Esta pesquisa objetivou identificar a percepção de cinco mães dependentes químicas da Grande Florianópolis acerca do vínculo com seus filhos, antes e durante a recuperação. Os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas e analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Constatou-se que no período de uso de drogas a prioridade esteve voltada a este consumo, gerando afastamento entre mães e filhos. Concluiu-se que o uso de drogas pelas mães traz consequências significativas à relação mãe-filho, gera afastamento, fragiliza vínculos e prejudica o exercício do papel materno. Assim, as intervenções dos profissionais da saúde com estas mulheres devem abordar aspectos para além do comportamento de usar drogas, abrangendo questões referentes ao papel como mãe e mulher, inseridas em uma realidade social.
Estudo de três programas televisivos, Programa do Jô, Mais Você e Boa Noite Brasil, que contaram com a participação de Fernanda Karina, personagem do escândalo político do “mensalão”. A análise dos programas mostra mudanças de enquadramento: de acordo com o perfil do programa e do entrevistador, a entrevistada é inserida em diferentes quadros de sentido, que ressaltam diferentes facetas e indicam a presença da distinção no seio da mídia.
A cada semana, Veja, IstoÉ, Carta Capital e Época dispõem elementos verbais e visuais em suas capas, a partir dos quais os leitoreshabituais e inabituaisvão poder construir sentidos para os temas colocados em revista. Em uma tentativa de apontar caminhos para compreender como se dá essa construção, a proposta deste trabalho é pensar as capas de newsmagazines, ilustrações inclusive, como um texto e pensar no texto como uma forma de apreensão do acontecimento. Dentre os temas destacados nas capas das quatro revistas, recortamos um acontecimento específicoo das eleições presidenciais brasileiras de 2010dada a importância fundamental dos acontecimentos para a mídia em geral, e para as newsmagazines, em especial.
A partir da análise de capas específicas de Veja (edição 2121, de 15 de julho de 2009) e Tpm (edição 125, de outubro de 2012) buscamos compreender como tais dispositivos discursivos e pedagógicos atuam no controle do corpo feminino e, notadamente, em seu processo de (não) envelhecimento. Inscritos numa lógica da biopolítica, os corpos aí estampados restringem as possibilidades de existência que poderiam ser múltiplas. Essas revistas e suas capas configuram-se como manuais de orientação e aconselhamento sobre como tornar-se e, ainda, manter-se mulher. Referenciando-nos em seu texto verbo-visual, e em discussões teóricas que faz tempo apontam para a juventude como “adequada” e para a velhice como um processo de degeneração, perguntamos: as velhas continuam sendo mulheres?
Em meio à pandemia de Covid-19, quais sentidos se constituem nas capas das revistas femininas? Recuperamos as noções de acontecimento, mega-acontecimento e não-acontecimento jornalístico, bem como estudos sobre gênero, revistas femininas/jornalismo masculino e a importância do estudo das capas. A partir das capas das edições de maio de 2020 de Claudia, Vogue, Marie Claire e Glamour, compreendidas como dispositivos midiáticos que inscrevem textos verbo-visuais e, ainda, como dispositivos discursivos das feminilidades, observamos lugares plurais de representação, os quais sinalizam um discurso essencialista no que tange à compreensão do que é ser mulher, a preponderância de um não-acontecimento frente a um mega-acontecimento, lógicas patriarcais e heteronormativas naquilo que se refere às possibilidades de ser mulher e, ainda, um futuro, pós-pandemia, com possibilidades de ser marcado pela solidariedade e pelo apoio feminino.
Há muitos programas televisivos de fofoca sobre celebridades. Construídos a partir de aspectos íntimos da vida dos famosos, esses programas valem-se muitas vezes do que “dizem por aí”. Ainda assim, eles seduzem. Não adotamos a interpretação simplória de que esses programas são vistos somente por curiosidade. Mas, então, qual seria o interesse do público nos mesmos? Quais os limites entre público e privado nesses programas? Qual a tensão neles estabelecida entre interesse público e interesse do público?
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