EPÍGRAFE"É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!" (Paulo Freire).
Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4. RESUMO:A charge é um discurso complexo que se utiliza de vozes sociais contemporâneas a ela para edificar-se como gênero. Este artigo tem como tema a compreensão da charge sob a perspectiva do Círculo de Bakhtin, sobretudo das noções de signo ideológico, gêneros discursivos e vozes sociais. Construindo com a psicolinguística uma interface para entender os processos cognitivos implicados na leitura desse gênero, busca-se também o entendimento do conceito de compreensão leitora. Ademais, são apresentadas informações acerca do Google Formulários, tecnologia on-line que permite a construção de atividades envolvendo charges. A partir do estudo de duas charges de Latuff, publicadas uma em 2014 e outra em 2015 no endereço eletrônico Sul 21, busca-se entender a atividade enunciativa que as constitui: quais recursos são mobilizados para a edificação de seus sentidos. Para tanto, verifica-se como se dão as relações dialógicas entre as charges e os enunciados anteriores que com elas se relacionam para se constituir como gênero na cadeia da comunicação discursiva. Com as discussões em torno dos sentidos construídos, será possível perceber que todo discurso é dialógico, isto é, todo discurso estabelece uma necessária relação com outros discursos, desencadeando diferentes sentidos.Palavras-chave: Charge jornalística; Construção de sentidos; Interface teórica ABSTRACT:The cartoon is a complex discourse that uses contemporary social voices in order to edify itself as a genre. This article focuses on the understanding of charge from the perspective of Bakhtin Circle, especially on the notions of ideological sign, genre and social voices. Establishing an interface with psycholinguistics to understand the cognitive processes involved in reading the former genre, the aim is also the understanding of the concept of reading comprehension. In addition, information is presented about Google Forms, online technology that allows the construction of activities involving charges. From the study of two cartoons of Latuff, published one in 2014 and another in 2015 on the website Sul 21, it seeks to understand the enunciative activity that constitutes itself: what resources are mobilized for the edification of its senses. Therefore, it verifies the dialogical relations between the cartoons and the previous statements that related to them to be constituted as a genre in the chain of discursive communication. With discussions around the constructed meanings, it will be possible to realize that every discourse is dialogic, that means, all discourse establishes a necessary relation to other discourses, initiating different meanings.
Dando continuidade ao debate sobre os discursos intimidatórios na internet, este artigo analisa o ethos discursivo e a cenografia do endereço eletrônico A voice for Men Brasil – AVfM. A metodologia proposta, em que vários elementos verbais e não verbais foram levados em consideração, permite identificar um simulacro de ethos de contrapúblico subjugado que perpetua estereótipos, acentuando as diferenças de gênero, e pode incitar o ódio contra o sexo feminino, mais especificamente contra as mulheres feministas.
Visando a compreender aspectos da produção, circulação e recepção do discurso, este estudo analisa os efeitos de sentido gerados pela utilização do signo ideológico piso por um candidato ao governo do Rio Grande do Sul nas eleições de 2014. Para tanto, ancora-se nos pressupostos bakhtinianos e estabelece uma interface com os trabalhos de Patrick Charaudeau, especificamente no que tange ao discurso político. Como resultados, apresenta-se um exemplo para demonstrar como pode ser realizada uma abordagem discursiva de análise de excertos linguísticos concretos, pertencentes a esferas de comunicação social reais. Essa proposta almeja ser um convite para levar o leitor a vislumbrar a possibilidade de um trabalho com língua portuguesa baseado no conceito de linguagem em uso, em que é promovido uma reflexão que contempla tanto aspectos linguísticos quanto sociais para se compreender os sentidos veiculados.
A charge é um gênero discursivo que pode suscitar inúmeras polêmicas. Em nossa sociedade, há, sobretudo, maior possibilidade de controvérsia quando esse gênero dialoga com discursos que versam sobre morte. Tendo em vista tais considerações, o presente artigo tem o objetivo de: (a) examinar de que forma diferentes vozes sociais que atravessam charges polêmicas sobre morte trágica se engendram e refletem e refratam sentidos no discurso e (b) discutir sobre discursos-resposta que emergem a partir das charges polêmicas em questão. Foram delimitados como objetos de análise duas charges, uma de Marco Aurélio e outra de Chico Caruso, e discursos-resposta a elas relacionados, todos veiculados em meio digital em 2013 e que fizessem referência a fatos divulgados pela mídia brasileira também nesse ano. Como embasamento teórico, recorre-se às ideias postuladas por Bakhtin e seu Círculo, especialmente os conceitos de gêneros discursivos, enunciado, signo ideológico, acento de valor e vozes sociais. Espera-se, com as discussões levantadas, contribuir para socializar as ideias do Círculo de Bakhtin de modo a viabilizar o entendimento da linguagem em uso a partir da análise dos mais variados discursos sociais.
com seu livro, "Grande outra vez: como recuperar a América debilitada", bem como com a "Autobiografia de Benjamin Franklin", um dos pais fundadores dos EUA, cuja trajetória consiste no primeiro exemplo por escrito da realização do sonho. Para além disso, examinaremos as formas como o projeto enunciativo do sonho discursivamente se relaciona com o denominado American way of life, e como esse ideal contribui para a construção do ethos estadunidense. A análise evidencia que Trump, que reiteradamente evoca o American dream em suas falas, atribui a esse uma nova significação, essencialmente distinta de sua concepção original.
Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR http://dx.doi. org/10.15448/1984-7726.2016.3.25495 Entrevista com Sírio Possenti
A charge é um gênero discursivo crítico, no sentido de ser a apreciação de um sujeito sobre temas sociais que lhe circunscrevem. Assim sendo, ela pode reverberar diversos efeitos de sentido, tais como humor, ironia, afrontamento, oportunizando uma análise de linguagem em uso. O objetivo deste artigo é compreender os elementos constitutivos de uma charge de Roque Sponholz, veiculada em 2011, na mídia digital brasileira. Visa-se entender nesse ato quais recursos são mobilizados para a edificação de sentidos intolerantes; bem como quais fios dialógicos são necessários para que uma charge seja entendida como tendo contorno intolerante. Para tanto, recorre-se à perspectiva teórico-metodológica do discurso, sobretudo a postulada pelo Círculo de Bakhtin. A análise indica que a charge em questão se volta para discursos sociais intolerantes, tanto em um movimento de relação com já ditos quanto na projeção de discursos-resposta. Nesse fazer, sua arquitetônica assume sentidos de intolerância enquanto um todo discursivo que deixa ver juízos de valor.
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