Objetivo: Determinar a prevalência de comorbidades nos pacientes da I Região de Saúde em Pernambuco positivos para COVID-19 com desfecho de óbito. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e analítico, tendo como referência os municípios que compõem a I Região de Saúde. Os dados utilizados nesse estudo compreendem as notificações de óbitos confirmados pela COVID-19 registradas entre o período de 12/03/2020 até 31/01/2022, obtidos através da plataforma online do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco, com notificações compulsórias de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Resultados: No referido período foram notificados 70.784 casos da COVID-19 nos municípios da I Região de Saúde, desse total 12.226 indivíduos vieram a óbito, sendo 7.758 correlacionados a alguma comorbidade. Conclusão: Diante do presente estudo pode-se observar que pacientes acometidos com a COVID-19 que possuem uma ou mais comorbidades tem maior risco de virem a óbito, sendo as doenças cardíacas e/ou cardiovasculares e a diabetes as mais prevalentes.
Objective: To identify the spatial patterns of chikungunya fever (CHIKF) and the associated socioeconomic, demographic, and vector infestation factors in the 1st Health Region of Pernambuco (1st HRP). Methods: This ecological study used a spatial analysis of Mean Incidence Rates (MIR) of probable cases of CHIKF reported among residents of the 19 municipalities of the 1st HRP, in 2015–2021. The univariate and bivariate global Moran indexes (I) were estimated. From the significant associations (p<0.05), clusters were identified using the local Moran index and maps. Results: A predominance of the largest CHIKF rates was identified in the east. However, there was a heterogeneous distribution of rates across municipalities, which may have contributed to the absence of spatial autocorrelation of CHIKF (I=0.03; p=0.294) in univariate I. The bivariate I revealed a positive spatial correlation between CHIKF and the Municipal Human Development Index (MHDI) (I=0.245; p=0.038), but with a cluster of cities with low incidences and low MHDI in the west. There was no spatial correlation between CHIKF and the other variables analyzed: population density, Gini index, social vulnerability index, and building infestation index for Aedes aegypti. Conclusions: The results suggest that only the MHDI influenced the occurrence of CHIKF in the 1st HRP, so that municipalities in the west demonstrated spatial dependence between lower values of MHDI and MIR. However, this spatial correlation may have occurred due to possible underreporting in the area. These findings can assist in the (re)orientation of resources for surveillance and health care services.
RESUMO Objetivo: Identificar, na Iᵃ Região de Saúde de Pernambuco (Iᵃ RSP), os padrões espaciais da febre de Chikungunya (CHIKF) e os fatores socioeconômicos, demográficos e de infestação vetorial associados. Métodos: Este estudo ecológico utilizou a análise espacial das Taxas Médias de Incidência (TMI) de casos prováveis da CHIKF notificados entre os residentes dos 19 municípios da Iᵃ RSP no período de 2015–2021. Os índices de Moran global (I) univariados e bivariados foram estimados. Das associações significativas (p<0,05), clusters foram localizados por meio do Índice de Moran Local e de mapas. Resultados: Identificou-se predominância das maiores TMI da CHIKF no leste. Entretanto, houve distribuição heterogênea das taxas dos municípios, o que pode ter contribuído para a ausência de autocorrelação espacial da CHIKF (I=0,03; p=0,294) no I univariado. O I bivariado revelou correlação espacial positiva entre a CHIKF e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) (I=0,245; p=0,038), porém com um cluster de cidades com baixas incidências e baixo IDHM no oeste. Não houve correlação espacial entre a CHIKF e as demais variáveis analisadas: densidade demográfica, Índice de Gini, Índice de Vulnerabilidade Social e Índice de Infestação Predial de Aedes aegypti. Conclusões: Os resultados sugerem que somente o IDHM influenciou na ocorrência da CHIKF na Iᵃ RSP, de forma que municípios do oeste demonstraram dependência espacial entre menores valores de IDHM e TMI. No entanto, essa correlação espacial pode ter ocorrido devido às possíveis subnotificações na área. Tais achados podem auxiliar na (re)orientação de recursos dos serviços de vigilância e assistência à saúde.
O objetivo deste estudo foi traçar o perfil dos casos notificados de COVID-19 da I Regional de Saúde de Pernambuco segundo critério raça/cor. Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado na I Regional de Saúde de Pernambuco, composta por 19 municípios mais o Distrito Estadual de Fernando de Noronha. Os dados foram extraídos através da plataforma online do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS – PE). As variáveis para a construção do perfil dos casos notificados de COVID-19 segundo critério raça/cor foram: quantitativo dos casos notificados de Covid-19 por município, campo raça/cor por município de residência e campo raça/cor por classificação final da doença. Foram notificados 75.477 casos de Covid-19, no qual Recife notificou 36.285 (48,1%), por Jaboatão Dos Guararapes 11.136 (14,8%), Olinda 7.229 (9,6%) e Paulista 5.719 (7,6%), em relação ao preenchimento do campo raça/cor, a variável Parda correspondeu a 32.406 (42,93%), Ignorado 18.088 (23,96%), Vazio 12.000 (15,9%), Branca 9.969 (13,21%), Preta 2.312 (3,07), Amarela 662 (0,88%) e Indígena 40 (0,05%). A distribuição da raça/cor por classificação final da doença a raça/cor parda obteve mais notificações, seguidas dos campos ignorado, vazio, branca, preta, amarela e indígena para os casos confirmados e descartados.
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