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O artigo busca evidenciar a epistemologia kuhniana e na análise foi utilizado o exemplo da homossexualidade. Trata-se de um trabalho teórico, de natureza qualitativa que pretende contribuir com práticas educativas em ciências de modo a possibilitar melhor entendimento sobre a epistemologia kuhniana, sexualidade e a relação ciência-sociedade. Ao fornecer tal análise, consideramos ter explicitado um modelo útil e concreto da proposição kuhniana e que pode ser utilizado no ensino de ciências especialmente por potencialmente contribuir para a diminuição de discriminações sociais e com noções mais democráticas de sociedade.
Neste artigo expusemos as vozes dos professores ribeirinhos expressas no percurso de uma formação continuada de Ciências da Natureza. A pesquisa buscou entender de que maneira essa formação contribuiu para as reflexões e (res)significações das práticas didáticas dos professores, e analisar as reflexões apresentadas para pensarmos o ensino de Ciências da Natureza para realidade das escolas ribeirinhas de Urucurituba-AM, em tempo atuais. Trata-se de um estudo qualitativo, cuja construção dos dados se deu a partir dos seis Momentos de Estudo (ME) da Teoria Antropológica do Didático (TAD), com a participação de sete professores. A análise dos dados foi realizada a partir da Análise Textual Discursiva, onde foram evidenciadas duas categorias: os ME e a produção coletiva dos planos de aula, e o que dizem as vozes dos professores ribeirinhos sobre o ensino de Ciências. Os resultados apontam que a formação continuada de professores a partir dos ME da TAD, possibilitou a reflexão crítica e coletiva sobre o ensino de Ciências da Natureza, no contexto social e cultural local, dando visibilidade à disciplina e aos conteúdos científicos, contribuindo para produção e/ou adaptação dos planos de aula dos professores, com o olhar direcionado à transformação e à justiça social.
A Teoria Antropológica do Didático considera dois aspectos da atividade humana: o estrutural, descrito em termos de praxeologias, e o funcional, analisado por meio da teoria dos Momentos de Estudo. Essa teoria tem sido utilizada em diversas pesquisas, inclusive na área do Ensino de Ciências, e tem evidenciado especificidades e desafios a docentes, destacando a necessidade de formação contínua destes. Nesse sentido, o objetivo deste artigo foi buscar aproximações entre a Teoria Antropológica do Didático e uma formação docente para o Ensino por Investigação, uma abordagem didática construtivista que tem o problema como ponto de partida. A presente pesquisa é qualitativa incluindo uma análise bibliográfica. A formação analisada foi desenvolvida pela pesquisa de Mestrado de Moura (2016) e, mais especificamente, duas atividades incluídas nessa formação, bem como a aplicação em sala de aula por algumas cursistas. Dentre os Momentos de Estudo identificados destacamos a institucionalização e a avaliação como premissas importantes a serem consideradas em formações. A análise em questão indicou o assujeitamento das professoras cursistas às prerrogativas do Ensino por Investigação após o curso. Acreditamos que a Teoria Antropológica do Didático é uma ferramenta teórica e analítica potente, sendo os Momentos de Estudo promissores para realização de futuras pesquisas sobre Ensino por Investigação e formação docente.
O currículo escolar é compreendido como um instrumento orientador das ações das unidades escolares. Com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017, foi instituído um currículo em todo território brasileiro, cabendo aos estados, municípios e ao Distrito Federal cumprir a obrigatoriedade da normativa. O objetivo deste trabalho foi analisar e discutir habilidades de Ciências da Natureza do 2º ano do Ensino Fundamental da BNCC, pautadas na Teoria Antropológica do Didático (TAD) e na Transposição Didática (TD). O estudo foi de cunho qualitativo, com o desenvolvimento de Organizações Praxeológicas (OP). Foi realizado um recorte das habilidades da BNCC para analisar a unidade temática Vida e Evolução. Constituímos a praxeologia desta unidade, identificamos técnicas complexas, o que dificulta o processo de ensino para o 2º ano, além de requerer grande quantidade de conceitos. As relações propostas nas habilidades são de grande complexidade para esta etapa de ensino. Evidenciamos que há imposição de uma Instituição sobre outras, cujo documento apresenta determinismo excessivo, não considerando a diversidade em seus aspectos sociais, ambientais e culturais. Portanto, para minimizar a complexidade do trabalho do professor desse nível de ensino, com as habilidades da BNCC, sugerimos a elaboração de Organizações Praxeológicas, a partir da análise e interpretações das habilidades. Diante disso, o professor poderá compreender a dimensão de cada uma das habilidades e redimensionar sua Organização Didática.
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