This text seeks to present reflections resulting from a doctorate research focused on the analysis, through action-research, of school projects in environmental education developed as part of in-service teacher education, and their contributions to the constitution of new knowledges and didactic-pedagogical procedures for the study of the environment and for the exercise of citizenship. Aiming at the construction of the geo-scientific perspective at school, the environmental education projects made use of different field practices based on remote sensing (satellite images, aerial photography and maps) to (re)cover knowledge from the place of study, with the purpose of building an integrated view of the socio-environmental reality based on the establishment of dialectic relations between the local and the global as a support to the analysis of problems, of their repercussions and implications on different scales of observation. The development of the projects created the opportunity to form teacherresearchers that are innovators, critical, and reflective before the school and socio-environmental realities. Besides, it gave students the conditions to observe and know their own environment and the place where they live, to reflect upon their real situations and, based on this process, propose actions and construct educative interventions in search of solutions for the problems investigated. By incorporating the socio-environmental issue to the pedagogical practice, the school projects attempted to insert school into reality, contributing to form critical citizens that participate in joint and collaborative actions (school, community, public authorities) through social learning, aiming at the development of democratic and sustainable public policies to improve the quality of life.
Resumo Dados a complexidade socioambiental característica da Região Metropolitana de São Paulo e os problemas e conflitos decorrentes da forma de uso e ocupação do espaço, que gerou novos dilemas, iniquidades e desigualdades sociais, como pensar no enfrentamento de questões complexas e caóticas à luz do paradigma atual de conhecimentos? Como se colocar diante desse cenário de degradação socioambiental? Como pensar no desenvolvimento de políticas públicas ambientalmente efetivas e socialmente justas? Discutiremos aqui uma proposta de governança que promove a conservação ambiental, patrimonial e a sustentabilidade local considerando as relações entre diferentes tipos de saberes, por meio do diálogo e da participação na construção de políticas públicas. Estudos realizados no Geoparque Ciclo do Ouro, em Guarulhos (SP), mostraram serem possíveis alternativas de governabilidade em sistemas complexos diante de dilemas socioambientais urbanos contemporâneos. O Geoparque como proposta de gestão e governança ambiental contribui para preservação e geração de serviços ecossistêmicos com implicações diretas para o lugar e, consequentemente, para o seu entorno.
O texto apresenta reflexões de uma pesquisa de pós-doutorado que analisou a contribuição do ensino em geociências com uso de metodologias participativas focadas no (re)conhecimento do ambiente local para a promoção de processos de educação e aprendizagem social destinados à geoconservação e à sustentabilidade. Busca identificar a emergência de processos participativos mediados pela escola no contexto de um projeto de implantação de geoparque na região metropolitana de São Paulo. A proposta inédita de formação de professores, realizada por diferentes instituições de ensino e pesquisa e de gestão pública, visou a educar no ambiente, mesclando diferentes atividades teórico-práticas, associando o estudo de geossítios à atuação de diferentes atores sociais locais, por meio de trabalhos de campo e práticas de mapeamento socioambiental, world café, jogo de papéis, entre outras. As propostas escolares relacionaram educação e ambiente numa perspectiva crítica, dialogada, participativa e corresponsável, visando ao desenvolvimento de práticas colaborativas para proteção de patrimônios geoambientais e socioculturais, considerando o complexo cenário de degradação socioambiental local. Dentre os resultados, destacam-se as seguintes contribuições: novas metodologias e práticas ao ensino em geociências; produção de recursos didático-pedagógicos elaborados por professores; e colaboração da escola em processos socioambientais.
Geol. USP, Publ. espec., São Paulo, v. 6, Agosto 203 Disponível on-line no endereço www.igc.usp.br/geologiausp -11 - ResumoO texto aborda as relações entre o ensino em geociências, o desenvolvimento de projetos socioambientais escolares e o exercício da cidadania, com referência na formação de professores. Com foco na construção do olhar geocientífico na escola, a formação privilegia o desenvolvimento de atividades voltadas ao (re)conhecimento do lugar/ambiente e seus problemas, com uso do mapeamento socioambiental, visando à formação de cidadãos críticos e participativos em projetos e práticas educativas e colaborativas entre escola e comunidade para a sustentabilidade socioambiental local.Palavras-chave: Ensino em geociências; Formação de professores; Estudo do lugar; Cidadania; Sustentabilidade. AbstractThis paper addresses the relationships between teaching in Geosciences, development of environmental projects and school citizenship with reference in teacher education. With a focus on building geoscientific look at the school, the training emphasizes the development of activities aimed at (re)cognition of place/environment and its problems with use of environmental mapping, aiming at the formation of critical citizens and participating in projects and educational practices and collaborative school-community site for social and environmental sustainability.
O objetivo do presente trabalho foi mapear e analisar a produção científica brasileira sobre a participação social na redução de riscos de desastres para discutir seu papel na construção de uma cultura preventiva e de resiliência. A análise considerou as publicações identificadas entre o ano de 2011 e o primeiro semestre de 2022, por meio das bases de dados SciELO – Scientific Electronic Library Online, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e REDIB – Rede Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico, utilizando os termos de indexação “mapeamento participativo” ou “mapeamento comunitário” ou “participação”, combinados com o termo “desastres”, resultando na seleção de 31 artigos para a leitura completa. As análises resultaram em um panorama sobre o ano; áreas do conhecimento e; região/estado do país e desastres abordados nas publicações. Além disso, a partir da leitura dos artigos, foi realizada a identificação dos temas, da metodologia empregada e dos resultados e discussão para que fossem constatados fatores em comum. Desse modo, a análise das produções foi realizada de acordo com três categorias temáticas baseadas em algumas das recomendações relacionadas à prioridade de ação número 1, “Compreensão do risco de desastres”, determinada pelo Marco de Sendai em 2015 “Compreensão do risco de desastres”: Análises pós-desastres; Educação e compartilhamento de saberes e; Participação social. Como principais resultados tem-se: i. o potencial de diferentes ferramentas para o fomento da participação popular na redução de riscos desastres – mapeamentos participativos, entrevistas, questionários e oficinas –; e ii. o envolvimento de diversos públicos – adolescentes, moradores de áreas de risco, poder público, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas do conhecimento –. A partir dos elementos aqui discutidos espera-se contribuir com estudos futuros acerca desta temática para que sejam criados e promovidos instrumentos, ações e estratégias de prevenção, mitigação e resiliência a desastres que procurem engajar o maior número possível de atores sociais.
O objetivo deste artigo é relatar e analisar a experiência de elaboração, planejamento, execução do curso intitulado “Estratégias de Geoconservação no Parque Estadual da Serra do Mar”, realizado nos núcleos Picinguaba e Caraguatatuba e em uma escola municipal de ensino fundamental de Ubatuba em 2016 e 2017. O curso consistiu em uma etapa de valorização e divulgação do patrimônio geológico e da geodiversidade local, baseado em inventários já realizados na área de estudo. A abordagem teve co-mo princípio a Aprendizagem Social para incentivar a Geoconservação nessa área. Sua construção esteve baseada no ensino de Geociências, na interpretação e divulgação da Geodiversidade, na valorização dos saberes e experiências dos atores locais e na participação desses atores nas propostas educativas para a conservação.
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