Pesquisa científica e as principais agências de fomento no Brasil Programa Flora: CNPq financia a botânica brasileira (1976)(1977)(1978)(1979)(1980)(1981)(1982)(1983)(1984) O financiamento da Ceme (1971Ceme ( -1997 Programas integrados do CNPq e Finep A Capes e a formação de farmacologistas em plantas medicinais (1982)(1983)(1984)(1985)(1986)(1987)(1988) Do IV ao XV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil: espaço de excelência para trocas científicas 3. A Ciência nas Plantas Medicinais: temas e sujeitos do debate atual 161Patentes para produtos químico-farmacêuticos no Brasil: 'legislação para americano ver' Universidade e empresa: convivência difícil e primeiras experiências Vigilância sanitária: o controle de qualidade para plantas medicinais Grupos de pesquisa: quantos são e onde estão XVI e XVII Simpósios de Plantas Medicinais do Brasil: presente e futuro em questão CONCLUSÃO 221 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 227 ANEXOS 2498 9 PrefácioNa mistura, é a memória que dita e a história que escreve. Nora (1993) Ao ler este livro, não pude deixar de fazer algumas primeiras associações, num recurso de lembrança que o tema suscita; certamente, muitos ainda se recordam de algum canteiro, no meio das flores e folhagens, onde se cultivavam plantinhas miúdas e cheirosas que os mais velhos usavam quando o nenê tinha cólicas, o vovô uma dor lombar ou a titia estava um pouco nervosa: eram a camomila, o quebra-pedra, a melissa; hoje, elas podem ser adquiridas em farmácias de manipulação; e por falar em farmácias, já não temos os solenes armários e os botijões de porcelana com delicadas pinturas que guardavam as poções e as cápsulas nas antigas farmácias; as farmácias se transformaram, na medida em que os remédios se industrializaram sendo adquiridos como mercadoria, praticamente, indistinta de outra qualquer. Contudo, não foi para falar dos aspectos botânicos ou antropológicos das plantas medicinais ou de uma visão simplificada de um cotidiano vivenciado por muitos que a autora se debruçou sobre este assunto, mas sim como se constituiu esse saber sobre as plantas medicinais no espaço científico brasileiro.Neste trabalho está presente a capacidade da autora de acercar-se de um objeto e elaborar uma análise apoiada em documentos e entrevistas -se os primeiros fornecem o solo onde se assentam os 'programas de pesquisa', as segundas contam os 'processos de trabalho científico', e ambos tecem uma narrativa histórico-social das práticas das medicinas.Recentemente, utilizei, para tratar do campo das ciências sociais e saúde, as idéias de Pierre Nora, que aqui repito, pois elas se aplicam integralmente a este estudo, que tem na memória e na história as suas principais referências. Segundo ele: 10A memória é a vida, sempre carregada por grupos vivos e, nesse sentido, ela está em permanente evolução, aberta à dialética da lembrança e do esquecimento, inconsciente de suas deformações sucessivas, vulnerável a todos os usos e manipulações, suscetível de longas latências e de repentinas revitalizações. A história é a reconstrução sempre pro...
A vigilância sanitária nas políticas de saúde no Brasil e a construção da identidade de seus trabalhadores (1976-1999)Health surveillance in the Brazilian health policies and the constructions of the identity of the health workers
Covering a period of roughly hundred years, the article looks at some of the more meaningful events during the period in which the small pox vaccine was institutionalized in Brazil. Discoveries and discussions then taking place in other countries are also examined, particularly as they influenced Brazil. The process is followed from introduction of the human vaccine to the arrival of the animal vaccine and creation of the Municipal Vaccine Institute--a private initative by physician Pedro Affonso Franco, also known as the barao de Pedro Affonso. Adoption of the animal vaccine not only represented progress in controlling the disease but also spurred discussions that saw medical and political groups in Brazil taking sides with either Oswaldo Cruz or the barao de Pedro Affonso. The debate continued within the academic and political arenas until the Vaccine Institute was made part of the Manguinhos laboratories.
A imunização antivariólica constitui-se como uma prática milenar, aplicada mundialmente em diferentes formas e sociedades, traduzindo o temor pela varíola e a preocupação em se evitar o contágio e sua propagação. No Brasil, foi disseminada em suas três formas - variolização, vacinação jenneriana e animal -, provocando profundas desavenças na comunidade médica nacional. Buscamos aqui explicitar os pontos dos debates acerca do tema, veiculados em dois importantes periódicos do período analisado - Gazeta Médica da Bahia e Gazeta Médica do Rio de Janeiro -, ressaltando a relevância dos mesmos como espaço de discussão e de busca de legitimidade para os detentores do saber e do poder médicos.
Brasil dois mil: um exercício de profecia Roberto DaMatta 23 2. Avaliações e tendências da história oral Desafios à história oral do século XXI Philippe Joutard Aos cinquenta anos: uma perspectiva internacional da história oral Alistair Thomson Memória e diálogo: desafios da história oral para a ideologia do século XXI Alessandro Portelli 67 Desafios do transculturalismo Selma Leydesdorff.
Esta segunda edição revista do livro traz importantes atualizações para a pesquisa no tema. A primeira edição discutia as relações entre ciência, técnica e produção, tendo como referência a descoberta de Jenner e as reflexões de Pasteur sobre a vacina antivariólica. Aborda a organização institucional implementada durante o Império com o objetivo de possibilitar a prática da vacinação por intermédio da Junta Vacínica e do Instituto Vacínico do Império, introduzindo as primeiras experiências com a vacinação animal no Brasil realizadas na Santa Casa da Misericórdia. Trata, finalmente, da sobrevivência do Instituto Vacínico Municipal em outro contexto institucional, polarizado entre propostas de centralização e descentralização dos poderes públicos para a organização dos serviços de saúde. Destaca o surgimento de um conflito entre o barão de Pedro Affonso e Oswaldo Cruz, que representou uma das polêmicas da época em torno da centralização dos serviços de saúde e que contribuiu para os diferentes alinhamentos que redundaram em posições antagônicas assumidas por médicos e políticos. Este novo volume apresenta ainda novas contribuições bem mais recentes de estudiosos do assunto, além das diretrizes atualizadas pela Opas e OMS no âmbito das campanhas de erradicação desenvolvidas em diversos países.
O objetivo deste texto é discutir algumas ações que possibilitaram a erradicação da varíola no Brasil, considerando os principais contextos e as políticas adotadas para as doenças entre 1920 e 1970, assumindo como destaque as medidas educativas no campo da saúde e estabelecendo uma discussão acerca do conteúdo educacional dos programas adotados. Observam-se, ao longo deste período, a configuração de políticas de saúde e a criação de organismos estatais direcionados a doenças e ações específicas, o que no caso da varíola somente ocorreu na década de 1960, quando foram criadas a Campanha Nacional contra a Varíola e a Campanha Nacional de Erradicação da Varíola. A educação sanitária e as relações com estas instituições foram de fundamental importância para a divulgação e implementação de ações estatais que possibilitaram ampliação da cobertura vacinal com a aceitação de seu uso pela população, o alcance do controle e a erradicação da doença.
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