Devido à ascensão da população felina no cenário mundial, identifica-se a necessidade de aperfeiçoamento dos serviços veterinários, em especial dos relacionados à cavidade oral, uma vez que estes costumam ser negligenciados. Diante desta demanda, realizou-se a coleta, tabulação e análise estatística de dados contidos em 330 prontuários de pacientes de um centro veterinário especializado em odontologia de Brasília, a fim de compreender a incidência e comportamento da lesão de reabsorção dentária felina, uma das alterações orais mais comuns e subestimadas nesta espécie. Os resultados encontrados indicam que 19,4% dos gatos analisados apresentaram esta desordem odontológica e, destes a maior incidência foi de pacientes sem raça definida (85,94%) e machos (61%), porém não foi observada associação entre sexo e ocorrência da doença (p=0,29). A média de idade dos animais acometidos foi de 8,38 anos (±3,38) e observou-se uma correlação forte e positiva para animais com 8 anos ou menos (r=0,69405), e forte e negativa para animais com mais de 8 anos (r=0,6871). Com relação aos dentes afetados, a maioria dos indivíduos apresentou um ou dois dentes com a doença, sendo que os terceiros pré-molares mandibulares foram os mais acometidos, além de constatar-se que os felinos mais velhos tendem a apresentar uma quantidade maior de dentes afetados. Evidenciou-se ainda, que 76,56% apresentaram concomitantemente a doença periodontal e 20,3% sofreram fratura dentária decorrente da lesão de reabsorção dentária felina. Após a realização deste estudo, concluiu-se que, apesar das divergências a respeito do comportamento da doença, esta possui uma alta taxa de incidência entre gatos domésticos e apresenta uma ação progressiva e dolorosa, por isso é imprescindível que estes animais sejam acompanhados por um médico veterinário para que esta patologia possa ser prevenida, diagnosticada e tratada de forma precoce, a fim de conferir melhor qualidade de vida para estes pacientes.
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