Este artigo explicita, por meio da análise documental e da literatura da área da educação, os antecedentes da avaliação da educação superior no Brasil, abrangendo o período de 1960 a 1990, que subsidiam o entendimento do atual Sistema de Avaliação da Educação Superior. Os documentos analisados demonstram que as políticas públicas que vêm sendo desenvolvidas para a educação superior, nas últimas décadas, foram traçadas inicialmente nos anos de 1960, sob a influência do Banco Mundial, em nome da "modernização" das universidades e o alinhamento entre as bases políticas e econômicas do Estado brasileiro e as necessidades do sistema capitalista. Destacam-se, no Plano Atcon, desenvolvido em 1968: o autofinanciamento das instituições públicas de ensino superior por meio de sua transformação em uma empresa rentável, com gestão centralizada e ausência da participação da comunidade acadêmica em sua organização; a necessidade de organização e manutenção de estatísticas educacionais dignas de confiança para subsidiar a gestão; a flexibilização dos modelos de ensino. Os demais documentos analisados expressam o embate de forças entre parcela da comunidade acadêmica das instituições de educação superior, que buscam a oferta do ensino, da pesquisa e extensão com qualidade para todos, e a ação desmobilizadora e centralizadora do Estado, que, a partir dos anos de 1990, acentua o desenvolvimento de políticas neoliberais e toma a avaliação como processo essencialmente mercadológico e regulatório, esvaziando a dimensão formativa e emancipatória da autoavaliação.
ResumoExpõe resultados de uma pesquisa desenvolvida em 2012 e 2013, com intuito de analisar o processo de implantação e implementação do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo), em Bataguassu/ Mato Grosso do Sul. O estudo de caso foi realizado em três fases: (a) revisão bibliográfica, análise de documentos do Estado de Mato Grosso do Sul e da legislação em vigor; (b) aplicação de questionários aos professores regentes e entrevista semiestruturada aos professores das Salas de Tecnologia Educacional (STEs) das referidas escolas; (c) sistematização e análise dos elementos coletados. Confrontados os dados obtidos, constatou-se que existe o reconhecimento dos professores pesquisados sobre a importância das STEs para o ensino, entretanto ele não se traduz na utilização adequada das tecnologias da informação e da comunicação (TICs), em função da resistência às TICs, da descontinuidade dos cursos ofertados pelo Proinfo, fragmentando a formação continuada desses docentes, bem como da carga horária trabalhada, considerada excessiva pelos sujeitos da pesquisa. Os resultados obtidos revelam a necessidade de mudanças nas políticas educacionais específicas quanto à melhoria das condições de trabalho dos professores e às condições efetivas de formação em serviço, para que seja concretizada a utilização crítica e criativa das TICs como instrumentos de mediação de conhecimentos.
Este estudo objetivou analisar como a produção científica brasileira tem tratado o bullying e o cyberbullying na escola, levantando suas principais vertentes e tendências a partir de 2016, no ensino fundamental e identificar se essa produção discute a abordagem dos temas bullying e/ou cyberbullying nos currículos de referência (CR) dos estados brasileiros. Foram feitos levantamentos de teses e dissertações na BDTD e após várias triagens dos textos, selecionados trinta e nove trabalhos (39), que apresentaram a temática do bullying, dos quais apenas oito (8) apontam o tratamento do bullying e/ou cyberbullying nos componentes curriculares do ensino fundamental no Brasil, obtendo resultados positivos, o que ratifica a importância de se trabalhar sobre o tema nos currículos. Em nenhum deles, porém, tratou-se da temática nos CR dos estados brasileiros, a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Este artigo apresenta um estado do conhecimento com o objetivo de analisar as produções científicas que abordam o papel da coordenação pedagógica no processo de desenvolvimento do Currículo de Referência para o Ensino Fundamental na rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul, caracterizando e identificando lacunas e avanços sob os pressupostos de (ROMANOVSKI; ENS, 2006). Foram selecionados artigos, dissertações e teses elaborados no período de 2015 a 2020 em quatro bases de indexação. Os resultados evidenciam que a produção científica em relação há coordenação pedagógica e os currículos escolares após a implementação da Base Nacional Comum Curricular é mínima. O levantamento não identificou trabalhos que relacionassem a coordenação pedagógica no contexto de construção e aplicabilidade prática do Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul. Concluiu-se que há espaço para pesquisar e refletir as mudanças curriculares condicionadas a implementação da BNCC a partir dos sujeitos escolares, neste caso os(as) coordenadores(as) pedagógicos(as).
O objetivo deste estudo, de abordagem qualitativa (BIKLEN; BOGDAN, 2013), foi o de analisar as influências do PIBID sobre a formação inicial e a prática docente na educação básica, nos cursos de licenciatura presenciais na UFMS, no período de 2009 a 2018. Para a execução da pesquisa, foram realizadas três etapas que abrangeram: a fase bibliográfica e exploratória, que consistiu no balanço bibliográfico em bases de indexação da produção científica nacional e no levantamento de informações sobre os participantes do programa; a fase da coleta em campo, por meio da disponibilização de questionários online com perguntas abertas e de múltipla escolha e a terceira fase, em que houve tratamento estatístico dos resultados sobre o perfil dos respondentes e uso da metodologia de análise de conteúdo, na perspectiva de Bardin (2016), para análise das informações sobre o PIBID. As principais categorias identificadas acerca do programa foram: relação teoria-prática; formação; oportunidade; conhecimento; importância; inovação e identidade profissional. O programa, segundo os respondentes, proporciona formação da identidade profissional docente, maior fluxo de informações entre as instituições de ensino superior (IES) e a escola, além de representar uma oportunidade de crescimento acadêmico. Concluiu-se que, na percepção dos participantes, há o reconhecimento da importância do programa, especialmente quanto às suas contribuições para a melhoria da formação inicial, construção da identidade docente e valorização do magistério.
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