ResumoO presente estudo buscou conhecer como vem se configurando as práticas em saúde mental na atenção básica, através de uma equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF), a fim de que novas reflexões sejam despertadas acerca da temática. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas e individuais, com dez profissionais da equipe de ESF, esses tinham entre 20 e 50 anos de idade, sendo todas mulheres. A partir da análise dos dados foram identificadas as seguintes práticas: atendimento diferencial, os grupos e visitas domiciliares, a responsabilização da família e a medicalização. Estas práticas foram articuladas com as concepções de saúde mental referidas pela equipe. Os resultados indicam que as práticas assistenciais refletem a concepção de saúde mental como doença/transtorno mental; poucas vezes houve referência a práticas de caráter promocional e preventivo à saúde mental. Com isso pode-se constatar que os princípios da integralidade e de um fazer para a clínica ampliada ainda não estão presentes na referida equipe de ESF. Para a concretização de uma clínica ampliada e integral se faz necessário equipes de ESF dispostas a assumir seu papel estruturante na rede de cuidados, construindo novas concepções e práticas, pautadas nas necessidades e subjetividades que envolvem os usuários que buscam o serviço, primando por articular a rede de serviços e as práticas promocionais e preventivas da saúde mental. Palavras-chave: Saúde mental; Atenção primária à saúde; Atenção integral à saúde.
As vezes nossas posturas profissionais nos
2001Aos meus pais que com muito carinho e dedicação, mostraram como unir teoria, prática e emoção. E também por mostrarem com seu exemplo que o serviço público é um espaço para a construção de ações éticas e comprometidas.Às mulheres e aos profissionais de saúde de Zimbros por partilharem suas histórias com uma estrangeira. AgradecimentosAo Prof. Dr. Rubens de Camargo Ferreira Adorno, pela amizade, serenidade e confiança com que conduziu o processo de orientação. E principalmente pelo estimulo para que eu sempre buscasse os recursos necessários para realização de um trabalho que respeitasse a subjetividade de todos os envolvidos. À Profª. Dr.ª. Maria da Penha Costa Vasconcellos , por seu compromisso, paciência, crítica aguda mas generosa, cumplicidade e carinho com que me acompanhou durante todo o mestrado e, fundamentalmente, por sua sensibilidade na nossa relação, cujo continente auxiliou nas minhas reflexões pessoais e profissionais. Aos membros da Pré banca professores Dr. Arnaldo Augusto Franco de Siqueira e Dr.ª Yolanda Flores e Silva, pela importância de suas sugestões no processo de elaboração deste trabalho. Em especial às fonoaudiólogas Profª. Dr.ª Dóris Ruth Lewis e Profª. Drª Suzana Magalhães Maia, também membros da banca, pelo respeito, disponibilidade e preciosa interlocução sobre este trabalho, suas críticas e sugestões foram muito importantes. Aos oceanógrafos Prof. Dr. Marcus Polette e Rodrigo Medeiros pelo carinho, paciência e confiança com que me inseriram no trabalho em comunidades pesqueiras. À Secretaria de Saúde de Bombinhas, em especial a enfermeira Lucimar e a toda equipe de profissionais da Unidade de Saúde pela acolhida e liberdade na realização do trabalho de campo. À Fga. Msc. Evanice do Carmo pela confiança e incentivo durante toda minha trajetória na UNIVALI, e em especial por sempre estimular nossa criatividade e ousadia no exercício profissional.Às amigas Isabel e Indiara companheiras de estudo, descobertas, devaneios e inquietações pela presença constante e amorosa em todo este trajeto. E ao Chico pela paciência e seu jeito todo especial de dar força ao trio. À amiga Denise Terçariol Cordeiro com quem partilho diretamente as questões que envolveram este trabalho pelo carinho, amizade e grande apoio.À Sandra pelo carinho, amorosidade e atenção com que tem me acompanhado durante todo este tempo.Aos amigos da turma de mestrado que através da convivência bem humorada exercitou a difícil arte de aprender a lidar com as diferenças. Especialmente à Aline, companheira serena e constante de orientações, pelo carinho e amizade.À Ivelise e ao Alberto pela escuta amorosa e firme que auxiliou a ultrapassar e aprender com cada fase deste trabalho.Aos amigos, Matarezi, José Luís, ser ajudou a tornar mais fácil e tranquilo este caminho. Obrigado pela paciência e compreensão nas ausências e "furos".Aos meus alunos e ex-alunos, pelo privilégio de participar de suas questões e descobertas. À ProPPEx e a Coordenação do Curso de Fonoaudiologia da Univali pelo incentivo e confiança que sempre deposita...
OBJETIVO: compreender a percepção da família em relação ao atendimento ambulatorial fonoaudiológico. MÉTODOS: foi realizada entrevista semiestruturada com seis mães de crianças em atendimento no ambulatório de fonoaudiologia de um hospital público de Curitiba-Paraná. Foram adotados três critérios de inclusão das participantes: tempo superior a cinco meses de tratamento fonoaudiológico, comparecimento semanal e disponibilidade para participar da pesquisa. O método utilizado para o tratamento dos dados obtidos foi a análise temática, identificando-se, na categoria "atendimento", as seguintes subcategorias: reconhecendo o serviço, vínculo e práticas. RESULTADOS: constatou-se pouco conhecimento familiar sobre a terapia fonoaudiológica, fragilidade das famílias, necessidade de um processo de vinculação com as famílias e reconhecimento das práticas por elas desenvolvidas. CONCLUSÃO: o respeito às singularidades de cada grupo familiar favorece a interação da família com o profissional e o enriquecimento do processo terapêutico, permitindo o desenvolvimento da autoconfiança e da criação do vínculo, essenciais para a participação familiar nesse processo.
Resumo:OBJETIVO:caracterizar os serviços e os profissionais que compõem a rede da saúde auditiva no âmbito municipal e regional em relação à Atenção Básica e Especializada.MÉTODOS:pesquisa qualitativa que utilizou o universo de pessoas envolvidas com a saúde auditiva. Foi aplicado questionário em gestores e/ou fonoaudiólogos a fim de identificar os sujeitos e ações desenvolvidas com os deficientes auditivos nos municípios. Os critérios de inclusão foram: atuar no Sistema Único de Saúde, aceitar participar da pesquisa, ter pelo menos três meses de experiência com atendimento e encaminhamento de usuários ao Serviço de Saúde Auditiva. Posteriormente, foram convidados a participar de uma oficina de devolutiva dos questionários e discussão dos dados. O método utilizado para o tratamento dos dados obtidos nas discussões geradas nas oficinas foi análise de conteúdo das falas, identificando-se as seguintes categorias: estrutura de Atenção a Saúde Auditiva nos municípios; atuação dos profissionais frente à saúde auditiva; organização do trabalho em rede.RESULTADOS:identificou-se que 45,5% dos gestores está há menos de um ano na função, 82% dos pacientes não recebem acompanhamento na atenção básica, 81,9% dos fonoaudiólogos estão centralizados na atenção especializada.CONCLUSÃO:a maior parte dos fonoaudiólogos e médicos otorrinolaringologistas estão centralizados na atenção especializada. Na maioria dos municípios não há ações voltadas para o acompanhamento dos deficientes auditivos, desta forma, não existe uma rede articulada para fornecer o acompanhamento dos usuários na atenção básica. Existe um fluxo rígido e vertical. O paciente com queixas auditivas é encaminhado para o serviço de referência.
Resumo:Este artigo apresenta um estudo que buscou reconhecer as práticas dos Assistentes Sociais junto à equipe de saúde de um Hospital de Curitiba e sua articulação com o projeto ético-político da profissão. Realizou-se uma análise numa perspectiva sócio-histórica dialética, constituída pela triangulação de dados, utilizando-se de três fontes: as entrevistas realizadas, os documentos do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e do Serviço Social do Hospital, e levantamento bibliográfico do Serviço Social. Quanto às análises aqui introduzidas, foi possível apurar uma extensão da discussão entre as práticas e o projeto ético-político da profissão, tendo em vista o interesse pelo assunto por parte dos assistentes sociais.Palavras-chave: Serviço social. Prática profissional. Saúde. Abstract: This article tries to understand the practices of the social workers with the health team of a Hospital in Curitiba and its articulation with the ethical-political project of the profession. An analysis on a socio-historical perspective dialectic, established by triangulation using data from three sources: the interviews conducted, the documents of the Federal Council of Social work (CFESS) and Social Service in a Hospital, and bibliographic survey of Social Service. As the analyses here introduced, it has been possible to establish an extension of the discussion between the practice and the ethical-political project of the profession, in view of the interest in the subject on the part of social workers.
Resumo O trabalho com grupos constitui uma estratégia privilegiada pelos profissionais de saúde que envolve um processo de subjetivação e estabelecimento de vínculos comunitários. Desenvolveu-se um grupo de mulheres em tratamento pós-operatório de ombro no ambulatório de fisioterapia de um hospital instalado na cidade de Curitiba, com o objetivo de potencializar os efeitos da fisioterapia convencional, oferecendo a essas mulheres condições para melhor lidar com suas dores e limitações funcionais. Realizou-se pesquisa qualitativa que possibilitou o estabelecimento de um processo descritivo em relação ao processo grupal e o contato direto e prolongado com os sujeitos da pesquisa por meio de seis oficinas realizadas no período de outubro de 2012 a março de 2013. O relato das mulheres apontou o grupo como um espaço acolhedor, onde partilharam experiências de vida, conquistaram amizades e aprenderam com o outro. Isso permitiu um repensar sobre seu comportamento e possibilidade de mudança de atitudes. Concluiu-se que, diante da necessidade de humanização do atendimento com vistas a uma atenção integral, a utilização de grupos como apoio no processo fisioterápico pode ser uma estratégia para uma prática menos reducionista e que reconheça a necessidade do outro. Palavras-chave grupo; fisioterapia; integralidade.Abstract Working with groups is a prime strategy for health professionals, and it involves a process of subjectivity and establishment of community ties. A group of women in post-operative shoulder treatment was formed at the physiotherapy clinic of a hospital installed in the city of Curitiba, capital of the state of Paraná, Brazil, aiming to enhance the effects of conventional therapy, giving these women conditions to better cope with their pain and functional limitations. Qualitative research was carried out, which enabled the establishment of a description of the group process, as well as direct and extended contact with the subjects during six workshops held from October 2012 to March 2013. The women reported that the group was a welcoming space, where they shared life experiences, made friends, and learned from each other. This allowed them to rethink their behavior and enabled possibilities for changing attitudes. It was concluded that, given the need for humanization in care with a view to comprehensive care, using groups to support the physiotherapy process can be a strategy for a less reductionist practice that recognizes other people's needs.
Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção de egressos do Curso de Farmácia de uma Universidade Comunitária de Santa Catarina sobre sua formação em saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). Dos 1.253 egressos 90 participaram da avaliação institucional e foram separados em três grupos: G1 que tiveram uma formação pautada no modelo biomédico, G2 que foram influenciados pelas transformações que ocorreram com a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e G3 com um currículo instituído para uma formação crítica-reflexiva voltada a atender os preceitos da saúde pública. Foi enviado por e-mail um questionário on-line com perguntas referente ao perfil sociodemográfico, profissional e formação em saúde para o SUS. Na comparação entre os Grupos foi realizada a prova não paramétrica de KrusKal-wallis seguido pelo pós-teste de Dunn. Os resultados demonstraram que a maioria dos egressos eram do sexo feminino (80%), a faixa etária prevalente foi de 29 a 38 anos (52,2%), 74,4% deram continuidade a formação após a graduação e 90% demoraram até 6 meses para ingressarem no mercado de trabalho. A percepção dos egressos com relação a participação durante sua formação em atividades referentes a formação para o SUS demostraram resultados significativos (p<0,05) para todas as variáveis com diferença expressiva antes das DCN e da implantação do Programa de Reorientação da Formação Profissional para o SUS (Grupo 1) e após (Grupos 2 e 3). Conclui-se que, na percepção dos egressos, o curso contribuiu para uma formação com abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na atenção básica, promovendo transformações no ensino e aprendizagem e de prestação de serviços à comunidade.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.