Coletaram-se dados antropométricos e alimentares, sobre estilo de vida, demográficos, socioeconômicos e puberais. Na análise estatística utilizou-se regressão de Poisson. resultados: Sintomas de transtornos alimentares estavam presentes em 23% dos escolares. Idade (RP: 1,25; IC95%: 1,11-1,40), insatisfação com imagem corporal (RP: 4,23; IC95%: 2,53-7,08), problema de comportamento de internalização (RP: 1,78; IC95%: 1,11-2,85), substituição das refeições por consumo de balas (RP: 2,14; IC95%: 1,24-3,69), maior consumo de frutas e outros vegetais (RP: 2,49; IC95%: 1,55-3,99) e escolaridade materna de 5ª a 8ª série (RP: 1,95; IC95%: 1,06-3,58) associaram-se ao aumento da ocorrência dos sintomas de transtornos alimentares. Conclusão: Observou-se alta prevalência de sintomas de transtornos alimentares entre os escolares; fatores sociodemográficos e comportamentais estavam associados ao evento. aBStraCt objective: To identify the prevalence and factors associated with symptoms of eating disor ders among students.
Background & Aims Evidence suggests the existence of an association between the institution of nutritional therapy and clinical outcomes in patients with critical COVID-19. Thus, the aim of this study was to evaluate the influence of nutritional assistance on COVID-19 mortality in patients admitted to intensive care units (ICU). Methods This is a subset of the cohort “Influence of nutritional therapy on clinical prognosis in patients with COVID-19: a multicenter retrospective cohort study”. Clinical and nutrition assistance information (type of assistance, evaluation of anthropometric status, and time of introduction of nutritional therapy) and presence of diabetes, hypertension and previous respiratory disease were collected from electronic medical records. To evaluate the association between the variables of interest and mortality, the hazard ratio was estimated. Results We evaluated 153 critically ill patients ≥18 years old, affected by COVID-19, with a rate of mortality of 77.8%. Among non survivors 58.8% were female, 52.9% aged <65 years, 66.4% had arterial hypertension, 46.2% diabetes mellitus and 81.5% had an early onset of nutritional support. Initiation of nutritional therapy after 48 h (HR: 2.57; 95% CI: 1.57-4.20) and the presence of obesity (HR: 1.55; 95% CI: 1.04-2.31) were associated with higher mortality, even after adjustment for potential confounders. Conclusions Our data suggests that the provision of early nutritional therapy should be prioritized, with greater attention directed to obese patients, and the nutritional assistance can contribute favorably to the clinical evolution and prognosis of critically ill patients with COVID-19.
A seletividade alimentar é um comportamento alimentar comum na infância, caracterizado pela tríade recusa, desinteresse e resistência à alimentação. Esses fatores podem impactar negativamente na ingestão de nutrientes da dieta, contribuindo para alterações do estado nutricional infantil. Dessa forma, o presente estudo buscou evidenciar, mediante uma revisão narrativa de literatura, as consequências do comportamento alimentar seletivo para o estado nutricional de crianças saudáveis. Realizou-se, para tanto, uma busca por estudos originais nas bases de dados Cochrane Library, Embase, MEDLINE/PubMed e Web of Science. Foram identificados 216 estudos sobre a temática; após leitura e remoção de duplicatas, esses resultaram em uma amostra de 10 artigos que compõem o presente trabalho. Através da interpretação, análise e síntese dos achados provenientes do levantamento bibliográfico, pôde-se observar de forma unânime que todos os trabalhos detectaram menor ingestão de frutas e vegetais, assim como de micronutrientes por crianças seletivas. Dos dez estudos analisados, sete demonstraram associação positiva entre o comportamento alimentar seletivo e menores valores de peso, estatura e IMC em crianças. A grande divergência quanto às metodologias empregadas para identificação e classificação da seletividade, bem como, a inexistência – até o momento – de uma definição universalmente aceita de classificação para este comportamento alimentar, são barreiras a serem enfrentadas. Estes são aspectos que tornam mais pesquisas necessárias a fim de possibilitar investigações mais profundas acerca da temática e da associação entre os fatores analisados.
Obesity, diabetes, cardiovascular and respiratory diseases, cancer and smoking are risk factors for negative outcomes in severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), which can quickly induce severe respiratory failure in 5% of cases. Coronavirus disease-associated liver injury may occur during progression of SARS-CoV-2 in patients with or without pre-existing liver disease, and damage to the liver parenchyma can be caused by infection of hepatocytes. Cirrhosis patients may be particularly vulnerable to SARS-CoV-2 if suffering with cirrhosis-associated immune dysfunction. Furthermore, pharmacotherapies including macrolide or quinolone antibiotics and steroids can also induce liver damage. In this review we addressed nutritional status and nutritional interventions in severe SARS-CoV-2 liver patients. As guidelines for SARS-CoV-2 in intensive care (IC) specifically are not yet available, strategies for management of sepsis and SARS are suggested in SARS-CoV-2. Early enteral nutrition (EN) should be started soon after IC admission, preferably employing iso-osmolar polymeric formula with initial protein content at 0.8 g/kg per day progressively increasing up to 1.3 g/kg per day and enriched with fish oil at 0.1 g/kg per day to 0.2 g/kg per day. Monitoring is necessary to identify signs of intolerance, hemodynamic instability and metabolic disorders, and transition to parenteral nutrition should not be delayed when energy and protein targets cannot be met via EN. Nutrients including vitamins A, C, D, E, B6, B12, folic acid, zinc, selenium and ω-3 fatty acids have in isolation or in combination shown beneficial effects upon immune function and inflammation modulation. Cautious and monitored supplementation up to upper limits may be beneficial in management strategies for SARS-CoV-2 liver patients.
ResultadosOs resultados deste trabalho mostraram uma prevalência de 15,4% de déficit estatural entre os integrantes do estudo. O déficit de crescimento físico associou-se ao atraso da puberdade (0R=4,01; IC95%1, [1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15]8). Esta associação pode ser explicada pelo impacto negativo que a desnutrição exerce sobre a produção de hormônios associados ao crescimento e sobre a produção dos hormônios sexuais. ConclusãoEstes achados sugerem que as condições inadequadas de nutrição contribuem para o retardo maturacional. Ressalta-se assim, a importância de estratégias de intervenção que possam garantir melhores condições de vida, saúde e nutrição para o desenvolvimento adequado das potencialidades vitais. Termos de indexação:Adolescente. Criança. Crescimento e desenvolvimento. A B S T R A C T ObjectiveThe objective of this study is to assess the influence of stunting on the developmental delay of helminth--infected children and adolescents. Methods The sample of this cross-sectional study consisted of 1,764 subjects of both sexes from the city of Jequié (Bahia, Brazil), aged 7 to 17 years, infected with helminths (either Schistosoma mansoni alone or associated with associated with geohelminths). All subjects underwent anthropometric and Tanner stage assessment, and stool testing. Data on the family's socioeconomic status and sanitary conditions of the household were also collected. The data was analyzed by multivariate logistic regression. ResultsThe results of this study show a prevalence of stunting of 15.4% and an association between stunting and pubertal delay (0R=4.01; CI 95% 1. 01-15.8). The negative impact of malnutrition on the production of both sexual and growth-related hormones may explain this association.
O Diabetes Mellitus (DM) é uma condição crônica de saúde caracterizada por hiperglicemia decorrente da impossibilidade de produção ou deficiência na secreção ou ação da insulina. O DM tipo 1 é o mais frequente em crianças e adolescentes. Este estudo tem como objetivo investigar características da vivência familiar após o diagnóstico de diabetes Mellitus tipo 1 em crianças e adolescentes e as possíveis dificuldades encontradas após esse período. Trata-se de uma revisão narrativa, com busca de trabalhos nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Pubmed/ Medline, Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Cochrane com estudos publicados nos últimos 20 anos. É evidenciado pelos estudos que a descoberta da doença causa impacto na rotina e alterações no estilo de vida familiar, mostrando-se como principais dificuldades a aplicação de insulina e as adequações alimentares propostas, acrescida de sentimentos como culpa, medo, ansiedade e frustração. Nessas circunstâncias, o apoio dos responsáveis mostra-se fundamental para aceitação e controle da doença pela criança ou adolescente. As modificações evidenciadas podem ocasionar alterações psicológicas e emocionais, bem como no bem-estar e no curso adequado da doença, sugerindo assim a necessidade de apoio e orientações com foco na melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes e seus familiares.
A assistência nutricional passou por mudanças inesperadas na pandemia da COVID-19. O objetivo deste artigo é descrever a assistência nutricional de pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva nos primeiros quinze meses desta pandemia. Trata-se de uma coorte retrospectiva de pacientes críticos com COVID-19 admitidos em hospital de referência, entre março/2020 a junho/2021. Foram avaliadas características clínicas (queixas, comorbidades, tempo de internamento e evolução), nutricionais (diagnóstico nutricional e dieta prescrita na admissão) e a procedência do paciente. Para análise dos dados foi utilizado o pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences. As variáveis categóricas foram descritas por frequência simples absoluta e relativa e as quantitativas por média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico. Foram estudados 643 pacientes com média (desvio padrão) de idade de 63 (16) anos, sendo 374 (58,2%) do sexo masculino. Hipertensão arterial foi a comorbidade mais frequente (61,1%), seguida por diabetes mellitus (41,4%). Dificuldade respiratória (79,8%) e febre (48,7%) foram as queixas mais referidas. O tempo de permanência no hospital teve como mediana (intervalo interquartílico) 11 (6 – 18) dias e 570 (85,6%) dos pacientes foram a óbito. Apenas 300 (46,7%) pacientes tinham registro de diagnóstico nutricional, dentre eles, 207 (69,0%) foram diagnosticados com excesso de peso e 35 (11,7%) com desnutrição. Os resultados demonstraram a deficiência da assistência nutricional em pacientes críticos com COVID-19 nos primeiros 15 meses da pandemia. Sugerimos um modelo de avaliação nutricional que pode contribuir para uma melhor assistência nutricional em situações catastróficas, como a vivenciada nesta pandemia.
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