O presente artigo traz uma experiência de projeto de extensão universitária composto por graduandos de Psicologia que realizaram oficinas com adolescentes estudantes de uma escola municipal de ensino fundamental. Inicialmente foi trabalhado com temas que os adolescentes solicitaram, sendo seguidos de uma trilha metodológica dialógica e flexível. Surgiram temas relacionados à violência e ao bullying. Além disso, percebeu-se a extensão universitária um importante espaço para reflexão a respeito da educação em saúde e educação na saúde, sendo lugar para pensar e agir dos futuros profissionais da saúde na consolidação do SUS.
Com o intuito de reparar a desassistência, promover saúde integral, equidade e atender à população LGBT de forma efetiva, a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) foi sancionada em 2011. Apesar de sua existência, o acesso desse público à saúde ainda hoje é restrito. Logo, o presente estudo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa que tem por objetivo analisar os desafios atuais no tocante ao atendimento e acesso da população LGBT aos serviços de saúde. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde de uma instituição hospitalar da cidade de Parnaíba-PI e travestis/transexuais usuárias que buscaram esse e outros dispositivos de saúde. Para análise do material coletado, foi utilizada a Análise de Discurso. Pretende-se, a partir da identificação e compreensão das restrições da PNSILGBT neste contexto, auxiliar na busca de práticas alternativas para a ampliação do acesso dessa população à saúde.
RESUMO RESUMO O objetivo deste relato de experiência é descrever os desafios na atenção e promoção da saúde de imigrantes venezuelanos da etnia Warao, no contexto da Covid-19, vivenciados por residentes em saúde coletiva do Distrito Sanitário I da Cidade do Recife. Em abril de 2020, o Distrito Sanitário I foi informado de que um imigrante venezuelano Warao havia falecido com suspeita de Covid-19. Esse morava em uma residência com outras 25 pessoas da mesma etnia, de diversas faixas etárias. Diante das especificidades e da vulnerabilidade dos imigrantes venezuelanos, em sua maioria analfabetos e sem fluência no português, decidiu-se uma abordagem conjunta entre a Assistência Social e os diversos setores do Distrito Sanitário I, pautada nos direitos desta população ao acesso a políticas públicas no território brasileiro. Os desafios enfrentados foram diversos, como a língua e o desenvolvimento da competência cultural, e, consequentemente, o estabelecimento de vínculo para uma atenção humanizada, especialmente diante de um contexto de alta vulnerabilidade e problemas de saúde mental. Salienta-se a necessidade dos profissionais de saúde terem formação em Direitos Humanos e competência cultural, uma vez que o cuidado em saúde precisa considerar as diferenças sociais e culturais, assim como as diferentes narrativas e conflitos individuais e coletivos.
The present work aims to understand the logic of the performance of existing public policies for people living with HIV/AIDS (PLHIV) in Brazil, considering the historical path of the problem raised. We also intend here to focus on a social perspective, considering the conditions of life and vulnerability to which these subjects are submitted and how the available public policies respond to the needs of this population. The methodology used was a systematic literature review that sought to answer how public policies for PLHIV work. Given the above, it is possible to understand that the crossings over HIV/AIDS are diverse and complex, showing that it is not only a matter of health, but social, political, economic and cultural. Therefore, interprofessionality, decentralization of care and a person-centered approach are essential practices for improving the quality of life of PLHIV and decreasing the rate of infection.
Objetivo: Relatar a experiência de trabalho interprofissional de acadêmicos da área de saúde junto às pessoas em situação de rua em um município do estado do Piauí. Relato de Experiência: Esse estudo trata-se de um relato de experiência do tipo descritivo qualitativo, obtido pela participação dos estudantes do PET-Saúde/Interprofissionalidade em rodas de conversa com usuários e usuárias do Centro POP em um município no litoral do Piauí. Nas falas percebemos o sofrimento dessa população: o preconceito direcionado a pessoas em situação de rua, o que é observado também em âmbito nacional. Pesquisas nacionais nos mostram que as Infecções Sexualmente Transmissíveis estão relacionadas a fatores individuais, sociais e de saúde, atreladas a condições do contexto no qual as pessoas estão inseridas, sendo alguns grupos populacionais, a exemplo das Pessoas em Situação de Rua, considerados em estado de maior vulnerabilidade. Considerações Finais: A perspectiva dos participantes que protagonizam esse estudo trata-se de um público que traz impregnado no seio de seu discurso, a denúncia de um preconceito, um desvalor e uma total desigualdade no tocante às formas de atendimento e recebimento de cuidados, bem como nas diversas formas de existência como um todo.
A Psicologia na Atenção Primária à Saúde (APS) é um campo recente de estudos e práticas. O objetivo deste artigo é apresentar um relato de experiência do estágio profissional em Psicologia na Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Compreende-se que o processo de inserção da Psicologia no SUS abrigou como marcador ideológico o movimento da Reforma Psiquiátrica. Considerando a atuação da Psicologia na APS, o processo de institucionalização ocorre com a implantação do Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde da Família. Diversos movimentos da academia, dos sistemas de saúde e dos movimentos sociais mobilizaram esforços para pensar a atuação. A metodologia deste relato de experiência tem como foco a observação participante. A estratégia de coleta de dados envolveu o uso do diário de campo. O processo de análise se deu por meio da sistematização do diário de campo. Com a análise e a discussão dos resultados, emergiram os seguintes cenários de atuação: a) territorialização; b) clínica ampliada; c) abordagens comunitárias; d) educação permanente em saúde; e e) fortalecimento da participação e do controle social. Por fim, aponta-se que esse cenário de prática se mostra ameaçado pelas recentes mudanças nas políticas públicas de saúde.
Este texto visa descrever a vivência da Vigilância Epidemiológica e de residentes em saúde de diversos programas de residência, que desenvolveram uma ação de educação permanente na saúde voltada a profissionais de diferentes categorias, alocados em várias unidades de Saúde da Família pertencentes ao Distrito Sanitário I, situado na cidade de Recife, Pernambuco, Brasil, acerca do Monkeypox vírus. Trata-se de um estudo qualitativo, com abordagem descritiva, do tipo relato de experiência, sistematizado de acordo com o modelo de Oscar Jara e desenvolvido por meio da observação e da vivência de residentes em saúde e a preceptora do grupo, no mês de agosto de 2022. A utilização do recurso produzido serviu de roteiro-guia para o diálogo com os profissionais, trazendo mais clareza sobre a evolução clínica e cronológica do Monkeypox vírus, bem como sobre os fluxos até então estabelecidos pelos órgãos sanitários. A experiência evidenciou a importância de ações de educação permanente na saúde, tendo em vista que esse espaço contribuiu para o esclarecimento de informações acerca do Monkeypox vírus, informando e direcionando os profissionais de saúde, com a utilização de fontes confiáveis e a criação de um espaço aberto, democrático e dinâmico.
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