O estudo foi realizado na Universidade Aberta (UAb) de Portugal, no Módulo Introdutório de Ambientação Online (MAO) com o objetivo de analisar o processo de formação de estudantes online (idealização, práticas e discursos) com o uso das mídias digitais (MD) identificando a relação entre as competências a desenvolver nos estudantes e possíveis dimensões e habilidades de Letramentos Digitais (LD) mobilizadas durante a formação, destacando contribuições para propostas de formação a outros contextos.
Este artigo é um recorte da dissertação intitulada “Letramentos Digitais em Narrativas de Estudantes de Licenciatura em Pedagogia EaD” (SILVA, 2020) e tem como objetivo analisar as memórias de estudantes e narrativas em blog produzidas por estudantes desse curso pelo viés dos letramentos digitais, em uma perspectiva social e abordagem crítica. O estudo foi desenvolvido com inspiração na pesquisa-formação na cibercultura (SANTOS, 2014) e na abordagem multirreferencial (BARBOSA; BARBOSA, 2008), contemplando estudo bibliográfico, estudo documental e análise de conteúdo das memórias e narrativas dos(as) estudantes. Os resultados apontam dificuldades e familiaridades no uso das tecnologias digitais pelos(as) estudantes no início do curso e, no decorrer dele, a mobilização das dimensões funcionais e comunicacionais dos letramentos digitais, bem como as dimensões da autogestão do tempo, autodireção da aprendizagem, dimensão cognitiva, comunicação on-line e social. Ao final do curso, surgiram outros usos com comunicação ubíqua, multimodalidade, fake news, games e avatares. Compreendemos que as mudanças na cultura digital são contínuas e que as apropriações cotidianas com tecnologias digitais pelos(as) estudantes potencializam os letramentos digitais existentes e auxiliam a emergência de outros, desafiando-nos, como docentes, a buscar constantes mudanças nos processos de formação.
O artigo apresenta o fenômeno live streaming (trans)feministas no contexto da pandemia COVID-19 no Brasil, em diálogo com o referencial teórico em quatro dimensões: cibercultura na interface cidade–ciberespaço; ciberfeminismo como práticas da explosão feminista; teoria Queer/Crip; multiletramentos críticos. A metodologia foi a etnografia na cibercultura compreendida como prática descritiva densa, em que o campo fornece caminhos para uma prática implicada com os acontecimentos, na qual cartografamos e participamos de lives, durante maio e junho de 2020, descrevendo-as em diálogo com o quadro teórico. Constatamos que as lives são expressões do ciberfeminismo, ou seja, eventos e práticas (trans)feministas com o uso de tecnologias digitais em rede para o exercício do seu ativismo; extrapolam o espaço da comunicação síncrona entre pares, atingindo diferentes públicos; apresentam comunicação didática de conteúdos científicos; são efetivos artefatos culturais e potenciais artefatos curriculares; quando gravadas (assíncronas) podem ser usadas em outros ambientes on-line; se configuram como ambiências formativas e redes de aprendizagens em que multiletramentos críticos são mobilizados. Concluímos que as práticas ciberfeministas contribuem para a formação política, construção de identidades, empoderamento e fortalecimento de políticas de inclusão sócio cultural de mulheres no nosso tempo.
O presente artigo tem como objetivo discutir sobre a produção multimodal em ambientes digitais refletindo sobre o seu alcance como mobilizadora de multiletramentos na formação de professores alfabetizadores. Os estudos apresentados, de cunho qualitativo, se inscrevem na concepção de pesquisa-formação na cibercultura (Santos, 2014) e discutem os espaços digitais de formação do professor alfabetizador em uma perspectiva social e de abordagem crítica (Street, 2014). São apresentadas duas experiências desenvolvidas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), realizadas com a atuação das autoras em duas instituições públicas de Ensino Superior, em que os multiletramentos são desenvolvidos em interface com a cultura digital. As experiências de pesquisa-formação apresentadas possibilitaram aos praticantes culturais envolvidos vivências de uso, apropriação e produção com artefatos e linguagens da cultura digital, compreendendo-os como espaços de formação para a docência e, ao mesmo tempo, de atuação com os alunos e alunas na escola.
Nesta obra, Manuel Castells (2015) enfocará o papel das redes de comunicação na geração de poder, com ênfase na geração do poder político. Através de pesquisa empírica, argumenta que o poder é multidimensional e está alicerçado nas redes programadas em cada esfera da atividade humana, de acordo com os interesses e valores de atores que detêm poder.
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