Neste trabalho o autor discute o atual momento pelo qual passa o sujeito da comunicação no ciberspaço, analisando as diferentes formas de mediação que ela permite.
ResumoAs capas da revista brasileira Veja de 27 de setembro de 2006 e 18 de março de 2015 trazem ilustrações do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da primeira presidenta eleita do país, Dilma Rousseff, vendados com a faixa presidencial. Ambas as edições, além das semelhanças visuais, guardam um intervalo temporal cujos elementos noticiosos deixam ver uma leitura jornalística que costura discursos tramados por questões éticas, políticas e de gênero, todas carreadas por uma teia de significados e juízos de valor. Este artigo, tendo em vista os distintos contextos históricos narrados, busca desvelar as permanências e repetições editoriais presentes na construção da cobertura da revista Veja acerca de diferentes épocas brasileiras, perpassadas por governos de um mesmo partido, o PT (Partido dos Trabalhadores). Pergunta-se sobre as relações entre as edições em foco, problematizando: o papel das capas na composição de um único olhar sobre os governos; o endereçamento de sentidos no diálogo entre as capas e as reportagens; as diferenças e atualizações nas edições, considerados os diferentes governantes. Questiona-se acerca da personalização dos governos como estratégia editorial perene, apontando para as contradições e interesses existentes na elaboração de discursos em um veículo de comunicação e seu interesse no impedimento de um mesmo grupo politico.
O trabalho apresenta resultados parciais de uma investigação que busca apreender o lugar simbólico-respresentacional ocupado/destinado às mulheres no âmbito da história da leitura. Para tanto, adota como universo empírico figurações e experiências visuais concebidas por artistas plásticos e fotógrafos no contexto geral da história da arte. Tendo por objeto empírico um vastíssimo conjunto de obras pictóricas e fotográficas, o estudo analisa três momentos específicos nos quais os gestos de leitura empreendidos pelas mulheres e o seu contato com os objetos impressos configuravam-se segundo quadros de sentido amplamente enraizados na esfera cultural, a saber: a mãe zelosa que transmite a seus filhos, por meio da leitura, os preceitos e normas que amparavam a vida religiosa e comunal na Idade Média; as moças sonhadoras do período romântico que fizeram da leitura, tanto pública quanto privada, um recurso de auto-formação individual e emancipador; e, por fim, a leitura como uma prática corriqueira e incorporada ao dia-a-dia das mulheres “modernas”, estejam elas em casa ou no espaço coletivo, em momentos de lazer ou em atividades laborais. Ao fim desse percurso, ressalta-se que a leitura é uma prática cultural de apreensão e simbolização do mundo cujos gestos, fazeres e representações assentam-se, em larga medida, nas distintas matrizes de significação que conformam e informam a vida social.
O artigo investiga a representação recorrente da tragédia no jornalismo popular, explorando a presença da violência, morte e do trágico na capas destes jornais, e levanta hipóteses acerca de estratégias dos jornais em tensionar o trágico e o não trágico em suas capas, amenizando os impactos provocados pelas tragédias.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.