Objetivo: descrever o perfil epidemiológico, clínico e a razão de mortalidade materna no Nordeste entre 2010 e 2019. Métodos: estudo ecológico, descritivo, com dados provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). As variáveis do perfil epidemiológico referem-se à idade, cor/raça, escolaridade e estado civil, enquanto as variáveis clínicas tratam do local de ocorrência, tipo de morte por causa obstétrica, período gravídico e investigação do óbito. Ainda, apresenta-se uma série temporal descritiva quanto à razão de mortalidade materna no período. Resultados: Foram registrados 4521 óbitos maternos no período, sendo 1144 (25,30%) na Bahia. O perfil epidemiológico demonstra que os registros se referem a mulheres entre 25 e 34 anos (42,68%), pardas (66,95%), com 8 a 11 anos de escolaridade (30,28%) e solteiras (46,25%). Quanto às características clínicas, 4057 (89,75%) dos óbitos ocorreram no ambiente hospitalar, 3141 (69,49%) por causas diretas e 2800 (61,93%) durante o puerpério. Em 2013 foi observada a maior razão de mortalidade materna, com 61 óbitos por 100.000 nascidos vivos, em contraste com 2019, apresentando 47 óbitos por 100.000 nascidos vivos. Conclusão: Foi possível elucidar o perfil epidemiológico e clínico dos óbitos maternos no Nordeste entre 2010 e 2019. Ainda, a variação da razão de mortalidade materna observada ao longo dos anos é um fato relevante, mas que deve ser analisado à luz de estudos analíticos que explorem a tendência, sobretudo em uma região historicamente negligenciada em termos de desenvolvimento socioeconômico e de acesso à saúde.
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Introdução: O epitélio colunar em esôfago distal e biópsias com metaplasia intestinal definem esôfago de Barrett (EB). Objetivou-se identificar associação de EB e lesões de mucosa esofágica em laudos histopatológicos. Métodos: estudo retrospectivo e transversal com 1953 laudos de mucosa esofágica. Resultados: foram analisadas 1953 biopsias de lesões de mucosa esofágica. Identificou-se 133 (6,8%) esôfago de Barrett, 151(7,7%) com H.pylori e desses, 17(11,3%) (p =0,041) associados a esôfago de Barrett. A faixa etária média foi 52 anos (IIQ 42,5-62,5), prevalência do sexo masculino (63,2%). Lesões associadas com EB: metaplasia 23 (17,3%) (p=0,004); displasia 8 (6%) (p<0,001), sendo que 8 (100%) possuíam displasia de baixo grau (p<0,001) e esofagite com 34 (25,6%) laudos, sendo 33 (97%) do tipo crônico. Não foi identificado associação com malignidade. Quanto aos riscos relativos brutos e ajustados, foram significativos: idade (RR: 1,03 (IC95%: 1,02-1,04)) e RRa (IC95%) 1,03 (1,02-1,03), sexo masculino, RR (IC95%) 1,76 (1,25-2,48) e RRa (IC95%) 1,03 (1,02-1,03) e displasia. Esofagite, metaplasia e esofagite eosinoflica não apresentaram probabilidade de risco. Observou-se alta probabilidade de exposição carcinogênica quanto a displasia (p=0,002) RR 5,83 (3,29-10,32), RRa 2,63 (1,45-4,78). Esofagite foi diagnosticado em 1.416 laudos do total da amostra. Ao correlacionar com metaplasia foi estatisticamente significativo (RR: 1,27; IC95%: 1,14-1,42). Conclusão: pacientes acima de 50 anos, sexo masculino, com displasia e ausência de esofagite apresentaram maior risco de esôfago de Barrett. Aqueles que apresentaram metaplasia e eosinófilos >=15 eos/ CGA sem lesões acantose glicogênica e pólipos demonstraram risco de esofagite. A presença de metaplasia isoladamente não representou fator de risco para EB, embora esofagite pareça representar maior risco para o desenvolvimento de metaplasia. Displasia de baixo grau associou-se alta probabilidade carcinogênica.
OBJETIVO: Analisar os dados epidemiológicos da vacinação brasileira do ano 2000 a 2020 e refletir sobre as variações na cobertura vacinal no Brasil e possíveis eventos interferentes no PNI. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo e transversal a partir da análise dos dados do DATASUS sobre a cobertura vacinal brasileira nos últimos 20 anos, coletados em maio de 2021, com o auxílio do Microsoft Office Word 2016 e Microsoft Office Excel 2016 foram comparados quanto aos percentuais alcançados, variação anual e distribuição regional. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se um impacto positivo da vacinação a partir do Programa Nacional de Imunização (PNI), propiciando a erradicação de algumas doenças antes consideradas problemas de saúde pública. No entanto, apesar dos níveis crescentes de cobertura vacinal até 2015, quando atingiu o percentual máximo, houve decréscimo nos anos subsequentes, podendo estar relacionado à difusão das fake news e aos movimentos antivacina. CONCLUSÃO: Constatou-se que apesar dos avanços obtidos a partir da adesão social ao PNI, o advento das fake news e as campanhas antivacina têm se mostrado verdadeiros desafios à saúde pública, inclusive durante a pandemia da Covid-19, e podem ter repercussões para além dos índices de cobertura vacinal, visto que possibilitam a perpetuação de doenças que poderiam ser erradicadas pela vacinação.
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