Trata-se de um estudo sobre prática da educação em saúde, com ênfase no autocuidado bucal e fundamentado nas Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem (MAEA). As metodologias ativas possuem, dentre suas características, o deslocamento do protagonismo do educador para o educando, incentivando a sua inserção como principal responsável pela sua aprendizagem. Objetivou interagir, debater e promover a saúde e o autocuidado, com destaque na saúde bucal, de acordo com a realidade do grupo de adolescentes no contexto do Sistema Único de Saúde. O estudo foi desenvolvido por meio de duas oficinas, totalizando a participação de 40 adolescentes, em dias distintos e sequenciados. Centrou-se na reflexão do cotidiano, nos interesses, necessidades e nos contextos social e cultural dos adolescentes, buscando estimular um processo de desconstrução/construção de conhecimentos, propiciando a busca de novos e diferentes saberes. A experiência da prática educativa relatada recebeu avaliação positiva na percepção de seus educandos, bem como facilitou o diálogo e a interação entre os mediadores e adolescentes. Verificou-se a participação intensa dos adolescentes durante as oficinas e a reflexão crítica sobre o cuidado em saúde, ligada aos problemas da vida. A prática educativa promoveu a construção de possibilidades compartilhadas ao lidar com adversidades cotidianas e conflitos familiares, pois revelou-se exitosa e repleta de potencialidades crítico-reflexivas na tomada de decisão em saúde, segundo a visão dos adolescentes.
Os cuidados paliativos são, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, serviços destinados a prevenir e aliviar o sofrimento de pacientes e famílias que enfrentam doenças graves, que ameaçam a vida. Nesse âmbito, os voluntários possuem papel fundamental nos Cuidados Paliativos, visto que auxiliam no desenvolvimento de habilidades a novos e futuros profissionais. O objetivo deste estudo consiste em capacitar em Cuidados Paliativos, voluntários de uma Organização da Sociedade Civil que apoia pacientes oncológicos e seus familiares. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo pesquisa-ação, realizado junto ao Grupo Semente Esperança, uma Organização da Sociedade Civil (OSCs). Foi desenvolvido em quatro etapas: 1) exploratória; 2) planejamento; 3) ação e 4) avaliação, da qual participaram 20 voluntários. A análise resultou em quatro núcleos de sentido, sendo eles: Compreensão acerca dos Cuidados Paliativos; O desafio do processo de morte e morrer; O lugar dos Cuidados Paliativos na contemporaneidade; O voluntário, os cuidados paliativos e o processo de morte e morrer. Anteriormente às ações propostas, os participantes tinham pouco conhecimento teórico sobre a abordagem de pacientes em Cuidados Paliativos, além da dificuldade de lidar com a morte e o processo de morrer. Após a realização da capacitação, notou-se um maior entendimento dos voluntários sobre o assunto e o esclarecimento de dúvidas, com aprendizado e compartilhamento de experiências na vivência do voluntariado.
Introdução: a Qualidade de Vida (QV) pode ser afetada por inúmeros fatores e dentre esses se destaca o estresse ocupacional observado principalmente em contextos de relações interpessoais que envolvem ações de cuidado. Objetivo: analisar o nível de sobrecarga laboral associado a impactos na qualidade de vida em cuidadores formais atuantes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Araguari-MG. Métodos: estudo transversal realizado com 30 cuidadores das referidas ILPIs, conforme critérios de inclusão e de exclusão estabelecidos. Para a coleta de dados utilizaram-se três instrumentos, os questionários sociodemográfico e Short Form (SF-36), além da Escala Zarit Burden modificada para cuidadores formais. Assim, analisou-se, respectivamente, o perfil dos participantes, a qualidade de vida e a sobrecarga de trabalho. Resultados: constatou-se predomínio de cuidadores do sexo feminino, sem realização de acompanhamento psicológico e com tempo de experiência inferior a cinco anos. Os domínios com maior comprometimento e, portanto, com as menores médias foram referentes à saúde mental, à dor e à vitalidade; os domínios com melhor avaliação e com as maiores médias foram capacidade funcional e limitação por aspectos físicos. Demais análises revelaram que o tempo de serviço está relacionado à diminuição da qualidade de vida e à presença de sobrecarga. Conclusão: evidenciou-se a necessidade de desenvolvimento de estratégias de saúde voltadas para os cuidadores, de forma a evitar o declínio da qualidade de vida e das condições laborais.
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