Discute as bases teóricas e metodológicas da elaboração de material didático para uma disciplina presencial de Física Básica, no âmbito da graduação, em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA), assim como a integração deste enquanto ferramenta de apoio ao ensino presencial. A área da Física possui variados recursos digitais, disponíveis em rede, para serem utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Tais possibilidades estão baseadas em pesquisas e relatos de experiências que têm resultado em melhorias na aprendizagem e em potencialidades de abordagem de conceitos e temas dessa área do conhecimento. Assim, propõe-se integrar nossos olhares àqueles já lançados para esses recursos disponíveis em rede, a fim de pensá-los na perspectiva do design instrucional (DI), que vem auxiliar na estruturação de conteúdos, na sugestão da maneira mais adequada para sua apresentação e na união com atividades de aprendizagem elaboradas e implementadas por meio das ferramentas do AVA. Os resultados mostram que, do ponto de vista dos alunos, o AVA desenvolvido atende aos objetivos pretendidos porque complementa as discussões em sala, diversifica o conteúdo e atende a diferentes estilos de aprendizagem
Resumo Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio constituem uma ferramenta importante para diagnóstico das deficiências do ensino no final de um ciclo formativo, uma fonte relevante de dados para a avaliação do que foi aprendido pelos estudantes ao final do ensino médio. Neste trabalho, apresentam-se doze questões selecionadas das provas de Ciências da Natureza do Enem no período entre 2009 e 2014, classificadas disciplinarmente como "questões de física", nas quais algumas das alternativas de respostas revelam concepções não científicas bem delimitadas e descritas na literatura. A partir do desempenho nessas questões dos estudantes concluintes do ensino médio no ano do exame, fazem-se observações a respeito do processo de aprendizagem em física na educação básica. Esse estudo revela que há algumas dificuldades permanentes na compreensão de conceitos básicos de mecânica, fenômenos térmicos e ótica geométrica. Muitas dessas questões evidenciam a presença e eventual predominância de concepções não científicas. Mesmo com as dificuldades para modificar estas concepções, os resultados revelam que, apesar de todo o esforço desenvolvido de pesquisa desde os anos 1980, houve pouco impacto dos resultados no processo de ensino e aprendizagem, e pequena incorporação deste conhecimento acumulado nos materiais didáticos e nos cursos de formação de professores.
Neste trabalho, apresentam-se as bases teóricas e metodológicas do processo de elaboração e de produção de materiais didáticos apoiados em recursos computacionais, tais como animações, simulações, jogos e laboratórios virtuais, para uso no ensino de física. Os materiais foram construídos com recursos de hipermídia, que une os conceitos de não linearidade, hipertexto e multimídia (animações, simulações, sons) em uma só linguagem. O conceito de hipermídia adotado é definido como um meio, uma linguagem e um produto audiovisual, e pode ser associado ao conceito de objeto de aprendizagem, o que permite a criação de materiais digitais com diferentes granularidades, que vão desde uma atividade até um curso completo. Se o material didático for criado com essa preocupação, ele pode ser utilizado em diferentes ambientes de aprendizagem, sob diferentes plataformas, e fornece uma base para que a avaliação de seu uso possa ser feita também em diferentes situações didáticas. Os temas abordados fazem parte de conteúdos discutidos no Ensino Médio e nas disciplinas de física básica do Ensino Superior. Os materiais descritos neste trabalho (animações, simulações, jogos e laboratórios virtuais) encontram-se disponíveis em página aberta na internet + One way to make hypermedia for teaching Physics * Recebido: Aceito: agosto de 2012.
No presente, muitas são as possibilidades que os professores têm em mãos para melhorar sua prática. As mais recentes tecnologias digitais abriram novas perspectivas para o ensino e a aprendizagem das ciências em geral e, particularmente, da Física. Dentre essas tecnologias estão os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que ampliaram as possibilidades e iniciativas de produção de cursos, disciplinas e atividades baseadas no contexto online. É nesse cenário, portanto, que esse artigo se estabelece. Sugere-se o design instrucional como contribuição para a elaboração de estratégias de aprendizagem em AVA. Os resultados apresentados buscam aproximar, numa perspectiva integradora, os pressupostos norteadores adotados frente às tecnologias para o ensino de Física, particularmente, apoiados por um ambiente virtual de aprendizagem, e este por sua vez como apoio a uma sala de aula presencial. O material resultante dessa investigação busca estabelecer múltiplas conexões com o espaço virtual e garantir a articulação de cada material com os demais do mesmo conjunto, furtando-se de estabelecer uma proposta fragmentada e descontextualizada do programa da disciplina.
This article describes a hypermedia didactical material related to the following astronomical phenomena: Seasons, Moon Phases, Eclipses. Although being beautiful and close to our daily life, these contents seem to be complex to teach and difficult to learn. In this scenario, the hypermedia material presented can help
Este artigo apresenta a Realidade Virtual e Aumentada (RVA), com a abordagem dos principais conceitos utilizados por essa área tecnológica. Disponibiliza uma visão geral dos softwares educacionais feitos com RVA, exclusivamente voltados para o ensino de ciências, gerados pelos grupos de pesquisas das universidades brasileiras e do mundo, divulgados nas principais bases de dados digitais existentes ou nos seus próprios repositórios, que é uma prática comum nas grandes instituições. Deu-se destaque às abordagens no contexto ensino-aprendizagem, às teorias e linhas pedagógicas utilizadas por estes grupos na concepção e uso desses softwares educativos. Buscou-se diretamente nos portais das 100 primeiras universidades colocadas no ranking mundial (Center for World University Rankings – CWUR), bem como nas 20 bases de dados mais utilizadas no Brasil e no mundo. Algumas ferramentas eram conhecidas dos autores deste artigo e por este motivo foram acessadas diretamente na internet sem pesquisa em base de dados. O trabalho traz discussões pontuais nas considerações finais, principalmente, reflexões sobre a ausência de informações computacionais como linguagem de programação adotada, uso de plataformas especializadas em aplicativos de Realidade Virtual e outros. Os softwares que serão apresentados não disponibilizam informações técnicas, visando a socialização e engajamento de novos desenvolvedores ou criação de versões customizadas, mesmo sendo objetos de visualização educativos e sem fins comerciais na maioria dos casos. Provavelmente esta seja a principal razão para a irrisória quantidade de ferramentas de RVA voltadas para o ensino de ciências, em comparação com as indústrias de entretenimento, por exemplo.
Com a implantação de cursos de licenciatura em Matemática e em Física na modalidade de ensino a distância, em 2005, na Universidade Federal de Santa Catarina, destacou-se a preocupação com a avaliação de tais cursos, a fim de viabilizar uma prática avaliativa sistematizada destes cursos. Assim, paralelamente ao trabalho das equipes que planejavam os cursos de licenciatura, foi instituída uma comissão, no âmbito do Centro de Ciências da Educação e do Centro de Ciências Físicas e Matemática, para pensar a avaliação dos cursos. Um modelo de avaliação foi elaborado e colocado em prática desde então. O modelo tem como idéia primordial a integração das vertentes de avaliação e de pesquisa, garantindo abarcar as dimensões quantitativa e qualitativa dos cursos. O objetivo neste artigo é apresentar, discutir e analisar o modelo de pesquisa e avaliação que até este momento tem orientado a realização das avaliações e pesquisas, relativas à implementação dos cursos de Licenciatura em questão.
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