A geoecologia estuda a interação entre os seres vivos e o meio onde eles vivem. Muitas vezes esses estudos levam em consideração em suas análises a área de superfície projetada, implicando em análises imprecisas por não levar em conta as nuances do relevo no cálculo de área. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é analisar o impacto do uso de mensurações em área de superfície planimétrica e real nas análises geoecológicas, e assim saber o impacto do uso da área de superfície planimétrica no cálculo do índice de Reserva Legal. Na elaboração da pesquisa, primeiramente para possibilitar a observação da diferença entre as duas áreas, foram construídos sólidos geométricos, sendo eles: cone, pirâmide, semi-esfera e tetraedro. Posteriormente à construção dos sólidos foi feito o cálculo da área de superfície planimétrica e área de superfície real desses mesmos sólidos e calculada a diferença de entre as duas áreas, e assim estabelecer uma relação de representação. A seleção por tais sólidos se deve à associação de feições encontradas no relevo, ou seja, que podem ser vistas na paisagem. Na área de estudo selecionada, maciço da Tijuca, além das observações do comportamento do parâmetro área, foi analisada a implicação desse parâmetro no cálculo do índice de Reserva Legal. Resultados mostram que há uma relação inversamente proporcional entre o parâmetro área e o indicador, ou seja, quanto maior o valor de área, menor o valor do indicador. Com isso, pode-se concluir que a consideração da área planimétrica nos estudos geoecológicos pode de fato implicar em análises imprecisas, pois esses indicadores podem gerar informações distorcidas no subsídio ao planejamento ambiental.
A utilização de documentos cartográficos históricos em pesquisas diversas vem se mostrando cada vez mais imprescindível, e com o auxílio de novas tecnologias esses documentos estão cada vez mais disponíveis ao público. O documento investigado nessa pesquisa foi a Planta de Petrópolis (1846), que ficou conhecida como Planta Koeler, em homenagem ao seu executor. A planta contém diferentes elementos cartográficos, como hidrografia, vias, logradouros, prazos de terra, quarteirões e terrenos reservados aos edifícios públicos e religiosos. O presente trabalho tem como objetivo reproduzir digitalmente esta planta, onde a metodologia utilizada emprega técnicas de levantamento fotográfico, utilizando uma câmera digital de alta resolução e um sistema de trilho, no qual foram geradas 191 fotos. Com o intuito de fazer a mosaicagem das fotografias obtidas foram realizados uma série de testes utilizando múltiplos algoritmos de georreferenciamento afim de verificar qual deles teria um melhor ajuste das fotos e preservação das feições para geração da planta digital. O processo supracitado foi realizado em cinco pares de fotografias bem distribuídos pela área da planta, e para tanto foi utilizado o software ArcGis 10
A cidade de Petrópolis possui uma trajetória diferenciada em relação as outras cidades brasileiras, pois a conjuntura econômica, política e social sincrônica dão a cidade um caráter singular em sua criação. A compra da fazenda do Córrego Seco realizada em 1830 por Dom Pedro I é a primeira medida para concretização da construção do palácio imperial e a criação de uma povoação denominada Petrópolis. Para o estudo da geografia do passado da cidade imperial de Petrópolis, realizou-se busca por documentos históricos normativos e cartográficos junto as instituições de memória. Nesse sentido, destacam-se três documentos históricos, sendo eles dois normativos: Decreto Imperial nº 155 de 1843, marco de criação da cidade e o último documento, o relatório provincial de 1846, que especifica a distribuição dos prazos imperiais de acordo com o uso da terra e status ocupacional dos foreiros. Quanto ao documento histórico cartográfico, salienta-se a Planta Koeler de 1846, documento norteador desta pesquisa de autoria de Julio Koeler. Além desta, foram analisadas outras quatro plantas históricas, que foram georreferenciadas a partir da base cartográfica na escala 1:10.000 adquirida na Prefeitura Municipal de Petrópolis. O georreferenciamento possibilitou a sobreposição dos limites das cinco plantas históricas e junto aos documentos históricos normativos analisar mudanças ocorridas nos limites dessa nova urbe, através da vetorização dos quarteirões e prazos imperiais, além de outras feições constantes nas plantas históricas. Desse modo, com intervalo de quinze anos desde o primeira planta histórica até a última analisada, juntamente aos documentos históricos normativos constatou-se grande expansão dos limites inicialmente traçados na Planta Koeler.
A cartografia histórica, como subsídio aos estudos toponímicos, possibilita o conhecimento sobre a organização espacial, por meio da origem e das motivações na denominação dos nomes geográficos; o que, consequentemente, infere sobre a compreensão de características temporais, sociais, econômicas, políticas e culturais de determinado lugar. O objetivo deste trabalho é realizar um estudo toponímico histórico, tendo, como objeto de estudo, a Carta da Nova Lusitânia, de 1798. A importância deste mapa consiste em ser o final do século XVIII marcado pelo processo de decadência açucareira, somando-se às disputas territoriais por terras desta colônia. Sendo assim, este mapa surge da necessidade de se conhecer a extensão e os limites do território desta colônia em sua totalidade.
RESUMO -A detecção de mudanças baseada em objeto (Object-based Change Detection, OBCD) configura-se como uma área em grande crescimento dentro das pesquisas em Sensoriamento Remoto, isto porque, utilizando-se das possibilidades oferecidas pela análise de imagens baseada em objetos (Geographic Object-based Image Analysis, GEOBIA) é possível produzir mapeamentos de detecção de mudanças em uma única etapa, sem a necessidade da elaboração de mais de um mapa de cobertura da terra para posterior comparação entre as áreas que sofreram alterações. Partindo deste pressuposto, o presente trabalho buscou realizar um mapeamento de detecção de mudanças baseada em objetos para o bairro do Camorim em Jacarepaguá, zona oeste do município do Rio de Janeiro, entre os anos de 2011 e 2015. Os resultados obtidos indicam que 19,12% da área total do bairro sofreram modificações durante o intervalo de tempo em questão, tal resultado confirma que o bairro vem passando por grandes modificações para construção de infraestrutura dos Jogos Olímpicos de 2016. O processo de validação do mapeamento resultou em uma exatidão global de 0,80 e um índice Kappa de 0,60, considerado de boa qualidade para este tipo de mapeamento, especialmente se levado em conta sua replicabilidade para outras áreas. Palavras-chave: Detecção de mudanças baseada em objetos, GEOBIA, eCognition 9.01 RapidEye, Jacarepaguá. ABSTRACT -The Object-based Change Detection (OBCD) is one of the major growing areas within Remote Sensing research, this because, using the possibilities offered by Geographic Object-based Image Analysis (GEOBIA) it is possible to produce a change detection mapping in a single step, without the need to produce more than one land cover map for comparison between areas that have changed. Under this assumption, the present study attempts to make an Object-based Change Detection mapping of Camorim neighborhood, located in Jacarepaguá, west side of the municipality of Rio de Janeiro, between the years 2011 and 2015. The results indicate that 19,12% of the total district area underwent changes during the timeframe of the research, this result confirms that the neighborhood has been undergoing major changes in infrastructure to host the Olympic Games in 2016. The validation process resulted in an overall accuracy 0.80 and Kappa index of 0.60, considered good for this type of mapping, especially if taken into account its replicability to other areas.
The map named Carta Geographica de Projecçaõ Espherica Orthogonal da Nova Lusitania ou America Portugueza e Estado do Brazil from 1798, together with its 1795 (?), 1797 and 1803 versions, is undoubtedly one of the cartographic monuments developed by Portuguese cartography from the late eighteenth century. Its organizer was the geographer, astronomer, and frigate captain Antonio Pires da Silva Pontes Leme, who relied on the work of 34 people, including astronomers, geographers, and engineers, who, although only mentioned in the 1798 version, contributed to the creation of all versions. All of them are similar in appearance, but differ in size, content, details, amount, and distribution of toponyms, which will be the subject of another paper. The greatest similarity, however, concerns the defined map projection. The objective of this paper is to analyse and present the possible hypotheses and conclusions about which map projection was adopted for all versions of Nova Lusitania, through the identification of characteristics that allowed to infer and prove the adopted projection. The applied methodology verified that in the bibliographic search, the information about the map structure is insufficient. An article presented by General Djalma Polli Coelho in October 1950 states that the projection suggested by its title, as orthogonal spherical, appeared to be the Sanson-Flamsteed equal-area projection. However, the expression Carta Geographica de Projecçaõ Espherica Orthogonal allows us to infer also the transverse orthographic projection. Through parameters defined for the two projections, it was possible to establish the comparative elements for a cartographic analysis, which would allow us to conclude and prove the structure adopted for the map, allowing to conclude if the adopted projection for the Nova Lusitania was an azimuthal orthographic equatorial projection, or a Sanson-Flamsteed, sinusoidal projection on the meridian 315°, defined west-east, (counterclockwise), from the El Hierro (Ferro) Island. This meridian is referenced approx. –62°39'46" off the Greenwich meridian.
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