitas vezes sem uma definição clara. Sem pretender esgotar essa discussão, busca-se focalizar, especialmente, o conceito de modelo funcional ou modelo representacional interno e sua relação com o conceito de comportamento de apego, tendo em vista o interesse no tema da especificidade, e da estabilidade ou mudança do padrão de apego de uma pessoa. Psicologia: Teoria e PesquisaInicia-se revisando algumas contribuições de Bowlby a respeito dos conceitos de apego, comportamento de apego, sistemas comportamentais e ...
RESUMO. Este artigo discute a problemática da depressão na adolescência com base na vertente psicanalítica da Teoria do Apego. Primeiramente são estacadas as especificidades da adolescência e sua relação com o surgimento da depressão. A partir daí, são apresentados os conceitos de função reflexiva e de capacidade de mentalização, objetivando pensar o fenômeno depressivo na adolescência como uma problemática dos vínculos afetivos. Conclui-se que há uma associação importante entre o estabelecimento de um padrão de apego inseguro na infância e o desenvolvimento da depressão na adolescência. A utilização dos conceitos de função reflexiva e capacidade de mentalização permite reconhecer a importância da dimensão representacional para essa problemática, proporcionando uma nova perspectiva para a compreensão e abordagem terapêutica da depressão na adolescência. Palavras-chave: Adolescência; depressão; teoria do apego; mentalização.
O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão da literatura científica que aborda os relacionamentos pais-filhos no contexto das transições familiares relacionadas à separação e/ou divórcio parental, enfocando reações, experiências, concepções e sentimentos dos filhos, especialmente os adolescentes. Primeiramente, é apresentada uma revisão geral dos estudos do divórcio, seguida de pesquisas que especificamente associam adolescência e transições familiares. A maioria dos estudos destaca a importância da qualidade da parentalidade e manutenção dos relacionamentos entre pais e filhos após a separação. As repercussões que as continuidades e rupturas têm sobre os relacionamentos entre pais e filhos são discutidas.
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