Com o crescimento da população de gatos domésticos no Brasil, segundo o InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (2013), observa-se a necessidade do aprimoramento da qualidade de técnicas diagnósticas e nos atendimentos veterinários (CRUZ, et al. 2019) e, para tal existe a tomografia computadorizada que trata-se de uma técnica não invasiva (RICCIARDI, 2018) que fornece imagens tridimensionais com excelente resolução (TOBOLSKA et al., 2020). Diante dessa necessidade, realizou-se a coleta e análise estatística de informações contidas em 602 estudos tomográficos de 405 pacientes da Scan Medicina Veterinária Diagnóstica a fim de estabelecer o perfil dos felinos encaminhados para exames tomográficos no Distrito Federal e analisar as principais alterações cranianas encontradas nestes pacientes, uma vez que esta é a região em que predominantemente foram realizados os exames de imagem. Os principais resultados encontrados indicam que 80,24% dos pacientes não tinham uma raça definida, 51,36% eram machos, 34% tinham entre 1 e 5 anos de idade, em 68,24% foi empregada a espessura de corte de 2 mm e 95% utilizou contraste. Com relação às 144 tomografias realizadas no crânio, observou-se que em 40,97% dos pacientes o sistema respiratório apresentava-se comprometido, que em 34,7% constavam alterações no sistema nervoso central, em 32,6% haviam afecções no sistema otológico e que em 38,2% dos pacientes foram encontradas neoformações, sendo destes 47,3% com acometimento de três ou mais regiões no crânio. Dos pacientes com neoplasias, 58,2%apresentaram comprometimento do sistema respiratório, 45% do sistema esquelético e23,6% do sistema nervoso central. Observou-se ainda que 11,8% dos pacientes não foipercebida qualquer alteração no exame. Após a realização deste levantamento concluiu-se que apesar do aumento de encaminhamentos a centros de imagem, o que sugere melhor compreensão da qualidade e do valor diagnóstico da TC, os profissionais ainda precisam se capacitar mais em quando solicitar este exame e sobre o perfil de seus pacientes, a fim de prestar um serviço de melhor qualidade e com condutas mais assertivas. Por fim, sugere-se a necessidade de estudos mais amplos para confirmar as impressões deste estudo.
Devido à ascensão da população felina no cenário mundial, identifica-se a necessidade de aperfeiçoamento dos serviços veterinários, em especial dos relacionados à cavidade oral, uma vez que estes costumam ser negligenciados. Diante desta demanda, realizou-se a coleta, tabulação e análise estatística de dados contidos em 330 prontuários de pacientes de um centro veterinário especializado em odontologia de Brasília, a fim de compreender a incidência e comportamento da lesão de reabsorção dentária felina, uma das alterações orais mais comuns e subestimadas nesta espécie. Os resultados encontrados indicam que 19,4% dos gatos analisados apresentaram esta desordem odontológica e, destes a maior incidência foi de pacientes sem raça definida (85,94%) e machos (61%), porém não foi observada associação entre sexo e ocorrência da doença (p=0,29). A média de idade dos animais acometidos foi de 8,38 anos (±3,38) e observou-se uma correlação forte e positiva para animais com 8 anos ou menos (r=0,69405), e forte e negativa para animais com mais de 8 anos (r=0,6871). Com relação aos dentes afetados, a maioria dos indivíduos apresentou um ou dois dentes com a doença, sendo que os terceiros pré-molares mandibulares foram os mais acometidos, além de constatar-se que os felinos mais velhos tendem a apresentar uma quantidade maior de dentes afetados. Evidenciou-se ainda, que 76,56% apresentaram concomitantemente a doença periodontal e 20,3% sofreram fratura dentária decorrente da lesão de reabsorção dentária felina. Após a realização deste estudo, concluiu-se que, apesar das divergências a respeito do comportamento da doença, esta possui uma alta taxa de incidência entre gatos domésticos e apresenta uma ação progressiva e dolorosa, por isso é imprescindível que estes animais sejam acompanhados por um médico veterinário para que esta patologia possa ser prevenida, diagnosticada e tratada de forma precoce, a fim de conferir melhor qualidade de vida para estes pacientes.
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