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O complexo gengivite-estomatite-faringite felina é uma inflamação crônica, considerada a segunda doença de via oral mais observada na espécie felina, responsável por 72% dos diagnósticos odontológicos, aproximadamente. Devido a disfunção progressiva do sistema imunológico em gatos FIV (vírus da imunodeficiência felina) positivo e a possível associação comum do vírus com a Gengivite crônica, o objetivo desta revisão de literatura foi investigar o papel da FIV na gravidade do Complexo gengivite-estomatite-faringite felina. Foram encontradas pesquisas que avaliam o microbioma oral de felinos positivos e negativos para FIV, tendo como base também estudos do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Conclui-se que a etiologia da gengivite-estomatite-faringite felina pode ser uni ou multifatorial, entretanto, não há estudos que comprovem a relação da FIV com a gengivite-estomatite crônica felina.

A leishmaniose visceral canina, é uma zoonose de grande importância, alta letalidade e de difícil diagnóstico precoce. Métodos de controle, como a vacina profilática anti-LVC, tem sido utilizada para prevenção da doença no país. A Leish-Tec®, é a vacina licenciada pelo MAPA, porém, apresenta em alguns casos reações adversas, como apatia, dor no local da aplicação, tremores musculares, entre outros. Por esse motivo, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos adversos da vacina Leish-Tec® em 29 animais, de ambos os sexos, de diferente faixa etária e raça, que realizaram teste diagnóstico, conforme o protocolo exigido pelo Ministério da Saúde de triagem da doença, e apresentaram-se negativos. Pode-se observar que do total dos animais estudados, um animal (3,4%) não apresentou alterações no período da primovacinação, já, os demais (96,6%) apresentaram algum tipo de reação, principalmente, os animais de raças pequenas. Desta forma, concluímos que mais estudos em relação aos efeitos adversos da vacina se mostram necessários, para sua utilização como método de controle da doença.

Visceral leishmaniasis (VL) is one of the most severe clinical manifestations of leishmaniasis as it leads to death in 90% of untreated cases. The liver, spleen and bone marrows are the organs most affected; however, Leishmania parasites are able to reach the intestines where the gut-associated lymphoid tissue (GALT) is located. Under physiological conditions, the gastrointestinal tract and GALT interact with the enteric nervous system (SNE); however, there are no studies exploring the modulatory role of Leishmania (Leishmania) infantum in the intestines. Thus, this work aimed to investigate the parasitism, stratigraphy, and morphological changes in the myenteric plexus of golden hamsters infected with L. (L.) infantum. The animals were infected intraperitoneally, and the parasite load was evaluated in the spleen, the liver, and the jejunum. The stratigraphic evaluation and the quantitative and morphometric analyses of NADH-dp and NADPH-dp myenteric neurons were studied at 30-, 60-, and 90-days post-infection (DPI). Parasites in the spleen, the liver, and the jejunum increased during the progression of the infection. Stratigraphy studies showed a significant hypertrophy of the villi and the crypts associated with the increased intraepithelial lymphocytes that were observed in the jejunum of the infected animals. In addition, mucosal atrophy associated with a reduction in AB+ and PAS+ goblet cells was observed at 60 DPI and 90 DPI. These morphological changes were associated with an atrophy of the cell profile from NADPH-dp myenteric neurons. Furthermore, a significant decrease in the densities of this neuron population was observed in the chronic phase of the infection. This study suggests that L. (L.) infantum parasites are able to alter the morphology and innervation of the jejunum in golden hamsters.

O alto número de felinos presentes nas áreas do Porto de Santos se tornou uma preocupação para os profissionais da vigilância sanitária, visto que esses animais representam risco de transmissão de zoonoses, acidentes por mordedura e/ou arranhadura e desequilíbrio ambiental. Dessa forma, em 2011 a Autoridade Portuária de Santos (SPA) criou um programa de controle populacional para solucionar essa problemática, utilizando o protocolo CED, que consiste na captura, esterilização, imunização e destinação do animal. Este estudo verificou os registros de capturas do programa, de janeiro de 2021 a maio de 2022 e dos cinco anos anteriores, a fim de comparar os números obtidos. Como resultado, foi possível observar um aumento no número de animais capturados entre 2021 e 2022, o que pode ser justificado pela alta taxa de abandonos que enfrentamos atualmente e, também, pelo baixo nível de conscientização da população sobre guarda responsável. Portanto, conclui-se que um programa de controle populacional compreende, além da esterilização, esferas da Saúde Única, onde o médico veterinário atua na integração da medicina humana, medicina veterinária e saúde ambiental, com a finalidade de beneficiar, não somente os animais, mas também os seres humanos, prevenindo e controlando doenças zoonóticas e promovendo bem-estar aos animais errantes.

O trauma abdominal é um quadro comum no atendimento médico-veterinário de cães e gatos. Podem ocorrer por diversos fatores, entre eles: queda, atropelamento, mordeduras e feridas por projéteis. Quando ocorre por mordedura de outro animal, o tamanho do mesmo pode ajudar a definir e estabelecer a extensão dos danos. Todas as vísceras e estruturas localizadas na região afetada podem apresentar lesões. Os exames complementares mais utilizados no trauma abdominal são radiografia simples e contrastada, ultrassonografia, tomografia, abdominocentese e lavado abdominal. Dependendo do estado em que o animal chega para o atendimento veterinário, pode necessitar de intervenção cirúrgica imediata. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de um cão macho, sem raça definida (SRD), apresentando evisceração com perfuração intestinal em duas porções do jejuno e laceração da musculatura abdominal por mordedura de outro cão, além de discutir os aspectos clínicos e cirúrgicos do caso.

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A leishmaniose visceral canina é uma doença infecciosa crônica, que se encontra atualmente entre as doenças tropicais prioritárias da Organização Mundial de Saúde, sendo frequentemente letal. A mesma possui alta incidência e importância, devido a sua alta prevalência e as suas consequências à saúde pública. A discussão a respeito dos métodos disponíveis para diagnóstico e controle se torna necessária devido a doença estar em franco crescimento no país. Em uma revisão da literatura foi feita a abordagem a respeito da epidemiologia, efeitos das mudanças ambientais e clínica da doença, tendo como principal objetivo analisar o número de casos de cães positivos para a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no hospital veterinário HOVET.