Este artigo discute o provimento de andaimes - scaffolding - de dois processos distintos de interação sócio-pedagógica realizados em ambientes síncronos de comunicação on-line. Os dados analisados referem-se aos registros de chat de um curso de Inglês para alunos de graduação de diferentes áreas e de um curso de Bioquímica da Nutrição (em Língua Materna) para graduandos da referida área e áreas afins. O objetivo deste artigo é verificar quais são as semelhanças e as diferenças que ocorrem nessas duas situações de comunicação, ou seja, nesses dois contextos distintos de produção de conhecimento. Toda a análise está ancorada na teoria sócio-cultural de Vygotsky, na concepção colaborativa de ensino e aprendizagem, e, principalmente, nas categorias de andaime propostas por Bruner et alii (1976). Os resultados apontam a existência de particularidades distintas e semelhantes na forma com que os andaimes são providos nos dois cursos. Há também indícios de que três das seis categorias de andaimes não são representativas das interações realizadas no contexto sócio-pedagógico midiatizado.
As redes sociais eletrônicas são constitutivas das práticas sociais contemporâneas e se configuram em importantes espaços de significação histórica, cultural, ideológica, psicológica, linguística, estética para os sujeitos que nelas se inscrevem. As redes são espaços complexos e dinâmicos e dependentes das práticas de linguagem em todas as suas modalidades e plasticidade. Assim, para dar visibilidade a esses funcionamentos e feitos, tomamos para análise e reflexões, as materialidades discursivas que emergiram das manifestações de junho de 2013 no Brasil, no contexto do Facebook, com base nos postulados teóricos do caos/complexidade aplicados no contexto social. O estudo apontou que as práticas sociais realizadas nas infovias e nas ruas foram complementares para o processo de mobilização dos manifestantes, contribuindo assim, para a instauração de um sistema ainda mais complexo e dinâmico.
RESUMO: O trabalho proposto discute o conceito de aprendizagem colaborativa, tomando como ponto de partida o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), formulado por Vygotsky (1978). Por entender que o processo de colaboração em um sistema de aprendizagem se faz em uma perspectiva para além da descrita para a ZDP., defendo o conceito de competências distribuídas que se realizam dentro de um sistema altamente complexo, marcado pela emergência de atitudes colaborativas em decorrência da diversidade (HOLLAND, 1995; VAN LIER, 2004) e da capacidade de redundância (DAVID e SUMARA; 2006) que caracterizam os sistemas sociais. Para mostrar essa dinâmica, tomo para análise, 1.370 e-mails intercambiados pelos participantes (professor e alunos) de uma comunidade virtual de aprendizagem. A análise permitiu verificar que o processo de colaboração se configurou em uma propriedade dinamizadora da comunidade, ou seja, um evento que emergia nos interstícios entre o previsível e o imprevisível do sistema. As práticas colaborativas entre os participantes do sistema estudado configuraram uma propriedade do sistema, pois, através delas o sistema estudado se revelou ainda mais dinâmico e complexo. PALAVRAS-CHAVE: sistema; colaboração; competência distribuída.ABSTRACT: The paper discusses the concept of collaborative learning, taking as its starting point the concept of Zone of Proximal Development (ZPD), formulated by Vygotsky (1978). Understanding that the process of collaboration in a learning system is done in a perspective beyond the one described for the http://dx
RESUMO:A partir de discussões na disciplina Políticas de Língua, podemos pensar sobre como as tecnologias possuem um papel cada vez mais atuante na vida cotidiana do ser humano. Por isso, questionamos: como o ensino de línguas pode fazer parte desse processo tecnológico? Para pensar sobre o assunto, analisamos a disciplina Linguística I: Introdução à Ciência da Linguagem, realizada a distância pelo sistema Moodle, disponibilizado pelo Centro de Aprendizagem em Rede (CEAR) da Universidade Estadual de Goiás, e pelo Facebook. Compreendemos, portanto, que a partir de metodologias diversas é possível aproveitar as ferramentas que o Moodle e o Facebook possuem. Como utilizar essa tecnologia? É preciso, para tal, considerar os sujeitos (docente e discente) numa relação com a linguagem para que a produção do conhecimento ocorra, tornando as mídias sociais e os ambientes virtuais de aprendizagem ferramentas que auxiliam o docente de Letras na interação com e entre seus alunos. Isso ocorre em duas instâncias: na primeira, pela discussão da disciplina sobre Linguística e, na segunda, pela dinâmica de possibilitar outro olhar de como o discente, ao tornar-se professor, pode dispor dessas ferramentas, como metodologias de ensino e aprendizagem. Desse modo, no espaço de enunciação do grupo fechado no Facebook, o que se considera são as práticas sociais de língua e linguagem, para conhecimento maior sobre as ferramentas dessa mídia social, antes das atividades específicas de ensino da disciplina a distância no Moodle, que ainda está em processo de aprendizagem pelo discente. Isso possibilita compreender, portanto, uma plasticidade da linguagem, no modo como ela se molda, permitindo que os sujeitos encontrem significado nesse espaço ao enunciar de forma mais específica e efetiva. PALAVRAS-CHAVE: língua; espaço de enunciação; mídias digitais.ABSTRACT: From discussions in the subject Language Policies, we can think about how
Barthes (1971) advoga que a narrativa está presente em todos os lugares e em todas as sociedades. A narrativa começa com a própria história da humanidade e não há, em nenhum lugar, povo sem narrativa. No mundo contemporâneo, as tecnologias digitais da informação e da comunicação contribuíram de forma decisiva para emergência da cibercultura e, consequentemente, para o surgimento de novas formas de sociabilidade, como é o caso, por exemplo, das redes sociais on-line. Estas redes têm tido uma importância bastante crescente na sociedade moderna e têm como principais características, a autogeração de seus desenhos, a horizontalidade e a descentralização. No contexto dessa pesquisa, a rede social que tomarei para investigação sobre a construção de narrativas on-line é o Facebook. Com mais de 1 bilhão de perfis (usuários) cadastrados ao redor do mundo, o Facebook é a maior rede de mídia social da atualidade. São milhões de perfis que podem ou não ser vistas por qualquer um que esteja conectado à internet e que, invariavelmente, narraram e dão visibilidade a histórias pessoais ou coletivas, através da linguagem em suas mais diferentes modalidades (textos escritos, som, vídeos, imagens, etc). São perfis que consistem de um repertório de elementos básicos de linguagem arranjado em uma lógica especifica e de configuração temporais, logo, são construções hipertextuais. Para esta pesquisa, trabalho com o perfil de uma usuária do Facebook que tem essa rede, como algo constitutivo de suas práticas sociais, sejam elas do contexto presencial ou virtual. Para a condução desta investigação, adoto como base teórico-metodológica, as contribuições sobre narrativas de Todorov (2004), Barthes (1976), Brockmeier (2005), Coelho (2002), Moya (1977), Paiva (2007), Sodré (1988), entre outros. É uma pesquisa de base exploratória (GIL, 2008; PIOVESAN e TEMPORINI, 1995). Através desta pesquisa foi possível verificar e dar visibilidades cronologia que conta, através de mensagens, vídeos, áudios e, principalmente imagens (fotos), os elementos estruturantes da narrativa, tais como, fatos, tempo, lugar, personagens, causa, modo e consequências.
Esta pesquisa buscou analisar em que medida as tecnologias digitais (TD) podem ser articuladas nas práticas de ensino de professores de Língua Estrangeira, em uma Escola do Campo, no município de Cáceres-MT. O estudo foi pautado na Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos que proporcionou uma visão ampliada do funcionamento dinâmico entre as partes e o todo sistêmico da Escola do Campo analisada. A metodologia eleita foi o Estudo de Caso. A análise dos dados elucidou que o uso de tecnologias digitais nesse contexto élimitado, e está atrelado à vários fatores. Os dados apontaram que os professores não dispõem de um prognóstico quantitativo quanto a disponibilidade de equipamentos e recursos logísticos voltados para o acesso à internet dos alunos em suas residências (fazendas, comunidades, assentamentos). Este fato dificulta a promoção de práticas mediadas por TD e, consequentemente, o trabalho com os letramentos digitais. Além disso, a análise dos dados apontou ainda que a concepção de Tecnologias Digitais dos professores está estreitamente relacionada ao acesso à internet. Ou seja, para os professores, as possibilidades de apropriação das tecnologias digitais não fazem nenhum sentido se estiverem desconectadas da internet. Esse entendimento revela um desalinhamento com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que orienta as práticas contemporânea de ensino e de aprendizagem no Brasil.
À professora Denise Bertoli Braga, minha orientadora que, com sua competência e rigor teórico, me mostrou, durante o percurso dessa investigação, os caminhos sobre como produzir uma pesqmsa.À minha mãe, pelo exemplo de vida e pelos esforços desmedidos em propiciar-me todas as condições para que eu sempre cultivasse o interesse pelos estudos. Agradeço também ao Toninho, meu padrasto e a cada um dos meus quatro irmãos pelo apoio recebido.À memória de meu pai.À Olímpia, minha companheira, por quem cultivo um grande amor e admiração e cuja beleza, competência e inteligência fazem dela uma mulher muito especial. Mesmo durante a construçilP muitas vezes, neurótica deste trabalho, com uma simples palavra ou uma reflexão, contribmc forma decisiva para o engrandecimento dessa investigação.Ao Lucas e ao Leandro a quem, mesmo não sendo meus filhos biológicos, aprendi a amar como se fossem próprios de mim, e que pela força do convivio em familia fizeram com que eu experimentasse a beleza e a força do que é ser pai.
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